antifa Publicado Setembro 24 Citação de Quan Chi, há 5 minutos: Viajante profissional, nadador, engenheiro agrónomo. Que homem. Ribeiro Telles das barracas 3 Compartilhar este post Link para o post
bug Publicado Setembro 24 Muito boa explicação do Antifa e excelente homenagem a José Saramago e ao Vaart. Compartilhar este post Link para o post
bmfpcdm Publicado Setembro 24 Citação de antifa, há 1 hora: Há vários motivos para o eucalipto contribuir para o perigo de incêndios. Primeiro e algo que devia servir de aviso a quem pretende ainda ao dia de hoje numa realidade de alterações climáticas continuar a usar a cultura do eucalipto massivamente como ferramenta económica: esta é uma árvore que literalmente evoluiu num ecossistema do qual o fogo faz parte. Na Austrália desde há milhões de anos que existem gigantescos incêndios florestais que fazem parte do ciclo natural de crescimento e regeneração da floresta e do solo, daí que as espécies de lá, os vários eucaliptos ou as acácias por exemplo, evoluíram para terem uma relação com o fogo, quer a serem altamente inflamáveis, quer a conseguirem regenerar praticamente da raiz e terem novos rebentos, quer ao fogo ser essencial para as sementes abrirem e germinarem etc. Ora o eucalipto em particular tem algumas destas características, cresce muito rapidamente e produz uma quantidade gigante de matéria orgânica todos os anos na forma das suas folhas, estas folhas caem quase na totalidade, para além disso tem uma casca que se vai soltando, desfazendo e caindo, no fim de um ciclo anual é uma quantidade gigantesca. Para além disso, o eucalipto arde muito facilmente e a altas temperaturas, estas folhas e casca que vai largando são um combustível extra e uma fonte muito rápida de ignição, mais, numa situação de incêndio são transportados pelo vento durante km. Depois há a questão da gestão florestal, o eucalipto é uma árvore que se for cortada por baixo, deixando um cepo/touça, consegue regenerar e desse cepo, em vez de algo parecido com o tronco original, vão surgir vários pequenos ramos e a árvore vai crescer a partir deles, isto multiplica o problema, deixas de ter uma árvore "produtiva" no sentido em que um tronco adulto poderia ser usado na industria, para teres 6 troncos de madeira sem interesse a crescer de forma desordenada e a produzir matéria orgânica inflamável, ora, isto é típico de se ver em Portugal a uma escala assustadora, a malta plantou eucaliptos num terreno que tinha para lá esquecido, aquilo produziu uma vez, o madeireiro foi lá cortar e comprou aquilo e ficaram os cepos que são difíceis e caros de arrancar, passado uns meses aquilo rebenta tudo e fica o cenário de uma mata abandonada sem interesse futuro onde passado um tempo é difícil entrar, isto como eu disse é aos milhares por aí e é, na minha opinião, impossível de resolver a menos que arda tudo. Mas aqui há outro problema porque mesmo depois de arder tudo o eucalipto e outras invasoras têm vantagens para serem as primeiras plantas a se estabelecerem, algumas aguentam o fogo e rebentam logo, outras aguentam o fogo e conseguem germinar, conseguem sobreviver num solo cheio de cinza e com poucos nutrientes, etc. Por isso é que passas por uma zona ardida e passado um ano ou assim já vez pequenas árvores por todo o lado a crescer de forma desordenada pronto a formar uma nova mata ainda mais desordenada e inflamável, isto se os proprietários ou alguma entidade não decidiu antes reflorestar... com eucalipto. Ou seja, basicamente são um perigo porque além de estabelecerem um ambiente propicio a ignições, também contribuem como talvez nenhuma outra planta para que um fogo atinja proporções grandes e altas temperaturas. Considerando que muita da floresta é eucalipto e pinheiro, espécies resinosas que também ardem muito, é uma receita para o desastre que se vê anualmente. E isto sem entrar em considerações de biodiversidade ou do mosaico da paisagem portuguesa que são outros quinhentos. "Como deveria eu trabalhar? para fixar as dunas, teria que plantar dois milhões de árvores verdes, sobretudo eucaliptos – sempre antes de dormir eu tivera o hábito de ler qualquer coisa e lera muito sobre as propriedades do eucalipto. (...) Bem, além de fixar as dunas com eucaliptos, eu tinha que não esquecer, se viesse a ser necessário, que o arroz prospera em solo salobre, cujo alto teor de sal ajuda a desbastar; disso eu também me lembrava das leituras de antes de dormir que eu, de propósito, procurava que fossem impessoais para me ajudarem a adormecer." "A paixão segundo G. H.", de Clarice Lispector 1 Compartilhar este post Link para o post
Descartes Publicado Setembro 25 Há mais de 24 horas que não se fala de incêndios. É o país que temos. Compartilhar este post Link para o post
Bashir Publicado Setembro 25 Citação de Descartes, há 1 hora: Há mais de 24 horas que não se fala de incêndios. É o país que temos. Estão todos ocupados. Com esta chuvinha é a altura ideal para deixar os pézinhos de eucalipto. Compartilhar este post Link para o post