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O mito do colesterol

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O mito do colesterol

 

Manuel Pinto Coelho

 

26/07/2015 - 05:24

 

Se o aumento da taxa de colesterol é um meio que o organismo encontra para se proteger, então baixar a sua taxa com medicamentos não parece boa ideia.

 

Na luta contra as doenças cardiovasculares, sempre que se pensa em arteriosclerose é admitido, desde há muito tempo, que o culpado é o colesterol que se vai depositando nas artérias, entupindo-as progressivamente a uma velocidade proporcional ao seu nível no sangue. Ora a verdade é que esta teoria não repousa em nenhum dado científico bem sustentado.

 

Na realidade, não só a investigação comprova que três quartos das pessoas que têm o primeiro ataque cardíaco têm níveis normais de colesterol, como estudos recentes indicam que os tratamentos, em muitas situações, acabam por ser bem mais nocivos.

 

Reportando-nos exclusivamente aos problemas cardiovasculares, têm-se negligenciado muitas vezes a importância dos numerosos efeitos secundários provocados pelos tratamentos para baixar o colesterol, essencialmente perda de memória, fraqueza muscular e ligamentosa, impotência sexual e diabetes tipo2, alterações digestivas e hepáticas, dores de cabeça, edemas, vertigens, alterações cognitivas e alergias cutâneas.

 

No caso das estatinas, drogas que bloqueiam, no fígado, a enzima responsável pela produção do colesterol, essencial para a nossa sobrevivência, talvez nos dias que correm os medicamentos que mais se vendem em todo o mundo, utilizadas para baixar o colesterol total e a fracção LDL do colesterol, (sendo que este último, embora não seja mais que um transportador do colesterol do fígado, onde ele é fabricado, para os tecidos que dele têm necessidade é considerado ridiculamente “mau colesterol”, em contraponto com a fracção HDL, considerada “bom colesterol”, outro mero transportador do mesmo colesterol, dos tecidos que o utilizaram, para o fígado - a sua central de fabrico e reciclagem), o risco de diabetes e obesidade resultante da sua toma foi ainda há pouco tempo denunciado pela comunidade científica.

 

Assim, em Março de 2012 a Agência Europeia do Medicamentos (EMA) reconheceu a gravidade do efeito diabetogénico das estatinas e recomendou aos laboratórios que os seus efeitos secundários passem a ser claramente anotados nas normas de utilização, norma que, parece, nem sempre cumprida.

 

Mas não é tudo. Começa a aparecer cada vez mais evidência mostrando que as estatinas pioram também a saúde cardíaca, revelando não só que não seguras como também não são muito eficazes. Um estudo recentemente publicado, revelou, em contraste com o aquilo que é hoje comummente aceite (a redução do colesterol com estatinas diminuem a arterioesclerose), que estas drogas podem, pelo contrário, estimular a arteriosclerose e a insuficiência cardíaca (Expert Review of Clinical Pharmacology.2015 Mar;8(2):189-99).

 

Alguns mecanismos fisiológicos discutidos no estudo mostraram que as estatinas podem piorar a saúde do coração de várias formas:

 

- Inibindo a função da vitamina K2, necessária para proteger as artérias da calcificação;

 

- Danificando a mitocôndria, prejudicando a produção de ATP (responsável pela energia do músculo cardíaco).

 

- interferindo com a produção de CoQ10, como se referirá mais adiante;

 

- O mesmo com proteínas contendo selénium, tais como a glutationa peroxidase, cruciais para prevenir o dano oxidativo do tecido muscular.

 

Considerando todos estes riscos, os autores concluíram que “as epidemias da insuficiência cardíaca e arteriosclerose, quais pragas do mundo moderno, podem ser paradoxalmente agravadas pelo uso difuso de estatinas. Nós propomos que os correntes manuais de tratamento com estatinas sejam criticamente reavaliados”.

 

No que diz respeito às doenças cardiovasculares, em que o colesterol teima em aparecer como o mau da fita, há uma grande incerteza sobre as suas causas e têm surgido as teorias mais contraditórias.

 

Sabe-se que aquilo a que se chama “placa” ateromatosa, que reduz o diâmetro das artérias, é principalmente constituída por células compostas pelo tecido muscular liso das artérias (proliferarando anormalmente), cálcio, ferro e colesterol, sendo este minoritário, funcionando como um curativo qual penso reparador do desgaste provocado pela inflamação da parede das artérias, esta sim a verdadeira má da fita nesta questão da formação da placa ateromatosa e da consequente arteriosclerose. Daí a importância do seu biomarcador – a PCR (Proteína C Reativa) – estar abaixo de 0,5. Quem o tem abaixo deste valor pode comer gorduras à vontade.

 

Sendo assim, se o aumento da taxa de colesterol é um meio que o organismo encontra para se proteger, então baixar a sua taxa com medicamentos, estatinas ou quaisquer outros, não parece boa ideia.

 

Se as taxas estiverem elevadas, tal deverá ser sempre considerado como um problema essencialmente de estilo de vida, que se corrigirá, prioritariamente, modificando o comportamento e a alimentação (de relevar a toma diária de 3 gramas diários de Ómega 3).

 

As únicas pessoas que podem tirar partido das estatinas são as que sofrem de hipercolesterolémia familiar, uma doença rara que dá uma taxa elevada de colesterol (para cima de 330) qualquer que seja a alimentação e o modo de vida. Se se tiver que as tomar, dever-se-á tomar também CoQ10 ou ubiquinol, co-enzimas também anti-oxidantes cuja produção está igualmente bloqueada pelas estatinas.

 

Para reduzir o risco cardiovascular, as melhores medidas a tomar são:

 

- Substituir a alimentação industrial, transformada e artificial, por alimentos frescos pouco cozinhados, se possível biológicos, cultivados localmente;

 

- Aumentar o consumo de gorduras boas para a saúde como o abacate, peixes gordos, ovos biológicos inteiros, gordura de noz de coco, nozes, amêndoas, avelãs e azeite, de forma que o rácio entre o ómega 3 e o ómega 6 ande entre 1/1 e 1/5 (e não 1/20 como acontece com a actual alimentação ocidental);

 

- Optimizar a ingestão de cálcio, magnésio, sódio e potássio, optando sempre que possível por legumes biológicos;

 

- Monitorar a taxa de vitamina D optando pela exposição ao sol – conseguir-se-ão níveis óptimos com uma exposição de 20 minutos em pelo menos ¾ partes do corpo -, acompanhada de vitamina K2 para evitar a calcificação das artérias;

 

- Restaurar os níveis hormonais, principalmente da testosterona, com hormonas bio-idênticas;

 

- Parar de fumar e não beber mais de um copo de vinho tinto por dia;

 

- Fazer exercício físico regularmente;

 

- Cuidar da higiene bucal e dentária – as pessoas com má higiene da sua boca têm 70% de risco de desenvolver uma doença cardíaca em contraponto com as pessoas que lavam os dentes pelo menos duas vezes por dia;

 

-Evitar as estatinas (salvo no caso da hipercolesterolémia familiar), que fazem baixar as taxas de colesterol artificialmente, sem esforço, mas com o risco de numerosos efeitos indesejáveis, como se referiu.

 

- Melhorar a sensibilidade à insulina – para tal optar por um regime com índice glicémico baixo como a batata-doce (melhor que a batata), o mel (melhor que o açúcar), as leguminosas como as ervilhas, os feijões e as favas (melhor que os cereais).

 

Com esta finalidade, considerar também o ácido alfa-lipóico (400 mg/dia).

 

O colesterol é uma molécula natural produzida 70% pelo organismo, principalmente pelo fígado, (os restantes 30% provêm dos alimentos), que o utiliza como um verdadeiro cimento: ao nível dos músculos, para os reparar quando estão fragilizados depois dum exercício físico; ao nível do cérebro, para ajudar os neurónios a melhor comunicar entre si; ao nível das artérias, para as reparar quando são lesadas.

 

Ele é uma das substâncias mais importantes, não só indispensável à regeneração das células e à formação das suas membranas, à metabolização de vitaminas como a A, D, E e K, à produção de ácidos biliares importantes na digestão das gorduras, essencial, como se disse, para o cérebro (contém cerca de 25 % de todo o colesterol do corpo, sendo critico na formação das sinapses que permitem o pensamento, a aprendizagem e a formação da memória) como à síntese de hormonas tão vitais para a nossa existência como as hormonas sexuais – testosterona, progesterona e estrogéneo (há quem considere que ter taxas de colesterol elevado a partir dos 65 anos é sinal de longa vida e de virilidade...), as hormonas do stress – glucocorticóides como o cortisol, e à mais importante de todas – a vitamina D, como as hormonas sexuais ela também uma hormona esteróide, sendo que uma pele com níveis insuficientes de colesterol não é capaz de a produzir.

 

Médico, doutorado em Ciências da Educação e diplomado em medicina anti-envelhecimento

Fonte: PÚBLICO

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Só vi isto aqui agora.

 

De acordo com o que aprendi em seis anos, não faz sentido absolutamente nenhum e é um perigo que o artigo passe sem um contraditório imediato da OM e/ou da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (que se foram feitos me passaram ao lado). Sempre me foi dito que as estatinas em particular são dos medicamentos mais bem conhecidos e que mais resultados comprovados têm. Claro que o primeiro passo são as alterações do estilo de vida, mas dentro da comunidade médica é ponto assente que as estatinas são dos grandes prolongadores artificiais da esperança média de vida hoje em dia.

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Desculpem o double post, mas sinto-me mesmo revoltado com isto.

 

Tenho acompanhado a caixa de comentários do artigo em questão e é um perigo de saúde pública ter um gajo destes a escrever no Público. Um leigo não tem capacidade para perceber a meia dúzia de patacoadas que um "médico" sem qualquer crédito na comunidade científica e com uma "especialidade" daquelas que só deve ser reconhecida por ele e pelos amigos escreve um chorrilho de asneiradas deste género. Também grave é que já andei à procura e ninguém refuta publicamente, o que também é incrível! Da personagem já se conhecia o historial de opiniões relativamente à reabilitação de drogas, fiquei mais esclarecido quando falou do Ébola, e mais recentemente foi com o filho que tem ELA à TV autopropagandear-se sem qualquer tipo de base cientifica, mas esta opinião está ao nível dos conselhos médicos da Maya enquanto lê tarot. Vai parar quando mandar um gajo que faça uma entorse ao endireita porque os ortopedistas são maus e o mundo está todo contra os doentes?

 

E é gravíssimo que um jornal teoricamente credível como o Público continue a tolerar ter colunistas deste calibre.

 

E por favor, tenham em atenção ao tipo de aconselhamento que dão a amigos e familiares quanto a parar de tomar estatinas só porque este senhor escreveu um artigo deste género nos jornais. Falem com os vossos médicos e tomem decisões conscientes, é evidente que a decisão de tomar ou não qualquer tipo de medicamento (que, como é óbvio e é inerente a todos os medicamentos, pode ter efeitos secundários e reacções adversas!) é vossa e apenas vossa, mas informem-se bem em quem confiam e arquem com as consequências das vossas decisões...

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Alto lá que o Dr. Pinto Coelho foi médico do Santana Lopes enquanto PM!

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Pergunta inocente: o que tem o Manuel Pinto Coelho a ganhar em divulgar esta opinião? Protagonismo, apenas? É que se for o caso, um processo judicial pela OM estaria na ordem do dia. E concordo que seria urgente um comunicado a desmentir o que foi publicado no Público, a bem da saúde pública.

 

edit: publicado, público, pública. Lindo! lol.gif

Editado por 13thReverend

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O MPC adora aparecer. Adora aparecer na TV, no Correio da Manhã, no Público, em tudo o que é sítio. Quanto mais mediático, melhor. Não sei se tem cabimento legal em Portugal um processo judicial por causa de poder ser delito de opinião, só uma coisa muito bem fundamentada tendo em conta que está em causa a saúde pública. Pensando bem, tendo em conta o que aprendi em comunicação em saúde no âmbito da saúde pública, talvez se aplicasse, apesar de ter sido leccionado em contexto de catástrofes, epidemias e por aí...

 

Já processo interno na OM era certinho, mas confesso que nem sei se ele ainda estará inscrito na ordem (apesar de ser referenciado como "médico" em todo o lado) ou se exerce apenas aquela coisa parecida com medicina lá do anti-envelhecimento e tretas do género...

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Se o aumento da taxa de colesterol é um meio que o organismo encontra para se proteger, então baixar a sua taxa com medicamentos não parece boa ideia.

 

Logo esta frase a começar dá para ver o que daqui vai sair. E depois mais um excelente nos comentários:

 

(...)Parabéns pela sua coragem Dr. Manuel Pinto Coelho, esta sua entrevista devia fazer parte dos conteúdos programáticos de todas as faculdades de Medicina!

 

Mas nem tudo é mau. Red Prince, és tu o Roberto que escreveu isto? :mrgreen:

 

Impressionante como este artigo de opinião de um douturado em "medicina anti-envelhecimento" (que não se sabe sequer o que é pois não é reconhecida como especialide médica em lado nenhum, e cuja validade científica é equiparável à homeopatia) vem aproveitar-se da ignorância geral para vender o seu negócio, apresentando retirados de contexto estudos de metodologia pouco clara e bastante enviesados que seriam destripados sem piedade em qualquer revisão sistemática. O colesterol serve essencialmente para formar os fosfolípidos das membranas celulares. As maiores necessidades de colesterol do organismo ao longo da vida ocorrem portanto no recém-nascido (quando a taxa de replicação celular e portanto de formação de membranas é maior), sendo que mesmo aí as necessidades de LDL são inferiores a 50 mg/dl. A partir daí e durante o resto da vida as necessidades de colesterol diminuem progressivamente (com picos em certas alturas como no crescimento puberal), sendo o corpo idoso aquele onde ocorre menos replicação celular e portanto aquele que menos colesterol necessita. Ou seja, todo o LDL acima de 50 mg/dl é LDL que está a mais e que o corpo não precisa, e a sua acumulação progressiva ocorre pela mesma razão pela qual engordamos progressivamente com a idade -- porque o organismo está em termos evolutivos preparado para lidar com um ambiente de fome e não com um ambiente de abundância, acumulando recursos compulsivamente para poder lidar com um estado de fome que nunca vai existir, pelo que esta acumulação ocorre desenfreadamente sem travão. Dizer que o organismo acumula colesterol naturalmente, logo isso significa que o colesterol é bom é como dizer que o engordamos, logo isso significa que engordar é bom ou que o organismo se torna naturalmente resistente à insulina, logo isso significa que ter diabetes é bom. Todos estes acontecimentos são erros da natureza, que reage erradamente para se defender de um ambiente pré-definido que não corresponde à realidade moderna. Mas infelizmente há sempre pseudo-experts que se aproveitam da ignorância das pessoas para ficarem famosos, pouco se importando com quantas vidas põem em risco nesse processo por más interpretações daquilo que está escrito fora de contexto. Noutro país qualquer este senhor tinha um processo em cima.

 

A parte a bold é excelente.

 

E o diplomado em medicina anti-envelhecimento é só para rir :lol:

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Conheço uma paciente dele com uma doença auto-imune que não sei bem qual é que fala maravilhas dele...

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Doentes devem continuar terapêuticas do colesterol prescritas pelos médicos

 

A Sociedade Portuguesa de Cardiologia aconselha os doentes vasculares e/ou hipercolesterolémicos a continuarem as terapêuticas prescritas pelos médicos que os assistem.

 

Um artigo recente, publicado pelo Público a 26/7/2015 apresenta, sob a forma de opinião, um conjunto de conceitos cientificamente corretos, bem como outros, menos aceitáveis, baseados nas evidências científicas disponíveis.

 

Considerando poder haver risco para a saúde pública, se doentes acreditarem e seguirem as opiniões do autor, entendeu a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, por intermédio do Grupo de Estudo de Risco Cardiovascular, ter a obrigação de esclarecer os portugueses e clarificar os aspetos menos claros, ou até cientificamente menos corretos, do referido artigo.

 

O que é certo ou errado na medicina atual

 

Numa era de Medicina Baseada na Evidência, há três níveis de evidência: classe 1, em que a abordagem ou terapêutica é claramente eficaz, e deve ser feita; classe 2, em que há dúvidas quanto à eficácia da terapêutica; e classe 3, em que a terapêutica é desaconselhada/nociva.

 

Assim, quando as evidências são de classe 1 ou 3 há pouco espaço para a opinião individual, já que há resultados claros, baseados na terapêutica de milhares de doentes. Nas situações de classe 2, não havendo certezas, há espaço para opiniões e decisões baseadas na experiência pessoal. Estas evidências estão organizadas pelas várias sociedades científicas em normas de atuação (guidelines).

 

As normas (guidelines) de atuação, antes de mais, baseiam-se nos resultados de ensaios clínicos, que avaliam, em grupos de doentes, os resultados de determinadas terapêuticas. Se um determinado tipo de doentes beneficia no ambiente de ensaio clínico de uma determinada terapêutica, alarga-se essa terapêutica a outros doentes semelhantes da população, na expectativa de resultados/benefícios idênticos.

 

Especificamente no papel do colesterol e nos resultados da sua intervenção os documentos padrão são as normas da Sociedade Europeia de Cardiologia, quer para a abordagem das dislipidemias (colesterol), de 2011, quer as genéricas, de prevenção cardiovascular, publicadas em 2012. São normas que estão disponíveis para quem as quiser ler (escardio.orq), baseadas nas evidências mundiais nas várias situações.

 

Papel do colesterol nos acidentes vasculares

 

As evidências clínicas de que dispomos revelam que o colesterol elevado constitui indiscutivelmente um poderoso fator de risco cardiovascular. Não é único – está acompanhado por outros fatores muito importantes, como hipertensão arterial, tabagismo e diabetes, bem como por vários fatores de importância menos marcada, como as inflamações crónicas dentárias e a obesidade. Assim, um doente pode ter um acidente vascular (enfarte ou AVC), sem ter colesterol elevado, ou pressão arterial elevada – basta ter outros fatores de risco – conhecidos ou não.

 

Para controlo do colesterol elevado, inicialmente, e perante os indivíduos de risco vascular baixo ou intermédio, devemos promover medidas de saúde geral, como alimentação correta (quantidade – calorias adequadas e qualidade – menos gorduras saturadas... ), atividade física regular e adequada à capacidade física do indivíduo, deixar de fumar, ter boa integração social… São os aspetos do artigo considerados corretos.

 

No entanto, particularmente após acidente vascular, e também nos indivíduos de risco cardiovascular elevado que não conseguem controlar os níveis de colesterol com dieta e exercício, a terapêutica, nomeadamente com estatinas, é indiscutível, com grande eficácia quer na redução dos eventos cardiovasculares (enfartes, AVC, necessidade de cirurgia, entrada em insuficiência cardíaca), quer na diminuição da mortalidade cardiovascular e global.

 

Dizendo de outra forma, se um doente de alto risco cardiovascular, ou após um acidente vascular, fizer terapêutica com uma estatina, tem menos probabilidades de ter complicações cardiovasculares (novos enfartes, AVC...) e tem menos probabilidade de morrer precocemente.

 

São evidências esmagadoras, baseadas em centenas de milhares de doentes, consistentes em vários ensaios em todo o mundo, e com várias moléculas independentes e desenvolvidas por várias companhias.

 

Nestas circunstâncias, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia aconselha os doentes vasculares e/ou hipercolesterolémicos a continuarem as terapêuticas prescritas pelos médicos que os assistem.

 

MD, PhD, FESC, coordenador do GE Risco Cardiovascular da SPC

 

Público

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Boas intervenções, Red Prince. :compinchas:

Eu achei interessante, mas não domino a temática de maneira que fiz questão de salientar que era um artigo de opinião.

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