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[Diário] Bankroll Challenge

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Bankroll Challenge Dia #4

 

Torneios disputados: 4 torneios | 2x Vencedor - 2x Eliminado

Ganho/Perda do dia: 0.64€

Banca final: 6.29€

 

Será mais uma vez um post encurtado, já que ainda estou a meio da leitura (Sit n' Go Strategy, de Collin Moshman) e estou em processo de cimentação de alguns conceitos, e não quero arriscar expor-me a demasiados jogos que me pudesse levar a baralhar as ideias que estou a procurar adquirir. O livro dá muito bons inputs quanto aos ranges/jogo de posição e usa vários exemplos de mãos e pós-flop para perceber que tipo de acção o autor sugere, e até agora a estratégia tem sido impecável para este nível. A estratégia está muito próxima daquela que apresentei no dia 1, e o que mudou foi, basicamente, o valor que dava a cada mão em cada posição e em cada fase do torneio. Algumas das ideias que o autor dá e que eu já conhecia (mas não sabia aplicar muito bem) são a c-bet (meio pote quando sou o agressor, e deixo cair a mão se levar call ou raise e as pot odds não compensarem) e blind-stealing, que é crucial numa fase algo adiantada do torneio em que o pessoal tem mais receio de ir a jogo com uma mão menos valiosa e com blinds de dimensão já significativa.

 

A nível de resultados, creio que de uma forma geral a minha eficiência melhorou bastante, vejo menos flops agora mas, por norma, consigo retirar sempre (ou quase sempre) valor das mãos que jogo. Ganhei os dois primeiros torneios sem história: no primeiro consegui um par de mãos muito boas que me ajudaram a eliminar dois adversários e juntar um stack muito bom que foi só gerido até à fase de heads-up; no segundo torneio tive ainda um percalço com AK que flopou mal e ainda perdi algumas fichas no raise pre-flop + c-bet, mas depois foi uma questão de paciência até chegar ao top-3 como chip leader e onde nem precisei de ir a heads-up - estávamos os 3 no flop, onde consegui dois pares e optei por fazer um raise alto para tentar levar o short-stack (200 e tal fichas, logo à minha esquerda) a all-in. O jogador foi então all-in, e o outro jogador não ficou isolado e fez um raise para tentar isolar-me a mim (ele tinha top pair), e então pus as minhas fichas em jogo, ele fez call e acabei com os dois jogadores ao mesmo tempo. :biggrin: Nos outros dois torneios as coisas não correram tão bem, não porque não tenha feito um bom jogo, mas porque tive bastante azar: com QQ (e nenhuma overcard) consegui levar um jogador a engordar o pote até eu passar a imagem de estar pot commited no turn e sem hipótese que não ir all-in, ele fez call com par pequeno e Ás kicker, Ás esse que acabou por bater no river, foi um bad beat muito feio. No último torneio fui all-in ainda numa fase algo inicial do torneio com duplo par, mas calhou de ir contra um trio (pocket pairs com set no flop), por isso acaba por não ser preocupante porque a minha jogada foi a mais correcta a meu ver.

 

De resto, como perdi os últimos dois torneios com algum azar e não quis correr o perigo de entrar em tilt e estragar o (bom) progresso que fiz hoje, decidi ficar por aqui e dedicar um par de horas à leitura + freerolls para praticar, e recomeçar amanhã - provavelmente com mais tempo. E foi isto, obrigado por acompanharem e participarem nas discussões :biggrin:

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Na medida em que se eu fizer all-in e receber call de AK ou AQ ou até mesmo de AA, entre ter 78 na minha mão ou ter AJ, eu sei bem o que prefiro ter. E se receber call ao all-in de 22, 33, 44 entre ter AJ ou 78 a diferença não é muita, é um par baixo contra duas overcards, sejam elas quais forem, normalmente estás dependente de emparelhar uma das tuas overcards para bater o par mais baixo. E se tiver de fazer all-in e receber cal de AK, AQ ou AJ, eu também sei bem o que prefiro, se ter KQ, KJ ou ter 78 ou 67... Então entre o range de all-in com K8 ou K7 não entendo mesmo, qualquer nabo dá call ao all-in com KQ, KJ, até KT, já para não falar no AK. São sempre situação onde estamos dominados, e com menor hipótese de vitória de que se tivermos duas live cards, que flopam bem. Sinceramente não concordo convosco, mas são opções e formas de jogar.

 

Equity Vencer Empate

MP2 24.82% 22.48% 2.34% { AJs, AJo }

MP3 75.18% 72.84% 2.34% { AA, AQs+, AQo+ }

 

Equity Vencer Empate

MP2 37.57% 37.36% 0.21% { 87s }

MP3 62.43% 62.22% 0.21% { AA, AQs+, AQo+ }

 

Esse range que deste são 38(6 AA, 4AKs, 4AQs, 12AKo, 12AQo) combinações de mãos, 2,87% das mãos possíveis. Uma vez que tens um A na mão, o adversário só pode ter 3 AA, 3AQs, 3AKs, 9AKo e 9AQo, ou seja 27 combinações, menos 28,05% combinações possíveis, 71.05% das que tinhas antes. Se estiveres no button, vais levar call dessas mãos metade das vezes(0.71^2) se tiveres AJ do que com 78s. Levar metade desses calls é capaz de ser melhor do que ter mais 12% de equidade não?

 

Mas pronto vamos ter em conta ranges normais e que incluam pares altos. Contra o top 4%:

Equity Vencer Empate

MP2 31.25% 30.26% 0.99% { AJs, AJo }

MP3 68.75% 67.75% 0.99% { 99+, AQs+, AKo }

 

Equity Vencer Empate

MP2 27.76% 27.54% 0.21% { 87s }

MP3 72.24% 72.03% 0.21% { 99+, AQs+, AKo }

 

Hm.... se nos deram call com top4% já é melhor AJ do que 78.

 

E com top8%?

 

Equity Vencer Empate

MP2 40.30% 34.35% 5.95% { AJs, AJo }

MP3 59.70% 53.75% 5.95% { 88+, ATs+, KTs+, QJs, AJo+ }

 

Equity Vencer Empate

MP2 32.66% 32.38% 0.28% { 87s }

MP3 67.34% 67.06% 0.28% { 88+, ATs+, KTs+, QJs, AJo+ }

 

Se eu for all-in com 22 também estou melhor contra AQ, AK e AA do que com AJ. Também é melhor ir all-in com 22 do que com AJ? :mrgreen:

Mas espera... se qualquer nabo da call com KQ, KJ e KT, AJ não joga bem melhor contra essas mãos do que 78s? :-k

 

Nem tudo são opções e formas de jogar. Se tu me dizes que das um call preflop com AKo e na mesma situação foldavas AKs não estás a tomar uma opção, estás a cometer um erro.

Numa situação onde faça sentido ir all-in com 78s, as blinds têm obviamente de ser tão grandes que o calling range dos adversários vai ser alargado e AJ dá-se muito melhor contra esse range que 78s.

 

Pode acontecer é estares numa situação onde nunca vais foldar PF seja com AJ ou 78s. Com 78s queres obviamente ter o maior FE possível uma vez que não estás à frente de nada por isso ir all-in é melhor do que raisar.

Já se fores all-in com AJ pode acontecer que vais foldar pior e levar call de melhor na maioria das vezes. Apesar de ir all-in com AJ ser obviamente +EV do que com 78s, podes preferir fazer um raise e esperar que alguém venha por cima com pior tipo um A ou K m*rdoso. Isto sim é absolutamente válido, mas não foi nada disto que disseste...

Mas atenção a uma coisa, lá por o raise de AJ poder ter um chip ev maior em muitos casos, não quer dizer que seja a melhor jogada. Em grande parte dos casos vocês querem é ter um FE maior e se na próxima joga o big blind for automaticamente all-in, provavelmente mais vale irem all-in com o AJ e esperar que não haja call. Depende muito do ICM....

 

duplo par

 

Qd fazes dois pares no flop, fazes dois pares(two pair), não fazes duplo par(double pair). Duplo par é quando tens dois pares na mão em omaha ou brasileiro... :mrgreen:

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Qd fazes dois pares no flop, fazes dois pares(two pair), não fazes duplo par(double pair). Duplo par é quando tens dois pares na mão em omaha ou brasileiro... :mrgreen:

 

Desconhecia isso, e nunca joguei Omaha :mrgreen: Duplo par então.

 

Já quanto à discussão dos ranges, eu acho que pode fazer sentido ir com suited connectors em all-in em determinados contextos - quando estás num jogo com blinds altas, com stack curto e/ou num jogo com adversários extremamente tight, dada a maior folding equity. E mesmo que te façam call com AJo,ainda que partingo atrás, podes sempre fazer par, flush e straight com essa mão, daí não ser assim tão má (lá está, dentro do contexto certo). No entanto, a discussão surgiu na sequência de fazer call/ all-in com Kx, sendo x uma carta alta tipo J - aí faria sentido a preferência pelos suited connectors, já que a probabilidade de o jogador ter feito all-in com uma mão do género AJ é muito forte, e passamos a depender só do K, o que baixa de forma brutal a probabilidade de ter uma board favorável.

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