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Lebohang

80ª Volta a Portugal Santader Totta

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Quem anda lá dentro está farto de vir a público dizer que o que se anda é ridículo e todos os anos é vira o disco e toca o mesmo. Se achas aceitável tudo bem, agora é de estranhar eles serem tão bons aqui e ninguém pega neles para o WorldTour ou PRO CT (salvo casos raros tipo o Amaro, que até sempre foi decente e prometeu muito nos escalões de formação)?

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O herói do ano passado não participa nesta edição, a Israel Cycling Team não trouxe o Neilands (10º em 2017 e eterno herói naquela etapa onde foi o único a aguentar o ritmo dos dois Sky W52-Porto). :( E a Euskadi também não trouxe o Bizkarra (12º em 2017).

 

Ninguém quer pedalar contra as motas portuguesas. :lol:

O Neilands já está noutro patamar em que não tem de vir cá grelhar debaixo do sol de Agosto. Está agora a correr a volta à Dinamarca com a equipa "A" da Israel Cycling Academy e ainda na semana passada fez terceiro numa clássica em Espanha, só atrás do Robert Power e do Simon Yates da Mitchelton.

 

E aquela ideia da W52 subir a PCT, nunca mais se falou nisso? Saudades da Maia a rebentar tudo em Espanha #ManuelZeferino4eva

Editado por wolfking

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Quem anda lá dentro está farto de vir a público dizer que o que se anda é ridículo e todos os anos é vira o disco e toca o mesmo. Se achas aceitável tudo bem, agora é de estranhar eles serem tão bons aqui e ninguém pega neles para o WorldTour ou PRO CT (salvo casos raros tipo o Amaro, que até sempre foi decente e prometeu muito nos escalões de formação)?

 

Tal e qual. Aqui. No pico das suas formas, em estradas que conhecem de trás para a frente, habituados ao calor que há em Portugal em Agosto e contra ciclistas que cá vêm sem estar nos seus picos de forma. Contextos.

 

Fora daqui, quando tiverem de arrastar os seus momentos de forma durante vários meses, a correrem em estradas que não conhecem e contra ciclistas em momentos de forma semelhantes, perdem qualquer vantagem que tenham quando correm a Volta.

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Tal e qual. Aqui. No pico das suas formas, em estradas que conhecem de trás para a frente, habituados ao calor que há em Portugal em Agosto e contra ciclistas que cá vêm sem estar nos seus picos de forma. Contextos.

 

Fora daqui, quando tiverem de arrastar os seus momentos de forma durante vários meses, a correrem em estradas que não conhecem e contra ciclistas em momentos de forma semelhantes, perdem qualquer vantagem que tenham quando correm a Volta.

É por isso que para aí em Março o Alarcón deixou o Quintana sentado a pé numa rampa de uns 20%, onde o Quintana mais gosta. Faz sentido.

 

Como é que ninguém pegou no Alarcón quando ele fora de forma faz algo assim?

 

Quando se soube que ia haver um controlo internacional na prova na semana a seguir onde ele ia participar, ele desistiu de última hora.

Editado por joao86

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É por isso que para aí em Março o Alarcón deixou o Quintana sentado a pé numa rampa de uns 20%, onde o Quintana mais gosta. Faz sentido.

 

Como é que ninguém pegou no Alarcón quando ele fora de forma faz algo assim?

 

Quando se soube que ia haver um controlo internacional na prova na semana a seguir onde ele ia participar, ele desistiu de última hora.

 

Vai uma confusão do crl nessa cabeça. A Volta às Astúrias foi no final de Abril 2017. O Quintana participou, sim, mas com o intuito de apurar a sua forma para o Giro que se disputou em Maio.

 

O Alarcon fez aquilo que é normal muitos ciclistas fazerem: apontam dois picos de forma para períodos distintos da época. Provavelmente preparou-se para estar no seu melhor em Abril e Agosto, apanhando as Astúrias e a Volta.

 

Se achares estranho que um mês faça assim tanta diferença, basta ver que o mesmo Alarcon foi à Volta à Comunidade de Madrid em Julho e perdeu para o Oscar Sevilla, o mesmo que já correu em Portugal e teve resultados banais. Lá está, provavelmente a diferença entre um estar a preparar a Volta e o outro estar no pico da sua forma...

 

Quanto ao resto, que história é essa de se saber que ia haver um "controlo internacional"? Que raio é isto? Os controlos antidoping são surpresa, não são anunciados para os ciclistas saberem se devem ir a uma prova ou não. Fazes alguma ideia do que estás a falar?

Editado por Black Hawk

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Uau, suspeitas de doping na Volta. Estou chocado. Mas ainda ficarei mais chocado quando um qualquer ciclista tiver uma boa prestação e me disserem: "este aqui está totalmente limpo, não toma nada de nada!".

 

Gosto bastante de ciclismo e acompanho, tanto quanto possível, as 3 grandes voltas e mais uma ou outra competição ocasional. Só consigo ver a Volta para me rir. E tenho dificuldades em perceber quem consegue ver a Volta de forma séria, objectiva e do ponto de vista da competição. É que é tudo tão escandaloso que até lá fora já temos fãs. Que também vêem isto para dar umas boas gargalhadas.

 

Isto já para não falar do facto de que a Volta, actualmente, é um evento de promoção turística local que, por acaso, tem lá umas bicicletas a passar durante umas horas. Em vez de ser uma prova de ciclismo minimamente séria, que por consequência até pode ter alguns benefícios ao nível da promoção dos locais por onde passa.

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Fazes alguma ideia do que estás a falar?

Faço sim. Por exemplo, sabias que o Joni Brandão esteve suspenso silenciosamente por doping e foi por isso que falhou a Volta do ano passado? Foi uma "meningite", disseram.

 

Eu disse e já o repito: na Volta são atingidos indicadores que só candidatos ao Tour os conseguem ter. A Volta a Portugal está no último escalão, é absolutamente impossível chegarem a esse nível. Tanto é que, quando alguém ganha a Volta a Portugal, as equipas lá de fora não vêm buscar o vencedor. Ou achas que alguém como o Alarcón não interessaria a todo o mundo se corresse limpo?

 

Já várias, várias equipas oficialmente disseram que não vêm a esta corrida simplesmente porque o ritmo praticamente é absurdo e que não adianta vir cá. A Volta a Portugal no mundo ganhou a fama de ser a prova dos dopados onde se anda absurdidades e tu achas isso normal. Não, não é, por muito que o queiras fazer parecer, por muito que existam picos de forma.

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Marcam a hora de partida de uma etapa que decorre toda numa região onde os termómetros não vão baixar dos 43º às... 12H30

 

Volta ao Tugão :heart:

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O que sugerias, cancelamento da etapa? Visto que adiar deve ser "impossível" por termos logísticos.

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Não sei até que ponto é que seria possível, devido sobretudo aos patrocinadores e às câmaras municipais que pagam para passar por lá, mas sem dúvida meter a etapa a começar mais cedo, tipo entre as 10 e as 11.30. Isso significaria acabar também mais cedo, por volta das 16.

 

Contudo também há outros factores a ter em conta, como o aquecimento dos ciclistas que obrigaria a que eles acordassem mais cedo, reduzindo assim o seu tempo de descanso.

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Mas nessas horas, supostamente é o pico do calor. É complicado mexer nas horas da etapa.

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Ontem, e falo apenas na região de Lisboa, as temperaturas atingiram o pico entre as 16h e as 19h.

 

Ou seja, começando as 10h30 seria menos insuportável.

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Não é assim tao difícil alterar as horas da etapa. O próprio Tour este ano teve etapas a começar em pleno horário de almoço e a etapa do pavê começou bem mais cedo para que o final da etapa fosse antes do início da final do mundial. A saúde dos ciclistas (e demais caravana) deve ter prioridade em relação aos interesses dos patrocinadores/CMs/televisão. A confirmar-se as temperaturas previstas para hoje, tem de ser considerada a activação do Extreme Weather Protocol.

 

Enviado do meu GT-I9301I através de Tapatalk

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Btw, essa do D'arlacão a descarregar o Quintana faz lembrar quando o Alberto Gallego (na altura no Boavista) também fez companhia ao Contador e ao Quintana na Route Du Sud. Bons tempos...

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Um pequeno exemplo que pode dar para pensarem um bocado, é só transportarem para a Grandíssima.

A Volta à Argentina, também conhecida como Vuelta San Juan corre-se no início do ano. Na etapa rainha do Alto de Colorado, um marmanjo de uma das equipas da casa atacou no início da subida final. Eram 30KM a subir e estava uma ventania descomunal, era um ataque suicida e destinado ao insucesso. Para espanto de toda a gente, o vencedor foi mesmo o gajo da equipa da casa aka Gonzalo Najar. Foi uma performance verdadeiramente surreal, ele não parava de ganhar tempo e lá atrás no grupo dos favoritos/amarela era um ai jesus por causa do vento, com ínumeros corredores a ficarem sem pernas e alguns deles bem conhecidos (Majka, Atapuma, Benoot, Pantano etc.) Deu 2:00 ao 2º na etapa :mrgreen:

https://www.procyclingstats.com/race/vuelta-ciclista-a-la-provincia-de-san-juan/2018/stage-5

 

Obviamente a prestação dele virou meme e até o amigo que faz os tweets sobre a nossa Grandíssima soltou logo umas piadolas. Qual não é o espanto que algum tempo depois surgem estas notícias:

http://www.cyclingnews.com/news/vuelta-a-san-juan-winner-gonzalo-najar-reportedly-tests-positive-for-cera/

 

https://www.lanacion.com.ar/2132389-gonzalo-najar-el-campeon-de-la-vuelta-a-san-juan-dio-positivo-en-un-control-antidoping

 

Estão carregados dos pés à cabeça, até em Granfondos que são as provas amadoras existe malta no Doping. Longe de querer manchar o nome do rapaz e por isso nem vou dizê-lo, mas temos aqui no tuga um gajo com números surreais. Ganhou dois Granfondos com distâncias ridículas para o 2º e os watts produzidos para o peso dele eram qualquer coisa de :estrelas:

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Faço sim. Por exemplo, sabias que o Joni Brandão esteve suspenso silenciosamente por doping e foi por isso que falhou a Volta do ano passado? Foi uma "meningite", disseram.

Tretas. Sim, é uma valente treta essa cena do doping. E digo-o porque conheço o gajo.

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Louis Bendixen

Sad to leave Portugal. Dehydrated I was stuck at the Antidoping control for 3hours with no food but water. After just being able to hand in my pee sample, my body completely shut down and collapsed. Spent the night in the hospital suffering from a heat stroke and kidney failure

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Essa conversa do doping já cheira a esturro. Mas se quiserem colocar mais coisas na fogueira, o "Froome português" ganhou hoje.

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Vai uma confusão do crl nessa cabeça. A Volta às Astúrias foi no final de Abril 2017. O Quintana participou, sim, mas com o intuito de apurar a sua forma para o Giro que se disputou em Maio.

 

O Alarcon fez aquilo que é normal muitos ciclistas fazerem: apontam dois picos de forma para períodos distintos da época. Provavelmente preparou-se para estar no seu melhor em Abril e Agosto, apanhando as Astúrias e a Volta.

 

Se achares estranho que um mês faça assim tanta diferença, basta ver que o mesmo Alarcon foi à Volta à Comunidade de Madrid em Julho e perdeu para o Oscar Sevilla, o mesmo que já correu em Portugal e teve resultados banais. Lá está, provavelmente a diferença entre um estar a preparar a Volta e o outro estar no pico da sua forma...

 

Quanto ao resto, que história é essa de se saber que ia haver um "controlo internacional"? Que raio é isto? Os controlos antidoping são surpresa, não são anunciados para os ciclistas saberem se devem ir a uma prova ou não. Fazes alguma ideia do que estás a falar?

A Volta à Comunidad de Madrid foi logo de seguida em Maio e tem muito menos montanha que as Asturias, não entendo o ponto de comparação... O Alarcón perde ali por soma de posições nas etapas. O que o Alarcón (e o Amaro já agora) fez a época passada foi insano. Não entendo como se tenta encontrar algo racional nestas prestações, porque não existe. Não é normal ver um gajo como o Alarcón descarregar o Quintana, tal como não fazia sentido ver o Najar a dominar em San Luis ou o que os zucas lá fizeram há uns anos. Se há algo que o ciclismo me foi ensinando ao longo dos últimos anos, infelizmente, é que onde há fumo há fogo. Cá em Portugal já não temos só fumo, temos um valente incêndio...

 

Para mim, que estive inserido dentro do meio nacional, recordo-me bem do que jornalistas e dirigentes comentavam quando viam o Amaro a descarregar WTs no Malhão ou outros nomes como o De Mateos, o Joni ou o Benta.

Já só vejo para rir, sem qualquer preocupação.

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Mihai Cazacu @faustocoppi60

 

Vicente de Mateos remembering me of Candido Barbosa and Sergio Ribeiro here. What a kick! The big favourite won. #VoltaPortugal

 

Mihai Cazacu @faustocoppi60

 

The sprinter-climbers are my favourite Grandissima gem.

 

:lol: :mrgreen:

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A Volta à Comunidad de Madrid foi logo de seguida em Maio e tem muito menos montanha que as Asturias, não entendo o ponto de comparação... O Alarcón perde ali por soma de posições nas etapas. O que o Alarcón (e o Amaro já agora) fez a época passada foi insano. Não entendo como se tenta encontrar algo racional nestas prestações, porque não existe. Não é normal ver um gajo como o Alarcón descarregar o Quintana, tal como não fazia sentido ver o Najar a dominar em San Luis ou o que os zucas lá fizeram há uns anos. Se há algo que o ciclismo me foi ensinando ao longo dos últimos anos, infelizmente, é que onde há fumo há fogo. Cá em Portugal já não temos só fumo, temos um valente incêndio...

 

Para mim, que estive inserido dentro do meio nacional, recordo-me bem do que jornalistas e dirigentes comentavam quando viam o Amaro a descarregar WTs no Malhão ou outros nomes como o De Mateos, o Joni ou o Benta.

Já só vejo para rir, sem qualquer preocupação.

 

Estava convencido que era em Julho. Seja como for, continua a ser um mês de diferença para um pico de forma (Julho/Agosto ou Abril/Maio) e a diferença em termos de forma é semelhante.

 

Sobre os vários pontos, e para centralizar a discussão que já se dispersou, faço-o por tópicos.

 

Sobre o doping, basta ver a minha participação no tópico de doping nesta secção. Sou sempre dos primeiros a realçar que há muito doping no ciclismo, até costumo dizer que todos, ou a esmagadora maioria, dos ciclistas se dopa. Uns são apanhados por descuido, outros conseguem gerir através dos métodos existentes e de produtos mascarantes, mas dificilmente em alta competição haverá quem não recorra a estes produtos. Portugal não será excepção.

 

Agora, discordo frontalmente de quem acha que o doping funciona como a poção mágica dos gauleses do Astérix. Há quem esteja convencido que um ciclista banal se torna num campeão ao recorrer ao doping. Isto não funciona assim.

 

Há uns tempos, um ciclista amador fez um teste em que recorreu aos métodos de dopagem que eram feitos por ciclistas como o Ullrich ou o Heras na altura da Operacion Puerto, e mediu a diferença em termos de performance: fez uma subida qualquer do Tour em menos minuto e qualquer coisa do que antes quando a fez limpo.

 

Minuto e pouco. É o suficiente para um ciclista top 20 começar a lutar pelo top 10, ou um top 10 começar a lutar pelo pódio. Não chega nem de perto para um ciclista top 100, como o Alarcon, começar a ganhar a Volta ou a derrotar o Quintana apenas pela diferença criada pelo doping.

 

A cena passa um pouco por aí. Não há milagres. Não é uma poção mágica. O que me leva ao segundo ponto, que é o contexto muito específico da Volta a Portugal.

 

A Volta é uma corrida de dez dias. Dez dias. Disputada em Agosto, geralmente com temperaturas a rondar os 30 graus e não raras vezes acima disso, a maior parte das etapas é feita em sobe e desce, há pouco terreno plano (há uns anos houve uma equipa que cá veio depois de ter participado no Giro e nos seus registos contabilizaram mais kms em subida na Volta do que em todo o Giro), e em que a totalidade das equipas portuguesas participam com todos os seus ciclistas num pico de forma só comparável aos que os melhores do mundo apresentam no Tour e os italianos no Giro, e talvez alguns ciclistas para as clássicas da Primavera - Paris-Roubaix e Ardenas.

 

Nao há mais nenhuma prova no mundo onde isto aconteça assim. Geralmente as equipas de topo têm os seus ciclistas preparados para correrem uma série de provas durante algumas semanas (não é incomum alguns fazerem as provas de Fevereiro e Março, ou Março e Abril, ou Julho e Agosto) arrastando a sua forma durante esse período; em Portugal não. Por cá correm-se várias provas menores, algumas equipas vão a corridas como as Astúrias algures em Março, Abril ou Maio, mas depois disso afinam-se para estar no pico apenas na Volta. Um pouco como alguns ciclistas o fazem para o Tour.

 

Por oposição, as equipas estrangeiras que cá vêm não trazem, como é evidente, os seus ciclistas com o objetivo de época de ganhar este lixo de corrida. Vêm fazê-la mas integrada numa série de corridas que fazem de seguida, como mais uma de várias. Quando cá chegam e apanham com estas temperaturas, com ciclistas em melhor momento de forma do que eles, debaixo de um calor que os portugueses suportam melhor do que eles, em estradas que conhecem na perfeição porque quase todos os anos o percurso é igual, claro, perdem. E queixam-se do doping, esquecendo convenientemente tudo o que referi para trás.

 

Depois surgem os fãs estrangeiros, que não conhecem a Volta como nós portugueses a conhecemos e que pensam que é uma corrida igual à Volta à Turquia ou outras do género. Calculam tempos de subida, percentagens de esforço, potências de pedalada, watts e outras coisas do género e tentam comparar estes registos com os do Tour.

 

Primeiro de tudo, continuo a fazer facepalm a estas comparações. Isto quase parece os zes da TV portuguesa a tentar chegar à conclusão que o Paulo Fonseca não ficava a dever ao Guardiola porque o Shakhtar na liga ucraniana tem percentagens de posse de bola semelhantes às do City na liga inglesa - sim, isto aconteceu.

 

No ano passado circulou uma comparação da potência do Raul Alarcon na etapa da Senhora da Graça por oposição à do Froome na 18a etapa do Tour no Col d'Izoard. Daqui, extrapolaram a diferença de potência para mostrar que o Raul Alarcon podia lutar pela vitória no Tour.

 

Pah, não sei que raio de análise é esta, porque comparar a performance de um ciclista na primeira de duas etapas de montanha da Volta a Portugal, apenas a 4a etapa da competição, com a de um outro que já vai no 18o dia do Tour após disputar várias etapas de montanha, uma delas no dia anterior, é estúpido. É estúpido, não tem outro nome. A conclusão a que eu chego comparando os dados é que um ciclista fresco, no início da competição, consegue melhores performances numa subida de 7 kms do que um após três semanas de corrida com várias etapas de montanha em cima, numa subida de categoria especial de 15 kms. Ou seja, o que os números demonstram é o efeito que a fadiga acumulada numa competição de três semanas provoca num atleta de alta competição e os efeitos na sua performance. Mas isto sou eu...

 

Para finalizar, só reforçar o que disse antes: há doping no ciclismo português. Há. Sempre o disse, continuo a dizê-lo. Mas também há no ciclismo internacional. Acreditar que os resultados dos estrangeiros que cá chegam a pensar que a 70 ou 80 por cento da sua melhor condição ganham a ciclistas a 100 por cento da sua forma se deve apenas às diferenças provocadas pelo doping, pah, não. Ajuda, certamente, mas não é apenas essa a diferença.

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Outra coisa que muitos dos analistas estrangeiros parecem não entender é que a Volta é muito, muito dura. Numa corrida de cinco ou seis dias ainda se disfarça a diferença de forma, mas numa corrida tão dura como esta, que tem duas etapas de montanha com nível GT e que é atacada desde o início por equipas repletas de ciclistas no pico de forma, ou se está mesmo muito forte ou se leva no pêlo.

A torre é de nível de GT, a Srª da graça nem pensar.

 

edit: btw, façam essas comparações entre a Torre e uma subida do Tour, não comparem a Srª da Graça com essas subidas.

Editado por Puto Perdiz

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E os comissários da prova que hoje resolveram que até ao 82º não havia cortes? que vergonha, fdx.

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