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de16rossi

[Núcleo] Primera División Argentina

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Boca campeão.

Não sabia que o treinador deles era o Ibarra.

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Final incrível. O Racing falhou um penalti para título ao minuto 90 e a Bombonera foi à loucura com um golo do River Plate.

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Citação de Poeira, há 29 minutos:

Final incrível. O Racing falhou um penalti para título ao minuto 90 e a Bombonera foi à loucura com um golo do River Plate.

Adeptos do Boca a festejarem um golo do River

Ainda dizem que não ha milagres no futebol 😂

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O futebol argentino está em choque, após a notícia da morte de Andrés Balanta, médio colombiano do At. Tucumán, depois de se ter sentido mal durante um treino da equipa da primeira divisão argentina.

De acordo com a imprensa local, o jogador caiu durante um exercício, foi assistido pelos médicos do clube com recurso a desfibrilhador, mas acabou por morrer a caminho do hospital.

A Federação Colombiana já lamentou, entretanto, a morte do jogador, internacional sub-23 pelos cafeteros, que se formou no Deportivo Cali e que se tinha mudado esta época para a Argentina.

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tu é que estás a chorar!

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“Ter poder é a gente gostar muito de ti”: Riquelme e a histórica eleição para a presidência do Boca Juniors contra Macri e Milei

Riquelme misturou-se com o povo e conquistou a segunda eleição mais concorrida da história da modalidade, com mais de 43 mil votantes. Do outro lado estava Andrés Ibarra, candidato apoiado por Mauricio Macri, ex-presidente do Boca Juniors e da Argentina, que supostamente queria a privatização dos clubes e do futebol do país, e também respaldado pelo anarcocapitalista e novo Presidente da República, Javier Milei. Juan Román, futebolista majestoso que só queria ser campeão no clube do coração, tem agora quatro anos para pintar os xeneize e a Bombonera como sempre imaginou

 
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O derradeiro e mais importante poder dentro de um campo de futebol passa pela submissão da bola. Podem glorificar o suor e a geometria à vontade, está muito bem, mas ninguém estará tão perto dos deuses como aqueles que fazem o que querem com a bola. Sem pressa, abençoados com o vagar dos velhos pensadores. Aí, já entramos na mistura mística entre a elegância e a valentia. O salivamento, sempre ameaçado pelo resultadismo apressado e oco, será sempre fomentado pelo que homens e mulheres podem fazer com aquela ferramenta redonda nos pés, fazendo coisas que as pessoas nem em sonhos poderiam fazer.

Juan Román Riquelme jogou sempre como se fosse uma figura divina, alguém que não subestimava a beleza sem a pretensão de a executar, assente nas verdades da sola e do movimento, como quem nunca ouviu os conselhos dos que tanto sabem e tentam formatar o que não compreendem. Basta ir a La Boca para entender que ali Diego, “o mais humano dos deuses” segundo Galeano, não é maior do que Juan Román. Certa vez, em 1998, quando os relatos mediáticos sugeriam que Maurício Macri, o então presidente do Boca Juniors – e mais tarde Presidente da nação –, o quis despachar para o Parma, para ouvir os cifrões a estalarem no chão da Bombonera, o vagaroso futebolista explicou porque não quis ir a lado nenhum.

“Quero ser campeão no Boca”, respondeu a um jornalista. “Gostaria de ficar no Boca a vida toda, a Europa não me tira o sono. Ser campeão no Boca não se compara a nada.” E o dinheiro, e o dinheiro, Juan Román? “A plata é importante, mas ser campeão será inesquecível”, deu troco, com somente 20 aninhos, o rapaz que dizia gostar de beber coca-cola com os amigos na esquina ao lado de casa. Esses desejos térreos e tão singelos, de gente como a gente, não estão muito longe do que disse quando abandonou o futebol, enfiado na camisola do Argentinos Juniors: “Só quero descansar, comer churrasco e viver bem. Desejo um feliz Natal a todos, que acabem bem o ano”.

As lágrimas depois da vitória na Libertadores, em 2000

As lágrimas depois da vitória na Libertadores, em 2000

Vinte e cinco anos depois, agora com 45 anos e já com muitíssimos títulos com aquela camisola pintada a azul e ouro, Riquelme, vice-presidente do clube do coração, candidatou-se à presidência. Do outro lado estava Macri, apoiando o candidato Andrés Ibarra, respaldado também pelo recém-eleito Presidente da República, Javier Milei, e o maior goleador da história daquela história xeneize, Martín Palermo. Em cima da mesa, a ameaça da privatização dos clubes argentinos, supostamente um desfecho defendido pelo autoproclamado anarcocapitalista Milei (apupado quando foi votar) e uma ideia sustentada por Macri, o presidente com mais sucesso no clube, numa época em que o génio era um tal de Riquelme. “Querem vender o estádio, privatizar o clube e usá-lo para a política”, assim o ex-futebolista denunciou a lista concorrente.

Depois de tantas acusações de parte a parte e até de um adiamento das eleições porque a Justiça teve de entrar em campo por causa da legitimidade de 13 mil sócios, as urnas engoliram os papelinhos com o fado daquela instituição que não está assim tão longe de San Telmo, onde, no mercado com carnes de quaisquer bestas divinas, está Norberto, adepto do Platense e quase filósofo como qualquer argentino, a vender camisolas de futebol, tantas relíquias. Uma delas não está à venda: Maradona, 10, assinada e tudo. O sorriso, quando nos cruzámos com ele em 2017, denunciou a vaidade. É que ele ia ver o canhoto, quando ainda era um mero adolescente, a voar nos campos da cidade.

Depois de Riquelme votar, numa das três tendas assentes na relva sagrada da Bombonera, que realmente abana e late como as almas apaixonadas, o ex-futebolista foi engolido pelo povo. E saltaram, cantaram, bêbados de alegria. Depois, foi aberto um canal para ele passar, como se separasse as águas para caminhar vagarosamente como tanto gosta. Quando o ‘10’ passou por uma menina, que chorava perdidamente nos braços do pai, ele parou a caravana, como antes parava o jogo, pisando a bola. Deu-lhe a mão e dividiram dois segundos na vida um do outro. O choro ganhou fúria e a mão dela foi parar ao pequeno peito, amparando o pequeno coração.

Depois de conhecer as verdades e as camadas do poder dentro da cancha, Riquelme desmontou o que o envolve: “Ter poder é que a gente goste muito de ti”. Poder, da arte nostálgica contra o que é injusto, é também levar um dos maiores futebolistas da história a imitar o festejo do topo gigio perante Louis van Gaal (resquícios de uma convivência difícil entre Riquelme e o treinador no Barcelona, que Lionel não esqueceu no Mundial de 2022).

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Numa votação histórica, a maior das Américas e a segunda mais concorrida da história desta modalidade (depois de Barcelona, em 2010, com 57.099 votantes), 43.367 dos 94.188 sócios bosteros habilitados a votar colocaram a cruz no nome do mítico jogador em 64% dos papelinhos que aterraram nas 288 urnas. Ou seja, Riquelme ganhou contra o candidato apoiado pelo presidente mais bem-sucedido daquela entidade, contra o seu maior goleador, que até levou uma baliza para casa na despedida, e contra uma nova espécie de liberalismo do novo Presidente do país. Riquelme está mais do que autorizado para falar do poder e do poder do povo e isso permite-lhe, a ele sim, decretar coisas como “libertad, carajo”, como sentenciava em cada gesto no campo.

O antigo centrocampista, que era um artista na verdade, herda um clube num momento crítico (o presidente vai agora ser vice, trocando assim de cargos), já que, apesar da presença na final da Libertadores contra o Fluminense, os xeneize não estão classificados para a próxima edição desse tão especial torneio, que foge ao Boca desde 2007 (claro, Riquelme foi o ás de trunfo). Segundo o “La Nación”, Juan Román transforma-se assim no terceiro presidente do Boca que foi jogador ali, sucedendo a Luis Cerezo e José Alfredo López.

https://tribuna.expresso.pt/futebol-internacional/2023-12-19-Ter-poder-e-a-gente-gostar-muito-de-ti-Riquelme-e-a-historica-eleicao-para-a-presidencia-do-Boca-Juniors-contra-Macri-e-Milei-9b6f91d6

 

Linda história desta lenda, que ajude a voltar a colocar o Boca onde deve estar.

Editado por kareca
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