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Morreu José Mário Branco

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https://www.publico.pt/2019/11/19/culturaipsilon/noticia/morreu-jose-mario-branco-1894241

 

 EM ACTUALIZAÇÃO

Morreu José Mário Branco, um dos nomes maiores da canção portuguesa

Tinha 77 anos.

PÚBLICO 
19 de Novembro de 2019, 9:43
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Foto
 

Morreu José Mário Branco, um dos nomes maiores da canção portuguesa, confirmou ao PÚBLICO a sua editora Warner Portugal e o seu manager, Paulo Salgado. José Mário Branco tinha 77 anos e o seu percurso tocou desde a música de intervenção e a canção de Abril até ao fado. 

É autor do emblemático álbum Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades (1971), de Margem de Certa Maneira (1973), do duplo Ser solidário (1982), A Noite (1985), Correspondências (1990) ou Resistir é Vencer (2004). 

José Mário Monteiro Guedes Branco nasceu no Porto em 1942 e estudou História nas Universidades de Coimbra e do Porto, curso que nunca terminaria. Filho de professores, foi militante do Partido Comunista Português (PCP) e a ditadura obrigá-lo-ia a exilar-se em França, para onde viajou em 1963. Só voltaria a Portugal em 1974.

 
 
 
 

O seu contributo para a música popular portuguesa dos anos 1970 residia, como escrevia em 2017 o crítico do PÚBLICO Nuno Pacheco, nos “contornos do som e das ambiências” que gerariam “novos paradigmas, como a importância da encenação sonora, num tempo em que ela ameaçava estiolar na balada. Não se tratava de recorrer a guitarras eléctricas (o ié-ié já o fazia) ou a orquestrações (também as havia na chamada música ligeira), mas de usar recursos vindos de vários géneros musicais (o cancioneiro popular, a arte coral, a clássica, o rock, o jazz, a música francesa ou a anglo-saxónica) para dar à música portuguesa uma nova atmosfera. E foi isso que ele fez, e até hoje o distinguiu, não só nas suas próprias obras, mas em trabalhos de outros músicos, como José Afonso (Cantigas do Maio e Venham mais Cinco têm a sua marca).”

Sobre a sua vida escreveu-se o livro O Canto da Inquietação, de Octávio Fonseca Silva (ed. Mundo da Canção, 2000) e existe também o DVD Mudar de Vida, de Pedro Fidalgo e Nelson Guerreiro (ed. Alambique, 2016). 

Editado por Cannonball

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Opá. Estava a ler um post do Daniel Oliveira no FB, em que ele falava do FMI e em que dizia "no velhinho blog, também ele falecido". E aquilo deu-me um nó porque pensava "mas o José Mario Branco ainda está vivo". E só depois é que vi a notícia.

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O Marcelo quer condecorá-lo e diz que depende da família. Diz também que tentou em vida e que o José Mário Branco rejeitou sempre. E que tal respeitar a vontade expressa da pessoa?

Editado por Duluoz-

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A noticia da morte do José Mario Branco mexeu mais comigo do que estava a espera. Ao longo dos anos fui abracaçando mais e mais o trabalho quer do José Mario Branco quer do Fausto, pode ser por aí ter o grau de impacto.

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Tenho vergonha de dizer que não conhecia o trabalho do José Mário branco. Estou a conhecer agora, por estes motivos infelizes, e eu próprio fico mesmo triste por termos perdido este artista. Descanse em paz

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Durou 14 meses o avatar da Aretha. Foi um período calmo para os intérpretes musicais de excecional grandeza que me marcaram. Caiu a ficha agora ao José Mário Branco. Com licença a todos os outros mas o Zé Mário foi, para mim, o único a poder comparar-se ao Zeca e ao Ary naquele período marcante da Sociedade portuguesa da luta contra o fascismo, da celebração da liberdade, da exaltação quase fanática do PREC e do choque com a realidade que sucedeu ao 25 de novembro.

O Zé Mário era um dos Grandes. Um dos maiores. E o "FMI" um hino. Que eu sabia de cor. Uma canção carregada de raiva, de emoção, de resistência. De Intervenção! De verdadeira Intervenção política e social. E não consigo conter um sorriso de cada vez que me lembro do "Afinfa-lhe o Bruce Lee" ou do "Lourosa, Lourosa! Marrazes, Marrazes!"

Ficámos hoje mais pobres. Mas pelo menos tivemo-lo por cá mais tempo do que os outros dois que partiram quando ainda tinham muito para nos dar.

 

 

 

Editado por Descartes
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Recebi a notícia de manhã como um murro no estômago.

Devemos-lhe tanto. Como compositor, como letrista, como intérprete, como ser humano. Perdeu-se uma das maiores referências culturais de Portugal no século XX.

Obrigado, Zé!

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O FMI é uma a mais brilhante obra de arte da cultura portuguesa da segunda metade do Século XX. E aí incluo, literatura, música, pintura, artes plásticas, tudo. Nada foi tão importante na cultura portuguesa como o FMI. Um rasgo de génio só ao alcance dos imortais. José Mário Branco não morreu hoje. José Mário Branco nunca vai morrer.

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Citação de IlidioMA, há 2 minutos:

 Nada foi tão importante na cultura portuguesa como o FMI.

 

quote para a eternidade.

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O José Mário Branco é e será sempre um dos imortais da nossa cultura e da nossa história. É daqueles raros casos em qua até à malta mais nova que não ouve aquele tipo de música conhece algumas das músicas criadas por ele ou ouve bandas que foram influenciadas ou trabalharam com ele. Sim, até os Mao Morta! A opinião é unânime, é uma grande perda para a cultura portuguesa. É daquela geração de ouro do Zeca Afonso, Adriano, Ary, etc. 

Marca me mais profundamente, porque o meu pai conviveu com ele, convivia, e este desaparecimento emocionou a ele e a mim muito. Acho que todos nós devemos um pouco do que somos a pessoas da estirpe do José Mário Branco. 

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Citação de Thor Odinsson, há 6 minutos:

O José Mário Branco é e será sempre um dos imortais da nossa cultura e da nossa história. É daqueles raros casos em qua até à malta mais nova que não ouve aquele tipo de música conhece algumas das músicas criadas por ele ou ouve bandas que foram influenciadas ou trabalharam com ele. Sim, até os Mao Morta! A opinião é unânime, é uma grande perda para a cultura portuguesa. É daquela geração de ouro do Zeca Afonso, Adriano, Ary, etc. 

Marca me mais profundamente, porque o meu pai conviveu com ele, convivia, e este desaparecimento emocionou a ele e a mim muito. Acho que todos nós devemos um pouco do que somos a pessoas da estirpe do José Mário Branco. 

Eu como "malta mais nova" ouvi várias vezes a partir para ficar dos linda Martini sem saber quem era a pessoa da sample que usam. E tive a ver e o Zé Mário tocou muitos, mesmo muitos artistas da nova geração.

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Citação de Thor Odinsson, há 31 minutos:

 Acho que todos nós devemos um pouco do que somos a pessoas da estirpe do José Mário Branco. 

 

É com cada pérola. 

 

Não retiro qualquer mérito a todo o seu percurso, mas é mais um daqueles que só é lembrado depois de morto, quem é que na última semana, mês ou ano, ouviu José Mário Branco? Contam-se pelos dedos das mãos. Acho descabido, what aboutism much.

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Citação de Catota, há 27 minutos:

 

É com cada pérola. 

 

Não retiro qualquer mérito a todo o seu percurso, mas é mais um daqueles que só é lembrado depois de morto, quem é que na última semana, mês ou ano, ouviu José Mário Branco? Contam-se pelos dedos das mãos. Acho descabido, what aboutism much.

Nao mistures a tua ignorância com a dos outros

 

Uma das minhas letras preferidas.

Diz muito do que é ser português

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Citação de Catota, há 24 minutos:

 

É com cada pérola. 

 

Não retiro qualquer mérito a todo o seu percurso, mas é mais um daqueles que só é lembrado depois de morto, quem é que na última semana, mês ou ano, ouviu José Mário Branco? Contam-se pelos dedos das mãos. Acho descabido, what aboutism much.

A tua pérola é, desculpa-me a franqueza, a maior de todas. Aliás, nem é pérola: é um perfeito disparate. Desde quando é que ele só é lembrado depois de morto? Ridículo... E o que é que tem se se passaram anos desde a última vez que alguém ouviu uma música dele? Pela parte que me toca ouvi-o constantemente quando mais interessava. E isso é o mais relevante. Tal como o Eusébio não deixou de ser Eusébio porque as pessoas não o viram jogar nos últimos 30 anos da sua vida. Tal como a Amália não deixou de ser Amália quando se tornou quase um martírio ouvir a decadência evidente dos seus últimos anos. Tal como a Sophia não deixou de ser Sophia só porque o último livro que se leu dela foi o Cavaleiro da Dinamarca nos bancos da Escola Primária.

Além disso estou certo que na última semana, mês ou ano todos ouvimos bastantes músicos que ele influenciou, produziu, ajudou, ensinou, encaminhou. Ouvi-los também é ouvir José Mário Branco. Ainda que não o saibamos ou não o reconheçamos.

 

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fico chateado cmg próprio de não ter conhecido o trabalho dele e de ter levado a morte de uma pessoa assim de forma tão banal

Editado por Plagio o Original
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Citação de IlidioMA, há 1 hora:

O FMI é uma a mais brilhante obra de arte da cultura portuguesa da segunda metade do Século XX. E aí incluo, literatura, música, pintura, artes plásticas, tudo. Nada foi tão importante na cultura portuguesa como o FMI. Um rasgo de génio só ao alcance dos imortais. José Mário Branco não morreu hoje. José Mário Branco nunca vai morrer.

Estará sempre muito mais vivo que morto.

Editado por Mayday

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Citação de Sandes., há 5 horas:

Tenho vergonha de dizer que não conhecia o trabalho do José Mário branco. Estou a conhecer agora, por estes motivos infelizes, e eu próprio fico mesmo triste por termos perdido este artista. Descanse em paz

x2

Ouvi o "FMI" que o Descartes postou, e que coisa incrível.

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E mesmo que não ouvíssemos as canções do José Mário Branco propriamente dito, ouvimo-la na inspiração que deixou a todos os artistas que têm trilhado o caminho da música portuguesa no séc xxi, desde aquela malta da flor caveira, incluindo o b fachada que para mim é o maior dos 00s até agora, até à trupe atual da cuca monga, maternidade e cafetra. Todos foram inspirados por ele.

A vida assim valeu a pena. Um dos nossos grandes. Que descanse em paz.

Editado por Syn

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Citação de Catota, há 2 horas:

 

É com cada pérola. 

 

Não retiro qualquer mérito a todo o seu percurso, mas é mais um daqueles que só é lembrado depois de morto, quem é que na última semana, mês ou ano, ouviu José Mário Branco? Contam-se pelos dedos das mãos. Acho descabido, what aboutism much.

Ainda no outro dia estive a ouvir o FMI com pessoal mais velho da minha República, pessoal que passou o Luto Académico em Coimbra

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Já te responderam, catota. Guarda a tua ignorância para ti mesmo e não estragues um tópico que se quer de homenagem a um dos grandes vultos da sociedade portuguesa, que somos todos nós. 

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Citação de Plagio o Original, há 2 horas:

fico chateado cmg próprio de não ter conhecido o trabalho dele e de ter levado a morte de uma pessoa assim de forma tão banal

Citação de Pablo Honey, há 2 horas:

x2

Ouvi o "FMI" que o Descartes postou, e que coisa incrível.

é disto que falo, estão a falar de alguém que muita boa gente não conhece, e é UM FACTO, e custa porque é alguém com um carisma e visão distintos. E ignorantes são as vossas interpretações do que posto aqui.  É tudo com pedras na mão. Mas no fundo tenho razão, tirando o Descartes (1)  Sas (2) e o El Colosso (3) poucos terão ouvido ou sequer conhecido as obras, ou desconheciam quem inspirou e ao que deu ao mundo da música e da cultura portuguesa. Mas sou eu, estragar homenagens.

 

Citação de El Colosso, há 59 minutos:

Ainda no outro dia estive a ouvir o FMI com pessoal mais velho da minha República, pessoal que passou o Luto Académico em Coimbra

fazes parte dos 3, para encher uma mão ainda faltam 2, que acredito que apareçam, o Peplin, ou o Diogo por exemplo.

Mas não deixa de ser verdade o que disse e isso não mancha em nada a imagem do senhor que foi, é e sempre será, vós é que sois umas virgens ofendidas, que nem sabem com o que se estão a ofender.

 

Citação de Thor Odinsson, há 59 minutos:

Já te responderam, catota. Guarda a tua ignorância para ti mesmo e não estragues um tópico que se quer de homenagem a um dos grandes vultos da sociedade portuguesa, que somos todos nós. 

és o 4? as minhas condolências.

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