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Mayday

Sporting reestrutura dívida com BCP e Novo Banco. Obtém “perdão” de 94,5 milhões de euros.

Publicações recomendadas

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Bancários indignados e revoltados com perdão do BCP e Novo Banco ao Sporting

 

Se for confirmado o perdão de 94,5 milhões de euros, “está-se perante uma situação causadora de justificada indignação e que exige esclarecimentos imediatos por parte dos referidos bancos”, refere a Febase.

 

"Bancários manifestam justificada indignação e revolta por perdão de dívida ao Sporting". É este o título do comunicado emitido pela Federação do Sector Financeiro (Febase), um sindicato afecto à UGT, em reacção às notícias que dão conta que os BCP e o Novo Banco aceitaram perdoar quase 100 milhões de euros ao clube de Alvalade e que hoje faz manchete no Correio da Manhã.

 

"Veio hoje a público que o Millennium BCP e o Novo Banco terão perdoado 94,5 milhões de euros ao Sporting", sendo que "se esta notícia corresponder à verdade, está-se perante uma situação causadora de justificada indignação e que exige esclarecimentos imediatos por parte dos referidos bancos", refere o comunicado.

 

O presidente do clube de Alvalade escreveu num artigo de opinião publicado no Diário de Notícias que nos "últimos meses" conseguiu "negociar uma melhoria das condições da reestruturação financeira", baixando de 135 para 40,5 milhões o valor da dívida ao BCP e ao Novo Banco, através dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) detidos por estes.

 

O corte, de 94 milhões, significa ainda que em vez de 44 milhões, o clube passa a precisar de reembolsar apenas 17,5 milhões para conseguiu a manutenção da maioria do capital na SAD. Montante que Bruno de Carvalho assegura irá estar disponível já no início da próxima época.

 

"A confirmarem-se tais factos, é natural o aprofundamento da decepção e revolta dos trabalhadores face à perda sucessiva de condições de trabalho, à recusa de aumentos de retribuições e à apresentação de propostas de actualizações salariais ridículas, por parte de tais bancos", acrescenta a Febase.

 

O sindicato lembra que o BCP "congelou e diminuiu rendimentos dos seus trabalhadores, situação que ainda não foi totalmente reposta e reparada", enquanto o Novo Banco "recorreu a um despedimento colectivo e promoveu extinções de muitas centenas de contratos de trabalho".

 

"Actos de gestão danosa como o noticiado perdão têm de merecer veemente condenação por parte dos trabalhadores bancários, sublinhando-se que tornam ainda mais imorais e ilegítimos o agravamento das referidas condições de trabalho e a recusa de aumentos salariais dignos.

 

http://www.sabado.pt/desporto/detalhe/20180504_2119_bancarios-indignados-e-revoltados-com-perdao-do-bcp-e-novo-banco-ao-sporting

E tu, Elliot, como estás?

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Se esta dívida n fosse perdoada os bancos acabariam por ser os "donos" do clube?

 

O q é q um banco faria com um clube de futebol?

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Se esta dívida n fosse perdoada os bancos acabariam por ser os "donos" do clube?

 

O q é q um banco faria com um clube de futebol?

 

Vendia as acções a investidores externos, provavelmente por um preço acima do mercado (ainda assim, incorrendo quase certamente numa perda financeira).

 

O problema das VMOCs é que, depois de emitidos os 55M que sabiam que não os iam ver mais (que também não teriam interesse nas acções em caso de não-pagamento), ainda foram emitir mais 80M três anos depois (e já com Novo Banco). Ainda se indignam com a influência do Ricciardi no Sporting :roll:

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Leiam a resposta do Nuno Saraiva.

 

Claro que o homem é débil mental, claro que isto não foi uma situação normal e claro que um "erro" não se desculpa com outros "erros". Mas até tem alguma razão.

 

E depois existe a mera coincidência de hoje ser dia de derby.

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E depois existe a mera coincidência de hoje ser dia de derby.

 

lol

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Leiam a resposta do Nuno Saraiva.

 

Claro que o homem é débil mental, claro que isto não foi uma situação normal e claro que um "erro" não se desculpa com outros "erros". Mas até tem alguma razão.

 

E depois existe a mera coincidência de hoje ser dia de derby.

 

O problema é exactamente o contrário, tornou-se uma situação normal porque se andou uma década a emprestar dinheiro com base em cunhas e favores em vez de garantias financeiras. E o Saraiva não tem razão nenhuma, visto que há tanta ou mais celeuma com os milhares de milhões de euros em imparidades da Caixa + Novo Banco, dos quais as empresas do Vieira surgem perto da pole position dos maiores devedores, do que propriamente com o Sporting (cujo celeuma se resumiu a esta manifestação do sindicato).

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bancários =/=banqueiros.

Eu sei a diferença e continuo a afirmar o que disse anteriormente. Não é por acaso que muitos são despedidos do seu posto e não voltam a arranjar emprego noutros bancos, há muito pessoal a desviar dinheiros das pessoas, fazê-los cometer maus investimentos só para enganar o sistema e sacarem algum. No ano passado houve um aqui na aldeia que descobriram mais de 25 mil ganhos ilegalmente.

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Eu sei a diferença e continuo a afirmar o que disse anteriormente. Não é por acaso que muitos são despedidos do seu posto e não voltam a arranjar emprego noutros bancos, há muito pessoal a desviar dinheiros das pessoas, fazê-los cometer maus investimentos só para enganar o sistema e sacarem algum. No ano passado houve um aqui na aldeia que descobriram mais de 25 mil ganhos ilegalmente.

 

Pois, mas não tem nada a ver com a razão que dás. Todos os bancos estão a migrar uma boa parte das operações para o online, pelo que o número de balcões necessários diminui e, assim, deixou de haver necessidade de contratar novos bancários.

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Se esta dívida n fosse perdoada os bancos acabariam por ser os "donos" do clube?

 

O q é q um banco faria com um clube de futebol?

Imagina, por hipótese, o seguinte: se tu fizeres um empréstimo de 200.000 euros para comprar uma casa e passado uns anos fores junto do banco «meus senhores, não tenho dinheiro para vos continuar a pagar as mensalidades... como fazemos?» não me parece que o banco te vá "perdoar" 70% do valor em dívida para que tu pagues o que podes efetivamente pagar.

 

Tal como neste caso, o banco também não quer a tua casa para nada. Se ficar com ela, vai certamente vendê-la em leilão a quem oferecer mais por ela.

 

A diferença é que se tu deveres 200.000 euros ao banco, é um problema teu. Se deveres 150 Milhões de euros ao banco, é um problema do banco.

 

 

EDIT: Vi agora o artigo que partilharam antes, excelente, é exatamente o meu ponto de vista.

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Citação

Jornal ECO Onlinehttps://eco.sapo.pt/opiniao/sporting-so-eu-sei-porque-nao-pago-ao-banco ]

Sporting: Só eu sei porque não pago ao banco
Se deve pouco dinheiro a um banco, o problema é seu. Se deve muito, o problema é do banco. É a terceira vez que Novo Banco e BCP fazem um perdão à dívida do Sporting. Faz sentido?

Pedro Sousa Carvalho | 7 Maio 2018

A discussão sobre os devedores à banca entrou novamente na agenda depois de Rui Rio ter dito que queria que a Caixa Geral Depósitos tornasse pública a lista dos seus 50 maiores devedores em incumprimento ou com dívidas reestruturadas. Isto para que o país percebesse por que razão teve de injetar 5 mil milhões de euros no banco público, dinheiro esse que para o líder do PSD poderia ser utilizado para outros fins, nomeadamente para aumentar salários na Função Pública.

A ideia de Rui Rio foi acolhida pelo PCP, CDS e Bloco que até querem mais. Querem que a divulgação da lista dos caloteiros da banca abranja não só a Caixa, mas todos os bancos que receberam ajudas públicas. Esta possibilidade de fazer tábua rasa do sigilo bancário tem uma vantagem e uma desvantagem.

A vantagem é que permitiria escrutinar as opções dos bancos e impedir que se dessem créditos por favor ou por cunha, ou simplesmente porque o banqueiro é adepto de um determinado clube. A desvantagem é que colocaria os bancos que tivessem de mostrar esses créditos em situação de desvantagem face aos concorrentes: nenhuma empresa quereria fazer negócios com um banco cujo historial de crédito possa ir para aos jornais.

Colocando a vantagem e a desvantagem na balança, a desvantagem pesa mais, ou seja, os bancos não devem revelar quem são os seus maus pagadores. Até porque existem, ou deveriam existir, mecanismos internos e externos nos bancos para controlar a forma como se dá crédito e a forma como são negociados.

Isto que dizer que não devemos questionar a forma como a banca dá crédito ou o renegoceia? Falso. Há casos, como os sucessivos perdões de dívida que o Novo Banco e o BCP deram à SAD do Sporting ou ao próprio clube que merecem ser escrutinados, questionados e estranhados, até porque podemos estar perante negócios moralmente questionáveis e que minam a confiança no setor financeiro.

O acordo de reestruturação

Comecemos por contar a história do início. O Sporting, como quase todos as SAD de futebol, era (é) um clube que estava falido: capitais próprios negativos, dívida astronómica à banca e violações constantes do artigo 35 do Código das Sociedades Comerciais.

Para ajudar a resolver o problema, ou pelo menos para adiá-lo, em 2011, ainda no tempo José Eduardo Bettencourt, o Sporting emitiu VMOC A (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis em ações) no valor de 55 milhões de euros, que são instrumentos em que a banca troca dívida por um instrumento financeiro que, se não for pago, dá ao banco o direito a ficar com capital da SAD.

Como as dificuldades financeiras da SAD continuaram, no dia a 14 de Novembro de 2014, a SAD e o Clube fizeram um Acordo de Reestruturarão Financeira com o BCP e Novo Banco e consistia, grosso modo, no seguinte:

Renegociação dos financiamentos bancários, mediante a contratação de novas linhas de financiamento em condições mais vantajosas para o Grupo SCP;
Reembolso dos saldos intergrupo, designadamente da dívida do SCP à Sporting SAD;
Aumento de capital da Sporting SAD por conversão de dívida da SAD à Holdimo Participações e Investimentos;
Novas entradas em dinheiro a efetuar por investidores externos;
Emissão de novos valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis (VMOC) em ações da Sporting SAD por conversão de dívida dos bancos.
No âmbito deste acordo (ponto 3), o angolano Álvaro Sobrinho passou a ser o maior acionista individual da SAD e, no âmbito do ponto 5), a SAD do Sporting voltou a emitir, em dezembro de 2014, os VMOC B no valor de 80 milhões: 56 milhões subscritos pelo BCP e 24 milhões pelo Novo Banco.

Os três perdões

Até aqui, não há nada de estranho. É uma relação entre uma SAD meio falida e dois bancos cheios de boa vontade em ajudar o clube e a quererem reaver o dinheiro que emprestaram. A estranheza começa quando, não se percebendo muito bem o porquê, BCP e Novo Banco começam a não cumprir o Acordo de Reestruturação e a perdoar dívida atrás de dívida.

1º perdão: O primeiro perdão aconteceu a 8 de janeiro de 2016, quando a banca e a SAD decidem prolongar a maturidade dos VMOC A em 10 anos, até 2026. A contrapartida foi a subida de 3,5% para 4% dos juros pagos. Neste perdão, o agravamento dos juros é claramente insuficiente para compensar tamanho alargamento de maturidade e, na negociação, foi introduzida uma cláusula de que os juros são pagos “caso a SAD do Sporting tenha lucros e distribua dividendos”. É uma espécie de, “se puderes, pagas. Se não puderes, a gente não leva a mal”.

A renegociação dava de tal forma nas vistas que, nessa altura, a Assembleia da República chegou mesmo a discutir uma petição contra esse prolongamento, e o aparente tratamento desigual com que os bancos brindam os clubes de futebol e as famílias.

2º perdão: O segundo “perdão” tem a ver com o Ponto 4) do Acordo de Reestruturação. Como o Sporting, pelos vistos, não conseguiu encontrar um novo investidor para injetar 18 milhões de euros através de um aumento de capital, então o Novo Banco resolveu adiantar esse dinheiro, cobrando um juro de 1%, sim, leu bem, 1%.

3º perdão: Foi na semana passada que ficámos a saber por um artigo que Bruno de Carvalho escreveu no DN, e pelo Correio da Manhã, que os dois VMOC (VMOC A = 55 milhões e VMOC B = 80 milhões) que totalizavam 135 milhões de euros, poderiam ser recomprados pelo Sporting por 40,5 milhões, ou seja, com um desconto de 70%. Em vez de 1 euro, os VMOC podem ser recomprados por 30 cêntimos cada.

Se Paulo Futre pensava que ir buscar charters de chineses era um negócio da China para o Sporting, enganou-se. Este negócio com o Novo Banco e com o BCP é que é o negócio da China.

Reflexões e conclusão

Estes negócios ou negociatas entre o Sporting e a banca levantam várias questões, de índole moral, financeira e clubística.

Se um pobre coitado de um cliente falhar meia dúzia de pagamentos da prestação da casa, os bancos acionam de imediato a hipoteca e ficam sem casa. É caso para recordar aquela máxima: “Se deve pouco dinheiro a um banco, o problema é seu. Se deve muito, o problema já é do banco”.
Se uma empresa não paga a tempo e horas, na melhor das hipóteses a sua dívida é reestruturada e a banca normalmente transforma dívida em capital. Por isso é que hoje os bancos são acionistas das mais variadas empresas, desde a comunicação social ao turismo. Quando não ficam com o capital, entregam-no aos fundos de recuperação como a ECS. Se é assim com as empresas, por que é que com o Sporting é diferente? Dois pesos, duas medidas.

O Novo Banco e o BCP desculpam-se, informalmente, dizendo que já tinham colocado parte do dinheiro dos VMOC como imparidades, ou seja, já tinham dado o dinheiro como perdido. Então se já o tinham dado por perdido, não deveriam executar a hipoteca e transformar a dívida em capital?
Há quem argumente que os bancos não querem forçar a conversão dos VMOC, já que a banca não tem vocação para ser acionista de um clube de futebol. Então, se assim é, por que razão aceitaram o capital de um clube de futebol como garantia de um instrumento financeiro?
O Correio da Manhã afirma que no âmbito do 3º perdão, o Novo Banco e o BCP vão poder usar os 17,5 milhões de euros que o Sporting colocou à parte, numa conta penhor, para um dia pagar esses VMOC. Então os bancos dão-se por satisfeitos por receber como contrapartida poderem usar um dinheiro que já é seu?

Sendo o Novo Banco um banco com 25% de capital público, e tendo recebido 4,9 mil milhões em 2014 e podendo receber mais 3,9 mil milhões de euros de capital contingente com dinheiro dos contribuintes, não deveria ter um maior cuidado na concessão / renegociação destes créditos? E não deveria dar uma explicação pública sobre este negócio?
Quando a Comissão Europeia veio dizer que no Novo Banco continuava a ser “concedido crédito por favor”, tal como no tempo do antigo BES, será que estava a referir-se a negócios como este do Sporting?

Conclusão: É imperdoável haver tantos perdões.

Esta é uma notícia de Maio do ano passado. 

Agora uma notícia de ontem...

Citação

Jornal ECO Online [ https://eco.sapo.pt/2019/10/10/sporting-reestrutura-financiamento-com-bcp-e-novo-banco-dividas-vencidas-estao-pagas ] 

Sporting reestrutura dívida com BCP e Novo Banco. Obtém “perdão” de 94,5 milhões de euros
BCP e Novo Banco, os maiores credores da SAD do Sporting, reestruturaram os contratos de financiamento. Dívidas vencidas do clube liderado por Frederico Varandas estão pagas.

Sporting reestruturou os contratos de financiamento que tem com o Millennium BCP e com o Novo Banco e procedeu ao pagamento de todas as dívidas vencidas. Num comunicado ao mercado, esta quarta-feira, o clube dos leões explica que os moldes da reestruturação financeira que passa por uma alteração dos termos da opção de compra dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) que resulta num “perdão” de 94,5 milhões da dívida.

No final do ano passado, o BCP e o Novo Banco, os dois maiores credores da SAD do Sporting, mostram disponibilidade para renegociar, com a administração liderada por Frederico Varandas, as condições do acordo quadro, relativo aos VMOC, no valor de 135 milhões de euros. As cláusulas dessa alteração foram agora formalizadas, ou seja, foi “fixado um preço unitário fixo correspondente a 0,30 cêntimos por VMOC, obrigatoriamente extensível à totalidade dos VMOC denominados ‘Valores Sporting 2010’ e ‘Valores Sporting 2014’, que sejam detidos pelos bancos à data do exercício da opção de compra, sujeito à obrigação de utilização exclusiva dos saldos futuros das Contas Reserva para aquisição de VMOC”, pode ler-se no comunicado disponibilizado na CMVM.

Esse preço é obrigatoriamente extensível à totalidade dos VMOC denominados “Valores Sporting 2010” e “Valores Sporting 2014” que sejam detidos pelos bancos à data do exercício da opção de compra, sujeito à obrigação de utilização exclusiva dos saldos futuros das contas reserva para aquisição de VMOC, refere o documento. A SAD terá, assim, de desembolsar apenas 40,5 milhões em vez de 135 milhões de euros para comprar a totalidade dos VMOC, o que se traduz num “perdão” de 94,5 milhões de euros.

Mas há mais detalhes nesta reestruturação. Quanto às condições de reembolso obrigatório e reforço das contas reserva há mudanças. Está prevista uma “redução da percentagem de afetação de fundos do ‘excesso de venda de passes de jogadores’, que passa de 50% para 30%, na proporção de 15% ao reembolso antecipado obrigatório e 15% ao reforço das contas reserva”. O que significa que terão de ser canalizados 30% do valor que fica disponível com a venda de passes de jogadores para estas obrigações, e 15% são reservados para reembolsos antecipados obrigatórios e os outros 15% para reforçar as contas reserva.

Por outro lado, fica ainda decidido reduzir a “percentagem do mecanismo de cash sweep de 60% do cash flow disponível, após serviço da dívida permitida, para 30%, a afetar na proporção de 15% ao reembolso antecipado obrigatório e 15% ao reforço das Contas Reserva”. Isto significa que essas provisões passam a corresponder a 30% (em vez de 60%) do cash flow disponível após pagamento das dívidas quando vence a maturidade e 15% são canalizados para reembolso antecipado obrigatório. Os restantes 15% serão usados para reforçar as contas reserva.

A nota enviada à CMVM frisa ainda que a SAD leonina “procedeu à regularização de todas as obrigações pecuniárias vencidas, encontrando-se assim em cumprimento perante os bancos”.

Tendo em conta esta situação, esta quinta-feira, o vice-presidente do Sporting Francisco Salgado Zenha reforçou que a SAD leonina está hoje em cumprimento com os bancos, um dia depois de ter sido confirmado o acordo de reestruturação financeira. “As dívidas que existiam com os bancos foram sanadas, estamos em cumprimento”, afirmou o ‘vice’ do clube e também administrador da SAD do Sporting, em declarações aos jornalistas, abordando a negociação concluída com Millennium BCP e Novo Banco.

“Nós, a partir de hoje, temos oportunidade de ir comprando gradualmente os VMOC e vamos fazê-lo, mediante as nossas possibilidades”, frisou Francisco Salgado Zenha, salientando ainda a redução de 50 para 30% da afetação do excesso da venda de passes de futebolistas.

O dirigente ‘verde e branco’ disse não estranhar a desvalorização dos VMOC, para um total de 40,5 milhões de euros, originalmente subscritas a um euro por BCP e Novo Banco, num total de 135 milhões. “Há muitos motivos para isso, entre os quais a própria desvalorização da ação do Sporting. Os bancos, que defendem sempre os seus interesses, também entenderam que este é um valor razoável para cada ação do Sporting”, referiu.

Salgado Zenha realçou ainda existência de melhores condições para o clube, além das que foram divulgadas no comunicado enviado à CMVM, decorrentes da renegociação do acordo original, datado de 2014.

“O objetivo de qualquer empresa é ter a situação financeira e a responsabilidade com os seus parceiros estável. O que conseguimos com este acordo foi sanar dívidas que estavam por regularizar”, sublinhou, acrescentando que foi feita a “regularização da situação de dívida vencida com os bancos, uma vez que, desde o verão de 2017, que o Sporting estava em situação de ‘waiver’ [incumpridor], e, finalmente, está em cumprimento”.

Apesar disso, o responsável ‘leonino’ foi comedido quanto à saúde financeira da SAD, salientando que “o reforço da equipa ou o investimento a ser feito no futebol vai ser sempre dentro das possibilidades”. “O Sporting está muito longe de uma situação de total estabilidade. Estamos no caminho certo, fizemos muita coisa em pouco tempo: um empréstimo obrigacionista em condições difíceis, terminámos esta renegociação e regularizámos dívida”, recordou.

Sporting está a ter apoios que não são permitidos a outros clubes, diz Fernando Gomes
O administrador para a área financeira do FC Porto SAD, Fernando Gomes, considerou esta quinta-feira que o Sporting, perante a reestruturação da sua divida à banca, “está a ter alguns apoios que não são permitidos a outros clubes”.

Questionado sobre se a reestruturação poderia ser desleal para os ‘rivais’ FC Porto e Benfica, Fernando Gomes, que falava durante a apresentação das contas finais do exercício de 2018/19 da SAD portista, no Estádio do Dragão, não se inibiu de responder.

“Não quero estar a falar da situação do Sporting. Espero que o Sporting faça o que for possível para resolver a sua situação. A verdade é que o Sporting está a ter alguns apoios que não são permitidos a outros clubes”, disse.

 

 

Comunicado do Sporting à CMVM:

Citação

“A SPORTING CLUBE DE PORTUGAL – FUTEBOL, SAD (“Sporting SAD” ou “Sociedade”) vem, nos termos e para efeitos do cumprimento da obrigação de informação que decorre do disposto no artigo 248.o-A n.º 1 do Código dos Valores Mobiliários, e no seguimento da informação já prestada ao mercado em relação ao acordo de reestruturação financeira e societária do Grupo Sporting, informar que foram formalizadas as alterações aos contratos de financiamento entre o Grupo Sporting e os bancos Millennium bcp e Novo Banco, tendo sido acordado, designadamente, o seguinte:
a) Opção de compra dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC): alteração dos termos da opção de compra dos VMOC tendo sido fixado um preço unitário fixo correspondente a 0,30 € por VMOC, obrigatoriamente extensível à totalidade dos VMOC denominados “Valores Sporting 2010” e “Valores Sporting 2014” que sejam detidos pelos Bancos à data do exercício da opção de compra, sujeito à obrigação de utilização exclusiva dos saldos futuros das Contas Reserva para aquisição de VMOC; b) Alteração de diversas condições de reembolso obrigatório e reforço das Contas Reserva, nomeadamente: (i) a redução da percentagem de afectação de fundos do “Excesso de venda de passes de jogadores” de 50% para 30%, na proporção de 15% ao reembolso antecipado obrigatório e 15% ao reforço das Contas Reserva; e (ii) a redução da percentagem do mecanismo de Cash Sweep de 60% do Cash Flow Disponível após Serviço da Dívida Permitida para 20%, a afectar na proporção de 10% ao reembolso antecipado obrigatório e 10% ao reforço das Contas Reserva.
No âmbito deste acordo, o Grupo Sporting procedeu à regularização de todas as obrigações pecuniárias vencidas, encontrando-se assim em cumprimento perante os Bancos.

 

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Quando é que chega a finalmente a hora de a banca assumir o controlo da sad do Sporting? 

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Citação de Sumudica by Night, há 1 hora:

Pagamos todos, no fundo?

sim, no fundo é o tugão que paga. mas hey, daqui a 1 ou 2 anos voltam os bons tempos do "vivemos acima das nossas possibilidades". esta m*rda acontecer no ano em que o novo banco foi recapitalizado é gozo autêntico

Editado por F_Tex
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Se fosse a SAD do Sporting o nosso “único” problema.... ainda vou perceber como é que pessoas conseguem contrair dívidas de valores acima de 200M €

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BCP filhos de uma grande p*ta. Que raiva que isto me mete, f*da-se. Para salvar os milionários dão sempre o cu, mas o resto do povo que se vá f*der.

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não percebo o porquê de tanto celeuma aqui manifestado.  Será isto algum surpresa? Algum banco quer ser o "responsável" pela falência e consequente fim do Sporting? Ou de outro grande? Algum banco quer ficar com esse rótulo, que o leve, no limite,  a perder uma fatia muito considerável dos seus depositantes e aforristas, irados por o seu banco ter executado o seu clube, causando-lhe a morte?

Os clubes de futebol sim, são os verdadeiros too big too fail. Até os bancos vão à falência, gigantes como a PT também, mas os clubes, e principalmente os grande, esses sim são imunes a anos e anos de disparates financeiros. Ainda me lembro quando houve um ex-jogador que pediu a insolvência do Boavista, aqui há uns anos, e o quão vilipendiado ele foi na praça pública. Foi chamado de tudo. Ele, que tinha ficado a arder com vários milhares de euros do seu suor, era o mau da fita porque "quer acabar com o Boavista, esse (censurado)!!!"

Neste cenário, os bancos não têm outra escolha.

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Além disso, deve ser mais vantajoso para a Banca conseguir garantir um meio termo que permita ao clube cumprir com uma parte das suas obrigações do que estrangulá-lo de forma a que este não consiga cumprir com qualquer uma delas.

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Citação de IlidioMA, há 21 minutos:

não percebo o porquê de tanto celeuma aqui manifestado.  Será isto algum surpresa? Algum banco quer ser o "responsável" pela falência e consequente fim do Sporting? Ou de outro grande? Algum banco quer ficar com esse rótulo, que o leve, no limite,  a perder uma fatia muito considerável dos seus depositantes e aforristas, irados por o seu banco ter executado o seu clube, causando-lhe a morte?

Dude, estás a falar do BES.

Editado por Mayday

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Diz-se que o perdão da dívida surge com a promessa de que o Sporting sad será finalmente vendido ao capital estrangeiro, entrando importante poder de investimento no arsenal do clube leonino. 

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Citação de IlidioMA, há 39 minutos:

não percebo o porquê de tanto celeuma aqui manifestado.  Será isto algum surpresa? Algum banco quer ser o "responsável" pela falência e consequente fim do Sporting? Ou de outro grande? Algum banco quer ficar com esse rótulo, que o leve, no limite,  a perder uma fatia muito considerável dos seus depositantes e aforristas, irados por o seu banco ter executado o seu clube, causando-lhe a morte?

Os clubes de futebol sim, são os verdadeiros too big too fail. Até os bancos vão à falência, gigantes como a PT também, mas os clubes, e principalmente os grande, esses sim são imunes a anos e anos de disparates financeiros. Ainda me lembro quando houve um ex-jogador que pediu a insolvência do Boavista, aqui há uns anos, e o quão vilipendiado ele foi na praça pública. Foi chamado de tudo. Ele, que tinha ficado a arder com vários milhares de euros do seu suor, era o mau da fita porque "quer acabar com o Boavista, esse (censurado)!!!"

Neste cenário, os bancos não têm outra escolha.

a longo prazo vao recuperar esse dinheiro com o sporting, mas a ideia que fica é que agora pagamos nós e depois colhem eles.

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