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Samaris

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  1. Ajudava certamente caso a cada comentário que eu faça neste tópico, não tivesse cinco notificações de pessoas que responderam ao que eu disse. Mas é inquestionável que esta discussão já ultrapassou todos os limites, quer de tempo e quer de espaço. Discussão essa, que infelizmente, é um retrato fiel daquilo que o CMPT se tornou com o passar dos anos, e aí não há muitos que saibam melhor do que eu sobre o que estou a falar, dado que sou membro deste fórum desde 2006. É claro que se tratando de um fórum de internet, qualquer pessoa que se registe nele, está preparada para encontrar opiniões diferentes e divergentes da sua, mas uma coisa é ter opiniões contrárias, outra é não respeitar a opinião do outro e partir para o insulto fácil e camuflado e para a ridicularização colectiva de alguém que tem uma opinião diferente mas dá a cara para a defender, apresenta o seu ponto de vista, dá os seus argumentos e fundamenta o seu raciocínio. A minha opinião sobre esta discussão que durou dois dias completos baseou-se em dois pontos muito simples: 1. À data das eleições de 2015, os portugueses não tinham literacia política suficiente para saber que aquilo que estava em cima da mesa era nem mais nem menos do que uma escolha entre uma coligação de direita e outra de esquerda, pois enquanto que a coligação de direita era assumida, a coligação de esquerda era um tema que não passava pela cabeça de ninguém nas campanhas pré-eleitorais, sendo por isso um completo não-assunto. 2. Caso os portugueses tivessem sido informados, no período pré-eleitoral, que uma coligação de esquerda estava no horizonte, e que seria algo bastante previsível de acontecer e/ou se os portugueses, na ida às urnas, tivessem no seu boletim de voto que fazer uma cruzinha para escolher inequivocamente entre uma coligação de direita ou uma coligação de esquerda, à data dessas eleições, os resultados eleitorais teriam sido diferentes. Esta foi a base de sustentação da minha opinião, que pode obviamente ser muito diferente da opinião de todos vocês que se manifestaram contra ela, mas é a minha opinião e merece ser respeitada, ou não fosse eu um membro deste fórum com exactamente os mesmos direitos que qualquer um de vocês, e que me dei ao trabalho de trazer argumentos válidos para a discussão sempre que alguém me citou. Eu até teria gostado de perceber ao certo em qual dos pontos do meu raciocínio é que entraram em completo desacordo, qual é a falha que encontraram na argumentação apresentada, pois teria tornado a discussão bastante mais saudável, mas agora também já é tarde. Para além disso, se se derem ao trabalho de ir reler toda a discussão, o que não faltam é exemplos de comentários meus com reacções de concordância por parte de outros utilizadores que decidiram manter-se na sombra, e sabem porque é que as pessoas decidem manter-se na sombra, porque já sabem que caso venham dizer alguma coisa que vai contra a corrente, correm o risco de serem engolidos por este colectivo de pessoas que para além de discutir, tem também a intenção de ridicularizar a opinião contrária. Infelizmente foi nisto que este fórum se tornou ao longo dos anos, e agora não falo só desta discussão específica, nem falo só deste tópico de política, mas sim algo transversal a todos as secções, com um ambiente tóxico constante e onde discutir com conteúdo deixou de ser o principal objectivo, pois já há muito que deixou de haver respeito pela opinião do outro. Escusam de citar este post que acabo de escrever pois não vou gastar nem mais um segundo do meu tempo a discutir este tema, ou qualquer outro, neste fórum, dando por aqui encerrada a minha participação num espaço que fez parte da minha vida durante 18 anos, mas no qual eu já não me revejo.
  2. Não teve, é um facto, e um erro da minha parte em ter escrito tal coisa, mas o ponto principal nem era tanto esse, mas sim o facto do PS ter tido uma vitória esmagadora em 2019, depois do golpe da geringonça em 2015, e disso na cabeça de alguns ser prova de legitimidade dos votos nos partidos que formaram a geringonça quatro anos antes, o que para mim é, mais uma vez, falacioso, e fácil de provar que de uma coisa não se pode nunca concluir a outra, basta perguntar a todos vocês em quem vão votar nas próximas eleições, e a não ser que sejam tipo o meu pai que pensa que votar PS é a mesma coisa que ser do Benfica, e vota PS a vida toda, porque não muda de partido tal como não se muda de clube, ninguém sabe em quem vai votar nas próximas eleições. Portanto, a não ser que em 2015 as pessoas tivessem feito um exame de futurologia, ido até 2019 para ver como é que paravam as modas, e com base nisso decidir o seu voto na própria eleição de 2015, é enganador assumir que lá porque o PS em 2019 venceu de forma clara, os votos das pessoas caso estivesse explícito no acto pré eleitoral que algo como a geringonça era uma realidade bem possível, teriam exactamente a mesma distribuição, e pelos motivos que eu já andei por aí a dizer em tantos outros posts, acredito mesmo que o resultado eleitoral dessas eleições poderia ter sido diferente e com uma margem de vitória maior para a coligação Portugal à frente.
  3. Não tenho ninguém na ignore list, podes ficar descansado. Eu sei que ontem andaste a citar-me às prestações, e devias estar ansioso que eu te respondesse, e peço desde já desculpa pela demora, mas de facto a ti deixei-te sem resposta intencionalmente, enquanto que o @smashing_pumpkin tenho de pedir desculpa por outro motivo, isto porque têm sido tantas notificações que eu não estou habituado, e depois é tanta gente a querer discutir comigo, que me passou despercebido o comentário dele, mas vou responder, tal como a ti, no final deste. Ontem não te respondi intencionalmente, porque como ontem me andaste a citar-me às prestações, começando pelo básico ataque pessoal a querer colar-me ao estereótipo de votante no Chega (lamento informar que não foste o primeiro do tópico a cometer essa precipitação), e depois fazendo o périplo por todos os comentários que eu deixei a fundamentar a minha opinião, terminando naquele onde tu próprio admites que não é possível garantir o mesmo resultado eleitoral, caso as eleições de 2015 tivessem à partida as cartas todas em cima da mesa em relação ao que daí surgiu, e foste por isso um dos "users da casa" que eu mencionei a certa altura no âmbito desse meu argumento ser totalmente válido e verdadeiro, e como por mais discussões que existam entre nós, sobre os mais variados temas, onde invariavelmente estamos em desacordo, eu ainda assim respeito sobre ti algo que é incontornável, que é a inteligência, pensei que tinhas chegado lá sozinho, e por isso é que nem sequer te citei, mas pelos vistos enganei-me, e hoje cá estás tu novamente, a fazer-te de desentendido (só pode!) e a querer comprar nova discussão comigo. Em relação à vossa pergunta e tentativa de justificação para o que se passou em 2015 com o resultado eleitoral de 2019, e o porquê de resultado de 2019 ter sido o que foi, ou seja, uma maioria absoluta do PS, tal aconteceu, na minha opinião, por três motivos: 1º no periodo pré eleitoral, tanto o BE como o PCP, se quiseram demarcar definitivamente do PS e deixaram bem claro que o projecto Geringonça tinha chegado ao fim 2º o António Costa, vendeu, e bem, a ideia de que era preciso votar PS, e ter uma maioria absoluta, para ter um legislatura estável 3º a oposição do PSD era fraquíssima, com um líder que não tinha consenso nem sequer dentro do próprio PSD, quando mais ter carisma perante o restante país, e todos sabemos que com um PSD fraco é impossível uma viragem do país à direita. Como tal, verificando-se os três pontos acima, foi natural a vitória do PS com maioria absoluta. Agora, o que é que isso tem alguma coisa a ver com o que se passou quatro anos antes, não faço ideia, e só na vossa cabeça de esquerda enviesada é que é possível arranjar uma justificação quando a conjuntura era completamente diferente.
  4. A minha espinha dorsal está intacta, obrigado pela preocupação. Já disse que caso as circusntâncias fossem idênticas, e que caso tivesse sido o PS a liderar um governo entre 2011 e 2015, intervencionado pela troika, fosse a votos nas legislativas seguintes e acontecesse a mesma distribuição, e de repente o PSD sacasse à ultima da hora uma coligação totalmente inesperada e que ninguém conseguia prever no periodo pré eleitoral, para retirar o governo ao PS que tinha recebido um voto de confiança, a minha opinião sobre os factos era igual à que defendo aqui, independentemente de eu votar à direita ou à esquerda. Mas tu não estás contente e queres levar isto à força até um ponto onde eu posso vir a entrar em contradição, se disser que isso é a minha opinião nestas circunstâncias específicas e que não sei se estou preparado para dizer que é a minha opinião transversal a todas as circunstâncias eleitorais, então realmente acho que estamos a querer levar esta discussão em caminhos opostos e não sei se vale a pena continuá-la.
  5. Epá, não me digas. A sério? Mas que grande novidade. Vou voltar a ignorar no mesmo sentido em que tu, curiosamente, ignoraste o post que eu fiz em resposta directa a ti e fundamentei as razões da minha convicção e o porquê de tu não poderes pegar nos resultados que aconteceram naquelas circunstâncias, e dizer que noutras os resultados teriam sido iguais, e vieste com a conversa da tanga do desânimo em relação à minha pessoa e não ser condescendente quando estavas a ser tão ou mais que qualquer outro. Por isso, julgo que estamos quites. Um abraço.
  6. Mas estás a tentar partir de um exemplo prático e real sobre algo que realmente aconteceu para tentar retirar uma conclusão mais lata sobre o cenário e aplicar sem contemplações e é aí que eu já não acho que o possamos fazer. Eu basicamente defendo o que defendo em relação ao que se passou pelos motivos já mencionados e que penso que não preciso de reescrever pela enésima vez. Fazer com que isso agora se aplique a todo e qualquer caso, é algo que não sei se é viável, nem estou preparado para dizer que essa é a minha opinião.
  7. Não te sei responder a isso, porque nunca pensei o suficiente sobre o assunto, e teria que o fazer. Em relação ao teu exemplo, falta igualmente saber o numero de deputados dos restantes partidos de esquerda, ou deixaram de existir? Eu percebo o que estás a fazer, que é esperar que eu diga que não me parece fazer sentido, e tu depois voltas a 2015 e dizes então vês aqui foi isso que aconteceu aqui, e parece que eu dei o dito por não dito, mas a minha opinião sobre 2015 é a que é por causa de toda a conjuntura à data.
  8. Literacia política é isto. Curiosamente é algo que tem estado em voga neste tópico, na medida que dizem que é algo que falta, e muito, aos portugueses. E eu concordo. Não só política, como também financeira. No entanto, baseiam a sua interpretação sobre o que aconteceu em 2015, em algo que estaria dependente de uma literacia política acima da média, para justificar as intenções dos portugueses, que à data então teriam literacia política suficiente para saber que estar votar no PS era a mesma coisa que estar a votar no BE e no PCP. Contraditório, no mínimo.
  9. Estás a fazer-me perguntas fora do contexto. Eu estou a falar sobre o que aconteceu, tu queres que eu interprete num sentido mais lato, e tirar conclusões a partir daí, para ver se eu entro em contradição. Eu defendo o que defendo, porque interpreto aquele resultado eleitoral de 2015 como um voto de confiança, e porque interpreto aquilo que aconteceu pós eleições como uma acto desonesto de chegar ao poder. Obviamente que a minha interpretação sobre o que aconteceu não está dependente dos partidos em si e de toda a conjectura à data, portanto caso os lados estivessem trocados eu acharia exactamente a mesma coisa, pois tenho coluna vertebral.
  10. Se aquilo que aconteceu em 2015 tivesse acontecido ao contrário e os intervenientes estivessem trocados, e fosse por exemplo o PSD a sacar uma coligação à ultima da hora pós eleições com partidos de direita radical para tirar o partido mais votado de um possível governo, podes ter a certeza absoluta que a minha opinião seria a mesma em relação à falta de honestidade dos intervenientes.
  11. Já eu gosto de ti da mesma forma, desde aquela altura que tu sabes bem qual foi. Não é pelo facto de votares à esquerda, seres do Porto, ou comeres carne, que eu acho que és melhor ou pior. De resto, lamento que pelo facto de eu pensar de forma diferente, seja motivo para aquilo que se vê neste tópico, mas não estou aqui para agradar a ninguém, e sim dizer as coisas como eu as interpreto. Já a superioridade moral e condescendência de quem vota à esquerda, em relação a quem vota à direita, realmente é uma característica incontornável.
  12. Já explicaste mas é aqui que a nossa opinião diverge, e até já tive por aí diversos users da casa a dar-me razão, de que não é possível prever nem garantir nada do que se passou a seguir, caso a votos tivessem ido a coligação Portugal à frente vs a coligação Geringonça, sendo que eu acredito que caso as cartas estivessem assim colocadas em cima da mesa antes da eleição, a coligação Portugal à frente teria tido uma votação superior à que teve, pelos seguintes motivos: 1º maior mobilização e menor abstenção das pessoas que não queriam, de todo, um governo de esquerda, com BE e PCP à mistura 2º os votos daquelas pessoas que formam aquele bloco centrista que ora vota PS ora vota PSD, conforme o seu contentamento/descontentamento, mas que é avesso ao extremismos de parte a parte. Essas pessoas, caso soubessem à partida que um coligação de PS + BE + PCP era uma possibilidade, poderiam inclinar o seu voto para a coligação Portugal à frente 3º abstencionismo daquela ala mais radical de BE e de PCP que não vêem o PS com bons olhos e que na iminência de ver o seu partido a coligar-se com o PS, poderiam mudar a sua intenção de voto, para não fazer parte disso. É simplesmente errado da vossa parte assumir que os resultados foram assim, então o que daí veio foi uma consequência natural da vontade das pessoas, porque a vontade das pessoas foi aquela quando lhes foram apresentadas as soluções daquela forma, se as pessoas tivessem no seu boletim de voto de colocar uma cruzinha para escolher entre Portugal à frente ou Geringonça, não podes concluir que o resultado eleitoral teria sido o mesmo, e concluir isso é um bocadinho desonesto.
  13. Tal como eu referi na última vez em que tive uma discussão sobre futebol mais quente neste fórum, futebol e política são as discussões mais inúteis que duas pessoas podem ter, porque ninguém aqui vai mudar a sua opinião, e até me apetece perguntar qual foi a última vez que tiveste uma discussão política com alguém que pensa diferente de ti, tal como qual foi a última vez em que tiveste uma discussão Benfica x Sporting com algum amigo teu, e no final algum de vocês mudou de opinião. Isto para dizer que nós podemos ficar aqui mais um dia, mais uma semana, ou mais um ano a discutir o mesmo tema, e tu vais ficar com a tua opinião de que é a exactamente a mesma coisa e eu vou continuar na minha opinião de que estás a ser falacioso e de que não é nada a mesma coisa. Só é a mesma coisa para ti, e todos aqueles que acham que é a mesma coisa, se for colocado de parte esse pequeno (grande) pormenor que nas eleições de 2011 o PSD ganhou com uma vantagem esclarecedora, e que nas eleições de 2015 nenhum dos partidos que tornou possível a geringonça foi sequer o partido mais votado, pequeno (grande) pormenor que para mim faz toda a diferença, chegando por fim ao ponto que até ao momento ainda ninguém foi capaz, nem vai ser penso eu, de explicar como raio é que uma coligação que fez tanto mal aos portugueses, chegou às eleições depois de quatro anos no governo, e foi a lista mais votada. Queria mesmo que explicassem este fenómeno, mas que o explicassem sem vir com a ladainha da esquerda junta ter mais deputados, e se cingissem apenas e só à votação que a coligação Portugal à frente teve nessa eleição, como é possível que depois de tudo o que aconteceu nesses quatro anos entre 2011 e 2015, a coligação tenha chegado às eleições e tenha sido mais votado do que qualquer outro partido? Como eu já disse, há não sei quantas páginas atrás, a minha interpretação é só uma: voto de confiança. Interpretação essa que foi prontamente rejeitada por todos aqueles que pensam diferente de mim, mas ainda continuo à espera então de saber qual é a justificação para que a coligação Portugal à frente tenha tido tantos votos, que acabou até por ser, imagine-se, a lista mais votada.
  14. Estou mais a dizer que queres comparar situações incomparáveis, para ver se tens razão, quando no fundo sabes perfeitamente que as situações são bem distintas, tipo aquele adepto de futebol que vê um lance muito duvidoso ser decidido a favor da sua equipa na jornada 25 e vai buscar um lance da segunda jornada que não tem nada a ver para dizer mas olhem aqui neste dia foi decidido contra nós, e na verdade o contexto é diferente, o lance não é igual e o árbitro não é mesmo. Mas se te faz sentir melhor assim, força.
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