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Viagens (Actualizado a 02/09/2021)

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Um sítio barato fora de Portugal, com praia, para ir em Junho? Estive a pensar nas Ilhas Cíes...

Editado por Keyser

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Pessoal em Fevereiro vou tirar férias de dia 7 a 13 e estava a pensar ir a Praga. Alguém que la tenha estado tem recomendações? Vou com outro amigo e estávamos a pensar ficar 3 dias em praga e nos outros 2 dias ir a Viena ou visitar outras cidades na Republica Checa.

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Um sítio barato fora de Portugal, com praia, para ir em Junho? Estive a pensar nas Ilhas Cíes...

 

Tenho uma amiga que foi no ano passado e adorou

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Pessoal em Fevereiro vou tirar férias de dia 7 a 13 e estava a pensar ir a Praga. Alguém que la tenha estado tem recomendações? Vou com outro amigo e estávamos a pensar ficar 3 dias em praga e nos outros 2 dias ir a Viena ou visitar outras cidades na Republica Checa.

Sobre Praga e Viena tens informação no 1º post.

Parece-me bom plano.

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Sobre Praga e Viena tens informação no 1º post.

Parece-me bom plano.

 

Obrigada. Já dei uma vista de olhos e devo mesmo fazer a ida a Viena. Alguém que tenha ido à Republica Checa recomenda assim outras cidades sem ser Praga que possam ser vistas num dia?

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Eu fiz um post há uns meses que está no 1º post. Tira um final de manhã e tarde e vai a Kutna Hora. É perto de Praga e tem coisas interessantes para passar um dia agradável.

 

Também tens Cesky Krumlov. Não fui, mas já ouvi falar bem.

Editado por Koper

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Eu fiz um post há uns meses que está no 1º post. Tira um final de manhã e tarde e vai a Kutna Hora. É perto de Praga e tem coisas interessantes para passar um dia agradável.

 

Também tens Cesky Krumlov. Não fui, mas já ouvi falar bem.

 

Eu tinha lido o teu post mas escapou-me a referência a Kutna Hora. Obrigada pela ajuda

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Depois exploro melhor isto, mas já cá estou há 10 dias (e vou ficar eternamente ao que parece... :lol: enfim) e as concepções são as seguintes:

 

Auckland não é bonito. É uma cidade nova, muito industrial e comercial. O meu hotel está no centro da cidade e o próprio centro da cidade é feio. O Verão deles é terrível, as temperaturas não passam dos 23 graus. A comida é diversificada, mas de típico há zero. Muitas coisas asiáticas e restaurantes para todos os gostos e feitios. Como bom pobre que sou e como ainda não recebi o primeiro ordenado na empresa, tenho feito algumas refeições no quarto. A Nova Zelândia não é um país caro para se estar, tendo em conta o nível de vida deles, tendo em conta o nosso, é mais ou menos puxadito.

 

O que vale efectivamente a pena são as ilhas em redor. E todo o resto da Nova Zelândia. Já fui a Devonport e fiquei apaixonado. Uma vila que parou no tempo e que me faz querer parar o tempo. Planeio ir a Waheke amanhã e a Rotorua em breve. O resto, deixarei a carteira decidir, sendo que Queenstown e mais um ou outro destino serão humanamente impossíveis, visto andar de rastos e financeiramente ser impensável. É pena, honestamente. Quanto ao Hobbiton, também devo ir lá, mas mais para o fim do mês.

 

Perth, na Austrália, é muito mais engraçado que Auckland. A cidade em si não tem grande coisa para ver, mas é muito árida e solarenga, além de ter uma costa enorme, tal e qual Auckland. As praias são incríveis, mas não é o que se espera das praias australianas. As praias às quais fui fazem-me lembrar muito Portugal. Muito mesmo. O hotel onde estou é a melhor coisa que já vi na vida :lol: . Eu é que odeio fazer vida de hotel, fico logo com comichões. Tem piscina, restauração (subway, mac e mais uns 10 restaurantes dentro do hotel), casino e um pequeno-almoço com sushi, chamapanhe, beef, arroz de coco e mais umas mil m*rda das quais não me lembro. Como curiosidade, o voo de Auckland para Perth é de 7h30 e Perth é a cidade com mais de um milhão de habitantes mais isolada do mundo (a que está mais próxima de Perth e com um milhão ou mais é Melbourne, a mais de 2000 km).

 

Depois vou contando mais coisas e postando fotos.

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Ora bem, contando um pouco da minha experiência dos passados meses de novembro e dezembro, quando viajei pela China, Macau e Hong Kong, deixo aqui algum feedback e fotos em spoiler, uma vez que quando procurei aqui ninguém conseguiu ajudar. Qualquer dúvida, disponham :)

 

A volta à China em 38 dias.

 

Viajar pela China é uma aventura que tem tanto de interessante e desafiante como de loucura. Uma semana após o meu exame final de curso, parti com 2 amigos rumo a Shanghai. Esperavam-nos 38 dias de viagem, com passagens por Macau e Hong Kong.

 

A escolha da China para uma viagem de final de curso torna-se simples de explicar: 1. O custo das viagens (400€ ida e volta via Londres); 2. O custo de vida na China, que é em tudo menor ou no máximo semelhante ao de Lisboa; 3. O interesse cultural duma região ainda pouco mas cada vez mais a começar a ser explorada por turistas ocidentais; 4. A falta de necessidade dumas férias relaxantes num resort de luxo, no qual pagaria por 1 semana o custo de vida que tive em 5 na China; 5. O facto de já ter explorado relativamente bem o sudeste asiático e me ter apaixonado pela cultura oriental.

 

 

O percurso:

Dias 1-4 Shanghai: como referi, o nosso percurso começa e termina em Shanghai, a cidade mais populosa da Mainland China, com 23 milhões de habitantes. Rapidamente me apercebo da (falta de) qualidade do ar, do smog que invade as paisagens de Shanghai, do urbanismo e da confusão rodoviária comum no Oriente. Shanghai é provavelmente a cidade mais cosmopolita que visitei na minha vida. 3 dias chegam para visitar os highlights da cidade, provar e vivenciar a famosa street food. Como tudo é estranho na China, comecei a viagem numa loja de telemóveis a assinar 2 contratos integralmente em chinês para comprar um cartão de dados 4g, com direito a escolta policial e foto (10gb de dados custam cerca de 200yuans ~ 25€). Os must see e must do de Shanghai são o Bund, a paisagem mais icónica da cidade, subir à 2ª maior torre do mundo (mas a mais alta que é acessível a visita), uma cooking class de comida chinesa e passear pelos parques da cidade. Rapidamente se apercebem que os chineses percebem muito pouco de inglês e o Google bloqueado não ajuda a uma tradução eficaz.

 

Dia 4 Suzhou: Saímos de manhã cedo de Shanghai em direção a Suzhou, a "Veneza" do oriente, que em nada desilude na sua descrição. A viagem dura cerca de 30-60 minutos, dependendo do tipo de comboio utilizado. A cidade é rodeada de canais, com diversas gôndolas de turismo. Tem um aspecto medieval Obidos-like, com imenso comércio local de qualidade e jardins de bonsais que são património da unesco e pagodas que fazem merecer uma paragem.

 

Shanghai e Suzhou

 

Dias 4-9 Pequim: Fizemos a viagem num night Train para Pequim, com a agravante de já não haverem lugares deitados nos hard sleepers. Ou seja, para além de passarmos 11h num comboio, fomos as 11h sentados e com as luzes ligadas (not so much for a night Train now...). Pequim, ao contrário do que achei para Shanghai, é totalmente paragem obrigatória. É a capital da China e tem 21 milhões de habitantes = confusão everywhere. As ruas de Pequim são por vezes interrompidas por controlos policiais, ao verdadeiro estilo dos nossos aeroportos, onde temos que passar as mochilas no tapete rolante e somos altamente revistados. De loucos. Must see e must do de Pequim: Praça de Tian'nanmen, Cidade Proibida, Maosuleo do Mao, o Museu Nacional da China (totalmente gratuito e clamam ser o maior do mundo em área total), o Art District (o nosso Lx factory em tamanho significativamente maior) e, é claro, a Muralha. Tivemos a felicidade de ir em low season à China, mas não quero imaginar como é no verão... As temperaturas em Pequim rondavam os 0ºC, mas o sol e o céu limpo foram nossos aliados.

 

 

Dia 9-10 Xi'An: Night Train para Xi'An (desta vez em caminhas super confortáveis, not) e passagem do dia nos Terracota Warriors em Xi'An. É uma paragem simpática e quase obrigatória para os entusiastas de história e de arqueologia. Os autocarros saem directamente da estação de comboios para os Soldados, numa viagem de 1h que custa cerca de 1€. Depois das 11h anteriores, tínhamos a esperança de apanhar uma casa de banho completa e limpa para nos trocarmos, mas Xi'An parece uma cidade bastante mais rural que as anteriores, pelo que o máximo que conseguimos foi lavar os dentes e urinar para um buraquinho no chão.

 

Pequim e Xi'An

 

Dia 10-11: Night Train para Chengdu. Tremendo erro fazer dois night trains seguidos. Xi'An - Chengdu durou 16h, no nosso budget travel plan. Com as roupas e o cheiro ainda entranhado do night Train anterior, uma vez que a casa de banho de Xian entra para o top 3 de piores onde já estive na vida, chegamos a Chengdu ao final da manhã, com tempo para um banho reparador, almoço local e passeio pelas praças iconicas da cidade.

 

Dias 11-13 Chengdu: Ao contrário do que achava, Chengdu é uma cidade bastante desenvolvida. Basta dizer que tem 14.5 milhões de habitantes. A comida típica da região de Sichuan é do melhor que provei na China, embora tivesse evitado opções mais esotéricas, como a famosa cabeça de coelho. Durante 3 dias visitamos os principais pontos da cidade, as ruelas de Jin Li com comércio e alimentação local e a zona nocturna de Too Kai Pi. No segundo dia apanhamos um comboio de 1h até Leshan, onde o prato da casa é o grande Buddha, construído na confluência de 3 rios e com 72m de altura, mas o que nos impressionou mais foram as cavernas não acessíveis pelo bilhete tradicional (isto é uma constante na China - querem entrar? São X. Querem passar para aquela parte? Isso são mais X...), mas que valem totalmente a pena. São mais uma série de buddhas esculpidos, enormes, e um vale bem cuidado e bonito. No último dia visitamos o Giant Panda Breeding centre, uma espécie de zoo onde a grande atração são os pandas que são lá criados em cativeiro e depois libertados no habitat natural, nas montanhas de Sichuan. Os pandas são das criaturas mais adoráveis do planeta e vir a Chengdu e não visitar os pandas é como ir a Roma e não ver o Papa. Infelizmente não estavam acessíveis as maternidades e as incubadoras por razões de segurança, mas conheço quem as tenha visitado noutra altura do ano. Para além destes planos, a região de Sichuan é muito conhecida pelos parques naturais que infelizmente não visitamos, por terem sido destruídos por um tufão recentemente.

 

Chengdu

 

À noite apanhamos mais um loooongo night train rumo a Zhangjiajie, com escala em Huaihua. Esperavam-nos as montanhas de Pandora.

 

Dias 14-17 Zhangjiajie: A experiência de visitar Zhangjiajie devia passar pela Bucket list de toda a gente. Se imaginarem as montanhas do Avatar bem à frente dos vossos olhos, como se de uma real Pandora se tratasse, percebem o fascínio deste espaço, que é místico. Ficamos num dos poucos hostels que se encontram dentro do parque. Mais uma vez, motivados pela low season, fintamos filas e confusões e conseguimos tirar fotos, meditar, ouvir a natureza e respirar o ar puro ao nível das nuvens sem uma centena de chineses à volta a acotovelarem-se. Se voltasse atrás, sugeria ficar 3 noites no parque e 1 na cidade de Zhangjiajie, que fica a 1h30 de distância. Isto porque há 3 montanhas principais: a de Yiangjiajie, onde ficamos e onde se visitam as floating mountains, embora isso seja apenas a ponta de um iceberg de vistas fantásticas que podem ter e onde se vão certamente perder; a Tianmen Mountain, que visitamos no último dia e onde o grande cartão de visita são os 999 degraus que compõem a "Stairway to Heaven" e onde encontram no topo a Mountain Gate - aqui, pela primeira vez, a low season pregou-nos uma rasteira e tanto os degraus como a vista da mountain Gate estavam encerradas para remodelação, mas tal como em Yiangjiajie, a Gate é só a ponta do iceberg do que podem encontrar: primeiro fazem o teleférico mais longo e mais alto do mundo até ao topo de montanhas de mais de 1500m de altura, atravessam clifs com pontes suspensas e pontes de vidro que desafiam qualquer vertigem e por fim, caso o tempo o permita, têm a melhor vista para as maravilhas da natureza que compõem este cenário, capazes de surpreender até aqueles que não gostam de geologia; a terceira montanha, que passamos à frente, é composta pela famosa ponte de vidro, que consideramos ser para turista comer e partilhar nas redes sociais. No último dia, também pelo privilégio de estarmos hospedados dentro do parque, acordamos às 3:30 da manhã e fomos ver o nascer do sol sobre os picos da montanha, uma experiência para sempre recordar, na companhia de pouco mais de 5 outros turistas. Dizer que Zhangjiajie foi o sítio mais bonito por onde passei nestes 38 dias não é exagero. Voltava, e voltava hoje mesmo.

 

Zhangjiajie

 

Passamos a noite 17 num night Train (o último!!!) para Guillin, com uma escala a meio de 2h em Guigang.

Dias 18-23 Guilin: Guilin foi a primeira cidade onde apanhamos os primeiros aguaceiros do inverno chinês. A cidade é bastante pequena, com um parque muito bonito no meio, com 4 Lagos e duas pagodas gémeas, o Sol e a Lua, que se iluminam no lago à noite, recreando um cenário muito bonito. Existe uma pequena rua com todo o tipo de comércio e comida, tendo sido a nossa estreia em alimentação um tanto ou quanto esotérica. No segundo dia o plano passou por ver os Long Ji rice terraces, que são plantações de arroz que por altura do verão têm o seu esplendor de beleza e no outono um marco de magia, com a passagem para a cor amarela. Em dezembro estão lamacentos e praticamente invisíveis à vista, graças ao nevoeiro constante que se faz sentir. Portanto, toda a viagem de carro (3h para cada lado) só não foi totalmente inútil porque provei o melhor arroz que comi na vida, que é cozinhado em cana de bambu. De resto, foi tudo para esquecer.

 

No terceiro dia seguimos para a ainda mais modesta cidade de Yangshuo, que se situa a meros 30 minutos de comboio de Guilin. Modesta é um mau adjectivo, uma vez que a vida de Yangshuo se faz pelos turistas backpackers e a West Road em tudo se assemelha às movimentadas ruas noturnas de Bangkok ou à rua da Oura em pleno verão algarvio. Ainda para mais, Yangshuo tem um custo de vida que é inferior a metade da China, pelo que somando ao facto de ter celebrado os meus anos por esta altura, ficamos em Yangshuo 3 noites, ao invés da 1 planeada. Pagamos 3€ por alojamento e pequeno almoço e ainda me embebedaram de borla no meu jantar de aniversário. Apesar de ser low season e de estar frio, havia muitos turistas que enchiam a tal West Road à noite, em bares e rooftops com vista para as montanhas. Em termos de atividades aconselho uma visita às cavernas, onde poderão aproveitar um banho de lama e umas hot springs - na teoria são as únicas na China, apesar de grande parte dos comentários no trip advisor avisarem que isto é um scam. No segundo dia fomos fazer um "cruzeiro" numa canoa feita com canas de bambu pelo rio Li, onde o cenário é magnífico, comparável a Halong Bay, e onde encontram a paisagem da nota de 20¥.

 

Dias 23-25: Partimos de Yangshuo rejuvenescidos e prontos para a última parte da viagem. Seguiu-se uma noite de escala em Nanning, com o objectivo de visitar as cascatas de Detian, que são as quartas maiores cascatas a nível mundial numa fronteira entre dois países e as maiores da Ásia. As Detian ficam totalmente fora do caminho, pelo que poucos turistas as visitam. Separam a China do Vietnam e não são nada comparadas às três que as antecedem em ordem de grandeza. Apesar do caudal ser mais forte de abril a novembro notamos uma corrente forte que proibia os turistas de nadarem. Apanhamos o sunset sobre as cascatas e tiramos umas fotos dignas de partilha nas páginas de fotografias bonitas do instagram.

 

Guilin, Yangshuo e Detian

 

Não vimos ocidentais em 3 dias, entramos em autocarros com as esperanças depositadas no Google tradutor, fomos em mini vans rumo às cascatas, ficamos a dormir num hotel na aldeia local (ming shi) que afinal era um restaurante e não tinha mais hóspedes. Apanhamos o único autocarro de volta às 7 da manhã e rumamos a Nanning para apanhar comboio para o nosso último destino na China: Guangzhou.

 

 

Dias 25-29 Guangzhou: A viagem entre Nanning e Guangzhou dura umas 4h num comboio de alta velocidade, pelo que foi possível chegar a Guangzhou antes de anoitecer.

 

De volta à civilização, Guangzhou é a terceira maior cidade da China, com uma população estimada de 14,5 Milhoes de pessoas. É a verdadeira "made in China", pelo que o comércio é a grande atração turística da região. Para além disso, a Canton Tower, que é o quarto edifício mais alto do mundo e a torre de tv mais alta do mundo também é um grande marco da cidade, mas como já tínhamos subido ao segundo mais alto em Shanghai, decidimos poupar uns yuans. Uma outra característica da região é a gastronomia, que a par de Sichuan é considerada das melhores da China. O prato característico é o ChengFan. Também pela altura do ano (aproximava-se o Natal) apanhamos vários mercados de rua com muito movimento, na região da Beijing Road. Recomendo ainda a visita à ilha/bairro de Shamian, uma zona com arquitetura mais ocidental, onde ficavam alguns consulados e onde se davam trocas comerciais com franceses e ingleses. Outros pagodes (um bocadinho mais do mesmo) e os famosos malls enriqueceram (ou empobreceram) a nossa viagem, mas o ponto mais alto foi mesmo fazer um cruzeiro à noite durante uma hora pelo rio e apreciar as luzes e leds da cidade. Recomendo 2 dias para quem queira aproveitar para regatear novas tecnologias e roupas. A cerca de 1h de distância fica Shenzen, que é o apogeu da indústria. Nós não visitamos, mas conhecemos pessoas que lá vivem e dizem que os preços são ainda mais competitivos que em Guangzhou.

 

Guangzhou

 

O dia 29 da viagem marca o nosso primeiro "Até já" à China. Seguimos para sul, para Zhuhai, que fica a 1h de Guangzhou e a 10 minutos a pé da fronteira com Macau.

 

Dias 29-31 Macau: Macau tem três faces: a primeira encontramos nós à chegada, mas só quem entra em Macau pela China é que se apercebe realmente dela - a parte pobre, suja e amontoada da cidade, onde ficam as habitações. Foi realmente assustador e inesperado chegar à pérola da rota dos descobrimentos portugueses e deparar-me com tal cenário. A segunda face é a parte histórica da cidade, constituída pela Praça do Senado, Ruínas de S.Paulo, múltiplas igrejas católicas, a fortaleza e o farol da Guia que, envoltos pela calçada portuguesa, pelos inúmeros letreiros escritos em português e pelas construções de tipo barroco e ocidental, dão o carisma que esperava à nossa antiga colónia. Não deixo de ficar desiludido por menos de 10% das pessoas falarem ou entenderem português. A nossa população, que outrora ultrapassava os 10.000 habitantes, encontra-se reduzida a menos de 5000 e é minha opinião que daqui a cerca de 20 anos o português não passe de uma mera figura histórica da região, apesar de ainda ser uma das línguas-maternas. Por fim a terceira face encontrei-a quando se atravessa a ponte para a vila de Taipa. São os casinos, os hotéis extravagantes e os centros comerciais de luxo, que fazem de Macau a Las Vegas do oriente. Em 100metros viajamos entre Paris (existe uma réplica da torre Eiffel em frente ao hotel Parisien) e Veneza (réplicas de gôndolas em frente ao hotel Venetian). Passamos em frente às mais utópicas construções e entramos nas maiores e mais rentáveis salas de casino do mundo, onde chineses berram nas mesas enquanto apostam aos 200, 500, 1000€ de cada vez.

 

Para nós que visitamos Macau após 30 dias na China, foi uma lufada de ar fresco pelo menos alguém perceber inglês, quanto mais vermos a nossa língua materna escarrapachada em tudo o que é avenida e edifício da cidade, mas percebo quem venha de propósito ou numa day trip de Hong Kong e se desiluda. A cidade vê-se bem toda a pé e num dia inteiro. Ainda há, para além de Taipa, uma zona balnear que não visitamos porque não era altura de verão, apesar do clima ameno dos 23ºC. Acabamos por jantar na consoada num restaurante tipicamente português, um belo dum bacalhau à Lagareiro, tendo sido convidados no final pelo dono a apreciar um Porto, um whisky japonês e umas rabanadas e uns sonhos de natal. Foi sem dúvida um natal diferente e Macau chegou na altura certa da nossa viagem. De lá seguimos para Hong Kong de ferry, numa viagem de 1h que ronda os 20€.

 

Macau

Dias 31-35 Hong Kong: Hong Kong entra facilmente para um top 3 de sítios mais incríveis/fascinantes que já visitei. A confusão das ruas, a mistura do estilo ocidental e chinês, o desenvolvimento tecnológico e as paisagens são um excelente cartão de visita. Para começar, a viagem até ao topo e a vista de Victoria Peak são formidáveis, os parques incutidos no meio da cidade, tanto o Victoria Park como o Hong Kong Park, são obrigatórios, as regiões de Kowloon (acesso via metro ou balsa) e Aberdeen e Stanley (acesso via metro ou autocarro) são lindas e diferentes do centro urbano, a zona das habitações sociais têm tanto de formidável como de intrigante, e a vida noturna na zona de Soho é praticamente ocidental. São todas paragens obrigatórias. Aproveitamos uma quarta feira à noite (o dia semanal do evento) para visitar as corridas de cavalos, que é em tudo igual ao que imaginam dos filmes: chineses loucos a vibrarem com enormes jornais nas mãos, apostas irreais e uma emoção contagiante. Foi o primeiro sítio em 35 dias que vimos tantos ocidentais como asiáticos. A festa continua depois na discoteca do estádio. A entrada é simbólica (1€) e podem fazer apostas a partir de 2€ em todos os tipos de combinações de resultados. Visitamos também o comércio de rua, tanto no centro como em Kowloon, onde encontram todo o tipo de bugigangas electrónicas que imaginam. O custo de vida é bastante superior ao da China e relativamente superior ao de Portugal. Bilhetes de metro começam nos 0,50€ e podem chegar aos 2€, mas cobrem a zona toda.

 

É tudo enorme, vertical, à escala sobre-humana, mas incrível. Saímos com a alma preenchida para os últimos três dias, onde voamos para Shanghai para passar o ano e voltar para Portugal. Hong Kong fica, a par de Pequim e Zhangjiajie, como os grandes highlights da viagem.

 

Hong Kong

 

Dias 36-38: Shanghai. Foi altura de revisitar alguns dos sítios por onde tínhamos passado, o Bund, as zonas comerciais para souvenirs e os Yu Gardens.

 

Os chineses não festejam o Natal e o ano novo é cerca de um mês depois do nosso. Acabamos a viagem com mais um flop, que é o facto de não ser permitido fogo de artifício em Shanghai pela poluição. Mal houve uma contagem decrescente para 2018, pelo que planos para viajar para cá nesta altura, sugiro que os transfiram para Hong Kong, por exemplo, onde estavam a ser preparados festejos épicos.

 

 

 

Dicas:

 

1- Marcar atempadamente os comboios, com cerca de 4-5 dias de antecedência para evitar ficar sem camas. Os hard sleepers compensam no preço. A aplicação ctrip é confiável e usei-a para marcar tudo durante a viagem.

 

2- Desenganem-se! Os chineses NÃO sabem falar inglês, à excepção dos hostels. Os táxis evitam-vos porque não sabem falar inglês. As ATM são uma fugaz e preciosa aparição, uma vez que os chineses pagam tudo pelo tlm, mas sem uma conta bancária chinesa não podem fazer o mesmo.

 

3- Informem-se e instalem uma VPN atempadamente. Nós usamos a da ULisboa nos tlm e tablets e curiosamente foi funcionando. Viver na China sem Google tradutor ou maps é impossível. Instalem o wechat, que é o Whatsapp deles, igual em design e funcionalidades. Funciona sem vpn. Outras aplicações que fomos usando e testando em android: Turbo VPN

 

4- Viajar para Macau e Hong Kong é caríssimo (mais Macau que Hong Kong) e isso arruinou por completo o nosso orçamento final, ainda para mais porque tínhamos uma pessoa que nos ia receber na consoada e se cortou no final. Tudo estava a mais de 100€/noite e esgotado. Acabamos por ficar numa Guesthouse, a mais antiga de Macau - SanVa Hotel, em que tudo é marcado pelo site, sem intermédio de bookings, agodas, trivagos, etc. Pagamos cerca de 20€/noite num quarto triplo, o pior onde já estive em toda a minha vida.

 

5- Para quem não tem 5 semanas para desperdiçar eu sugiro o seguinte itinerário: Pequim (4 dias) - Chengdu (2-3 dias) - Zhangjiajie (3 dias) - Macau (day trip de Hong Kong ou 2 dias) - Hong Kong (3-4 dias) - Shanghai (2-3 dias). Se arranjarem G trains (os tais que andam a 300km/h) ou aviões baratos conseguem poupar muito tempo!

 

 

Gastos totais:

400€ viagem de ida e volta Lisboa-Shanghai, pela British Airways, com escala em Londres

1500€ - hotéis, comboios, comida e tours.

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de facto, 2000€ não é muito mas o mais complicado é mesmo os dias, não é fácil ter tantos dias disponiveis para mim.

 

queria tentar arriscar para fazer uma reserva 'last minute' no carvanal (10 a 13). Acham que vale a pena ?

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Help please:

 

Estou a preencher o ESTA e estou bloqueado nesta parte:

e8y07iF.png

 

O meu passaporte foi recentemente renovado na Polonia e no ponto 10 até diz:

Autoridade:

VARSÓVIA (Polonia)

 

O que devo meter ai?

Portugal ou Polonia

 

Quando passo o rato sobre o ? aparece isto:

n2oiRO5.png

 

Mas continuo confuso, porque Issuing country creio que tenha sido a Polonia, mas "country of citizenship" é Portugal

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Help please:

 

Estou a preencher o ESTA e estou bloqueado nesta parte:

https://i.imgur.com/e8y07iF.png[/img

 

O meu passaporte foi recentemente renovado na Polonia e no ponto 10 até diz:

Autoridade:

VARSÓVIA (Polonia)

 

O que devo meter ai?

Portugal ou Polonia

 

Quando passo o rato sobre o ? aparece isto:

https://i.imgur.com/n2oiRO5.png[/img

 

Mas continuo confuso, porque Issuing country creio que tenha sido a Polonia, mas "country of citizenship" é Portugal

 

Fizeste-o na Polónia, mas quem emitiu foi a Embaixada Portuguesa, logo, Portugal.

 

Grande viagem lucho

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Fizeste-o na Polónia, mas quem emitiu foi a Embaixada Portuguesa, logo, Portugal.

também acho que é Portugal

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qual é a maneira mais fácil de fazer um passaporte em lisboa?

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Estive a ver agora e é financeiramente viável ir a Queenstown! E quiçá às Fiji! Vou usar as escassas folgas para isto. :heart:

 

Waheke é absolutamente espetacular, vale todos os 30km que andei lá por trilhos desconhecidos (caguei na rota das praias e fiz uma rota alternativa incrível!). Quando tiver tempo (ando a voar quase todos os dias :lol: ) mando pics!

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Pessoal, alguém já foi a Sevila partindo no Algarve? Se sim, podem dizer como foi e dar algumas dicas :compinchas:

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Fui uma vez quando era puto com os meus pais. Saímos de Monte Gordo, portanto foi relativamente rápido. Acho que não chegou a 2h de carro.

Quanto a sítios a visitar não posso ajudar porque só fomos à Isla Mágica :mrgreen:

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Da fronteira até lá é 1h30, faz-se bem.

Visitar Plaza de España, Catedral e Alcazar é um clássico. E comer bem.

 

Mas a viagem de carro pela Andaluzia pede visita às outras cidades, na 1ª página tens experiências de pessoal que também fez essa volta.

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Em São Miguel o que é melhor para dar a volta há ilha? Ter carro e acomodação fixa ou carro e ir mudando acomodação?

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Em São Miguel o que é melhor para dar a volta há ilha? Ter carro e acomodação fixa ou carro e ir mudando acomodação?

Eu aconselhava-te a teres carro e acomodação fixa. Há muita coisa aqui para ver e não justifica tares a mudar de sítio.

 

Estás a pensar vir cá quando?

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Eu aconselhava-te a teres carro e acomodação fixa. Há muita coisa aqui para ver e não justifica tares a mudar de sítio.

 

Estás a pensar vir cá quando?

 

Era mais uma questão de tempo porque não sei se será fácil ficar em Ponta Delgada e dar a volta completa há ilha. Em Julho pareceu-me a melhor altura.

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