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Cinema | Discussão Geral

Publicações recomendadas

Citação de bmfpcdm, há 2 horas:

Pois, mas o "Kill Bill", por exemplo, foi mesmo dividido em dois filmes. Como é o caso de "The Human Condition", que está dividido em três, pelo que eu o vi em três dias (mesma coisa com as edições especiais de "The Lord of the Rings"); nesses casos eu não tenho a compulsão de os ver num só dia.

Estive a dar uma vista de olhos no letterboxd (dá para ordenar por filme mais longo), e o "Once Upon a Time in America" foi um dos únicos filmes que decidi ver a segunda parte no dia seguinte, pois se bem me lembro o intervalo acontece após:

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uma cena de violação.

E como já era tarde e essa cena deixou-me algo perturbado, achei por bem ir dormir e ver o resto no dia seguinte. Mais longos que este, tenho os três já anteriormente mencionados: "Out 1", "Les vampires", "Napoleon" e ainda: "Dr. Mabuse, the Gambler", "Never Sleep Again: The Elm Street Legacy" e "Love Exposure". Vi todos eles num dia, mas com intervalos pelo meio para esticar as pernas, ou para comer.

 

Esse gostava de primeiro ler o livro do T. E. Lawrence, "Seven Pillars of Wisdom", mas parece-me um livro pesado, para demorar mais de 20 dias a ler. Já leste?

Não, só vi mesmo o filme.

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Que classe de filme, o LE SAMOURAI. Tudo tão bem construído com uma caracterização sublime do personagem principal. 

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Citação de Pablo Honey, Em 25/04/2020 at 20:48:

Como falaste q o filme é de 5 horas e meia, fiquei curioso. Qual foi o filme mais longo que viram? 

Se a memória não me falha, o Brighter Summer Day (3h57m) e o Once Upon a Time in America (3h49m) são os mais longos que vi. Há já alguns meses que ando a pensar ver o Sátántangó, mas são 7h30... 

Fui ver à wikipedia, e o filme com maior running time chama-se "Logistics" com... 387 horas, o que equivale a 35 dias e 17 horas 😂 

Foi a trilogia de LotR, as versões extendidas. Comecei a ver antes de manhã e quando acabou já era hora de ir dormir :mrgreen:

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Citação de andriy pereplyotkin, há 11 horas:

Acabei de ver o Waves. Tenho que começar a ler mais sobre os filmes antes de os ver, não estava a contar com esta montanha russa a esta hora. 

Aconteceu-me o mesmo.

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Destaques das minhas últimas visualizações:

- Jia (são 4h40 de filme e um ritmo lento, é daqueles para se ver com a cabeça limpa)
- Il y a longtemps que je t'aime
- Gilbert Grape (papelão do DiCaprio)
- Cléo de 5 à 7
- Den skyldige (como fazer um filme muito bom com tão pouco)

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“Ides ao cinema? Estai-vos nas tintas?” O topete é da autoria de João César Monteiro. A pergunta parece não passar de uma pequena provocação lançada inopinadamente. Mas a verdade é que conheço muitos cinéfilos – e eu sou como eles – que vivem, de tempos a tempos, assombrados com o receio de que a sua paixão possa significar uma fuga deste mundo, uma irresponsável e cobarde forma de demissão da sociedade, porque – diz-nos uma qualquer voz interior, autoritária e pouco compreensiva – é no exterior da sala escura, “lá fora”, que a vida adulta e responsável deve ter lugar. Nestes dias contaminados pelas ideias de medo, nostalgia e fim do mundo, não posso deixar de pensar neste meu receio antigo, que agora adquiriu uma imagem demasiado real para me deixar indiferente: no último dia da Terra, nas barbas do Apocalipse, lá estou eu, vidrado num filme menor que não precisava de ver, mas que não pude deixar de ver. Enquanto o mundo acaba lá fora, eu, aqui dentro, alheado de tudo o que me rodeia, passo os últimos minutos na Terra “consumindo” mais um filme.
 
Ao mesmo tempo, nunca como nestes dias de clausura heroica sentimos tanto que o cinema realmente importa, que é garante da saúde mental para muita gente. E que, por isso, também faz parte – como boia de salvação para a alma – deste espírito de missão que nos envolve a todos, em tempos de emergência nacional.
 
O cinema é também como um narcótico, um “grande sono” que não nos larga. Vivemos tempos apocalípticos? Quase apetece responder que toda a cinefilia já era da ordem do Apocalipse. A vida pouco pode em relação ao confinamento voluntário na sala escura. Não queremos ser assim, pelo que procuramos resistir ao mais perfeito sequestro levado a cabo pelo mundo imaginário do cinema, composto por divas, heróis e simulacros que intensa e irresistivelmente iluminam o grande ecrã. Por conseguinte, depois de me embriagar com o máximo número de imagens, o meu primeiro impulso é fugir – era Serge Daney quem combinava sadiamente o amor aos filmes com o amor às viagens e era Werner Herzog quem, antes de comer os seus sapatos, equiparava o ato de fazer filmes ao de andar, preferencialmente a pé, de um ponto A para um ponto B.
 
A viagem é uma analogia demasiado fácil para quem não quer sair do “comboio de sombras” (Máximo Gorki) ou adia a compra do bilhete de regresso. Regresso a La Ciotat (Lumière), à Gare do Norte (Rouch), a uma qualquer “estação terminus” (De Sica), não sei. Sei que cada viagem pede mais viagens: um passo, outro passo e depois... Não queremos parar e não paramos. O comboio do nosso cinema é como o do famoso documentário, oriundo da velha escola inglesa encabeçada por John Grierson, Night Mail (1936). Quase nada justifica a paragem. As cartas são recebidas e entregues, mas o comboio, esse, parece que não quer de maneira alguma parar. No entanto, nos intervalos da nossa obsessão, especulamos sobre como seria aproveitar o mundo lá fora. Leia-se: verdadeiramente gozar a vida. Fruir do mundo e da vida como gente grande, responsável e sadia – Daney também afirmava que o cinema pertencia à infância, ao que eu acrescentaria que ver filmes é como essa birra contagiante que tem como objetivo não sairmos do comboio e ficarmos para sempre remetidos à companhia das sombras, entre divas, heróis e simulacros.
 
No site que ajudei a fundar e que coedito, À pala de Walsh, sempre procurámos deixar uma janela aberta para esse “lá fora”. O cinema pode existir e transformar o mundo? Pode fazer algum tipo de diferença nas “questões essenciais” da sociedade? Acreditamos – não digo que acreditemos com grande convicção, mas sim, acreditamos – que devemos resistir aos nossos impulsos – à tal devoção incontrolável por fantasmas – e procurar “saídas”.
 
Devemos agir. A palavra é como um palavrão para uma comunidade composta por vários críticos e teóricos. Ver e escrever sobre cinema pode ser um modo de intervenção na sociedade? Pode ser uma forma de ação? Convencemo-nos disso. Mas precisávamos de tornar tudo isto mais imediatamente reconhecível e, por isso, criámos uma rubrica – que serve para expiar a tal culpa do cinéfilo-criança eternamente refugiado, e consumindo-se, no ecrã – chamada, sem falsas subtilezas, “Ação!” A palavra de ordem pertence aos directors e não aos críticos, pelo que a apropriação soou-nos bem, porque suficientemente ousada. Não queríamos ouvir nenhum velho excêntrico dizer, do alto do seu banco de jardim: “Ides ao cinema? Estai-vos nas tintas?” Não queremos que o cinema pertença a essa gente que se está “nas tintas”. Promovemos, então, as ditas ações. Digamos que a última iniciativa, mais visível, consubstancia perfeitamente a ação de servir a comunidade. De quê? De cinema e pensamento crítico. O À pala de Walsh empenhou-se nestes dias em salvar os seus leitores do tédio iminente, compondo uma espécie de menu com filmes para o confinamento. Convidámos os nossos leitores, os presentes e os potenciais, a verem, lerem, ouvirem, viajarem e até comerem pelo cinema. Mas que o nosso site seja um espaço de ação não era algo tão evidente – inclusive para muitos de nós – há uns tempos. No entanto, duas das iniciativas mais gratificantes para mim na história desta comunidade virtual couberam na tal rubrica “Ação!” Ambas disseram diretamente respeito ao espaço da Cinemateca Portuguesa e do seu Arquivo Nacional da Imagem em Movimento (ANIM).
 
Quando sentimos que estava em risco o acesso e preservação do cinema em formato DCP (Digital Cinema Package), acorremos (eu e a fotógrafa Mariana Castro) às instalações do ANIM para a produção de uma reportagem, que acabou publicada com o título «Cinemateca/ANIM sob perigo» no dia 27 de setembro de 2013, sobre a urgência de dotar a casa do cinema com equipamento que servisse para verificar e projetar um já muito extenso espólio fílmico. O modo como fomos recebidos denotou uma cumplicidade imediata e uma grande vontade de esclarecer o que estava em jogo – o atual subdiretor da Cinemateca Portuguesa, Rui Machado, afirmava que o património digital produzido até àquela data estava em risco. Foi bom receber a notícia pouco tempo depois: a Cinemateca Portuguesa havia conseguido adquirir o equipamento que reivindicara.

Outra iniciativa teve como espaço a sala Luís de Pina, durante uma projeção que tinha tudo para ser histórica: a primeira exibição de Empire (1964) na sua versão integral de 8 horas, no âmbito da terceira parte do ciclo O Cinema e a Cidade. Redigimos um texto, para a dita rubrica, em que exortámos os nossos leitores a um tipo particular de ação; a darem “tempo ao tempo”. A sessão de Empire, marcada para dia 4 de novembro de 2017, num sábado, constituía, para nós, um motivo de resistência contra os tempos acelerados, desatentos, distrativos e ideologicamente contaminados em que vivemos. Uma oportunidade rara e valiosa, ainda mais na sociedade em que vivemos, de não nos estarmos todos nas tintas para ele, o tempo.
 
Associámo-nos a este corajoso ato de programação ao oferecermos bilhetes (cortesia da Cinemateca) aos nossos leitores, pedindo apenas em troca algumas impressões sobre como foi a experiência de ver o filme – quanto tempo aguentaram na sala, quantas vezes regressaram, se regressaram de todo... Um espectador contou-nos que aguentou 20 minutos, que quando saiu da sala Luís de Pina o ecrã estava mais branco do que preto. Depois, “deu um salto” à sessão do lado, na sala Félix Ribeiro, para ver um filme de Chaplin, A Woman of Paris (1923). Quando regressou a Empire, disse-nos que o ecrã estava tomado pela escuridão e que perdeu a consciência das pessoas na sala – a experiência tornara-se mais solitária. Por outro lado, uma espectadora confidenciou-nos que saiu após 32 minutos para tirar algumas fotografias ao edifício da Cinemateca. Regressou para mais 24 minutos de Empire, durante os quais sentiu que o seu olho estava destreinado e que, por isso, foi uma experiência mais dura.
 
Nós, no À pala de Walsh, encarámos tudo isto como uma forma de ação. Este filme colocava um problema e o espectador tinha de lidar com ele, ali, naquele espaço; tinha de enfrentar a sua intrínseca fixidez, escuridão e monotonia (a sua, como dizem os ingleses, “uneventfulness”). Estes nossos espectadores saíram passados alguns minutos e voltaram a entrar. Um assistiu a um filme de Chaplin, o outro fotografou. Em que medida um viu o filme de Chaplin com outros olhos e o outro fotografou de um modo que não planeara? Em que medida Chaplin e o edifício da Cinemateca como tema fotográfico interferiram, no regresso, com o manto de escuridão – a pouquíssima luz, a dado momento – que preenche a maior parte das 8 horas do muito falado mas pouco visto filme de Andy Warhol e Jonas Mekas?
 
A ação política, para nós, radicava na possibilidade de transformarmos um certo modo de agir, ver e pensar o mundo. Penso que podemos – e devemos – criar situações em que estas transformações possam ocorrer. Para tal, são fundamentais espaços – repito: espaços – como a Cinemateca Portuguesa. A viagem não vai parar.
 
 
Luís Mendonça

http://www.cinemateca.pt/Cinemateca/Destaques/Sala-de-Projecao-Luis-Mendonca,-Cinemateca,-um-e.aspx

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tá a começar A Herdade na RTP.

 

a entoação dos atores portugueses é a pior coisa de sempre.

Editado por bobzz

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Citação de jean-luc godard, há 9 horas:

De tempos a tempos também vou tendo esses "problemas de consciência" mas depois lembro-me de toda a riqueza que o Cinema trouxe à minha vida, os horizontes que abriu, a capacidade que tem de te meter noutros papéis, a capacidade empática que tem, as novas perspectivas e percepeções que me gerou, tudo isso o cinema trouxe-me quando comecei a explorar os vários caminhos e ramificações que existem dentro dele. Mas como tudo, acredito que a chave está no equilibrio, entre o que se consome e a ação gerada. Dar e receber, devemos dar na medida em que recebemos, como que para equilibrar uma balança, e quem recebe mais também mais será exigido. Por isso acredito que o nosso papel enquanto cinéfilos, leitores, apreciadores de arte/cultura tem uma responsabilidade adquirida, não pode ser um papel puramente passivo. Há uns anos vinha-me esta frase à cabeça: "A arte não serve de nada se não nos expandirmos com ela". E realmente, de que serve ver imensos filmes/documentários que falam sobre a mesma temáticas, às vezes já quase num loop, vemos um documentário sobre isto depois sobre aquilo, mas depois nunca realmente paramos para efetuar uma ação. Porque a arte gera ideias, gera reações internas, pensamentos, vontades... mas se não as escutarmos acabam por ficar ali presas, sem lugar por onde ir, enterradas, enquanto se continua para a próxima obra, mas sem a bagagem anterior resolvida. É importante digerir uma obra, tal como se faz com refeições também. Porque a arte é um alimento, e com os alimentos também há certas regras, certo numero de refeições ao dia, isto para existir o tal equilibrio. Se comemos uma maçã ou sete há uma diferença, tal como há uma diferença no valor que dás à maçã que comes. Quando alguém come uma maçã e percebe o valor que é ter uma maçã nas mãos para comer, é uma riqueza. Imagina as outras pessoas que não têem maçãs ou que não sabem o que tu vês nela. É ai que entra o dar, a partilha. Partilhar esse valor. A arte é uma partilha eterna, ligada intrinsecamente à vida, à vontade da partilhar esse brilho, de criar a partir dele. A criação é inata em nós, e a arte é essa criação que surge de nós.

A arte como sinónimo de vida só vale a pena se for viva. E nós estamos cá é para isso, para viver, nunca nos esqueçamos disso. 

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tinha planeado ver hoje "Uma Pastelaria em Tóquio" que está na Medeia, mas não vou conseguir. isto está disponível noutro sítio?

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Citação de BrunoCardoso, há 38 minutos:

Alguém recomenda filmes porreiros na Netflix ?

Roma 

The Irishman 

Marriage Story 

Outlaw King 

The King

Okja

Gerald's Game 

The Discovery 

Meyerowitz Stories 

Annihilation 

Siege of Jadotville 

(Só originais Netflix que não sei o catálogo da Netflix Portugal.)

Editado por Keef
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Citação de BrunoCardoso, há 33 minutos:

Alguém recomenda filmes porreiros na Netflix ?

Uncut Gems, Jadotville, The Departed, Zodiac, Donnie Brasco, Highwaymen, American Beauty, The Big Short

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O Jake Gyllenhaal no Nightcrawler é incrível. Wow

Editado por Pablo Honey
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Near Dark [1987/Kathryn Bigelow]: Por alguma razão só ouvi falar disto agora, foi um daqueles filmes que ficou meio perdido nos anos 80, mas ultimamente ganhou tração. Um filme de terror/country com vampiros e soundtrack dos Tangerine Dream. Curti bastante, mesmo apesar do plot de romance pelo meio.

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Vi ontem o Death Proof. Já não via cinema do Tarantino há alguns anos e foi extremamente refrescante estar em contacto com o estilo dele. Relembrou-me dos primeiros tempos em que vi Pulp Fiction e Kill Bill e como as sua estética e os diálogos me cativaram quando tinha os meus 14 anos. Não é do melhor trabalho dele, mas é em espaços muitíssimo bom. Parece-me que o Tarantino experimentou aqui muita coisa, não apenas a nível visual, como também a nível de narrativa. Algumas funcionam, outras nem tanto. E o final acho que foi das melhores coisinhas que vi na minha vida😄  

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Victoria [2015/Sebastian Schipper]: Definição de slow burn. É um thriller de 2h10m todo feito num só take (!!), ou pelo menos fizeram os cortes de uma forma que não nos apercebamos. Muito bom filme, muito intenso na 2ª parte e excelente performance de todo o elenco.

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J'ai perdu mon corps

Já tinha ouvido falar algumas vezes deste filme, e realmente gostei muito da abordagem. É um filme poético, tem uma narrativa, mas o que me agarrou mais no filme foi o que não foi dito, o que foi contemplado. A animação tem realmente uma capacidade incrivel de nos transpor sensações.

Está disponível no Netflix para quem queira ver.

Editado por frnk th tnk

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