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Dinheiro, investimentos e literacia financeira

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A partir do momento em que existe publicidade enganosa para vender o produto... Basta ver o caso do Número, está constantemente a anunciar os meses como sendo positivos, as odds não as encontras ao valor publicado em lado nenhum e no final acaba o mês com 1800 negativos. Até me espanta como ainda ninguém lhe pôs a mão.

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Citação de Koper, há 1 hora:

.

 

A primeira frase deu-me comichão, Jimpo. Além que vende banha de cobra aproveita-se da ingenuidade/falta de conhecimento/necessidade/vulnerabilidade de alguém, e isso é condenável. Nem sei como tem comparação.

Claro, mas por isso é que digo que ele "devia ir preso" ou seja, para mim, tem de sofrer consequências. Isso é ponto assente. 

O que não concordo é que quem foi anjinho e ingénuo não seja responsável dessa ingenuidade, isto se não estivermos a falar de pessoas incapacitadas/problemas mentais. 

 

Citação de Stromp, há 43 minutos:

Ok. Só que aqui a questão é que o público alvo dos vídeos do indivíduo são crianças de 10, 12, 15 anos.

Então e não há pais? Não há educação? 

Não é desculpa para tudo. 

Caraças, eu com 15 anos tinha dinheiro meu e só comprava um jogo para a PlayStation depois de pedir aos meus pais se podia. 

Mais uma vez, é falta de educação/aconselhamento dos pais e junto a isso a escola. Mas, o vendedor tem de ser julgado é claro 

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Estás com as perspectivas todas trocadas. A pessoa não faz nada de mal, acredita num produto que o vendem como x mas que afinal é y, e ela é culpada por acreditar? Tem de ser responsável pela ingenuidade em quê? Deve perder o dinheiro?

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Citação de Solero, há 1 hora:

Quando eu penso que não há defesa possível, tu consegues sempre surpreender. 

Comentário super produtivo. Mais destes é que são precisos para haver discussão sobre um assunto.

 

Citação de Alonso., há 2 horas:

Existe princípios legais a respeitar. O @Koperdeve saber melhor que eu mas tive uma cadeira de direito virada para o consumo e se não estou engano dizia que não se pode vender algo em que não cumpra os requisitos anteriormente descritos na venda e que apele a ingenuidade do consumidor

 

Citação de Tio Hans, há 1 hora:

Eu não sei que curso foi aquele, mas se quem o promoveu induziu as pessoas em erro, é óbvio que pode ter chatices.

Vamos dar um exemplo:

Eu chego aqui e digo que vou dar um curso sobre investimento em gado bovino na Etiópia (isto existe mesmo, não estou a brincar). Quem quiser pagar, paga, quem não quiser não paga.

Eu chego aqui e digo que vou dar um curso sobre investimento em gado bovino na Etiópia. Ao mesmo tempo, minto e digo que estou a ganhar rios de dinheiro com isso, posto fotos com um Ferrari e com um rolex no pulso, para convencer pessoas a pagar pelo curso. Aqui estou a aldrabar.

 

Citação de Solero, há 1 hora:

A questão aqui é o gajo ter uma carrada absurda de menores de idade que o seguem, sem a consciência necessária que nós adultos e com formação suficiente, temos para perceber os riscos e a legitimidade do que nos está a ser vendido. 

Não me parece minimamente correto vir com a lenga lenga do darwinismo das finanças pessoais. Para muita gente que está a passar por dificuldades, ver um gajo que mostra a ostentação em todos os vídeos que faz, dá lhe uma falsa credibilidade que leva miúdos a torrarem 400€ num pseudo curso com m*rda tiradas da wikipedia e sem qualquer prova de que os "especialistas" o são mesmo. É preciso expor e denunciar, não culpabilizar as vítimas. 

 

Estamos a falar de 2 coisas diferentes. Uma coisa é eu dizer que vou dar um curso, seja sobre que assunto for, seja que credibilidade eu tenha no assunto, se eu não mentir em nada, não vejo onde haja base legal para se fazer seja o que for. Acho tão escandaloso o facto de a astrologia ser tão aceite na sociedade e "vendida" quanto gajos a vender cursos sem perceberem nada do assunto.

Outra coisa é dizer "vou dar um curso sobre isto, podem ver que eu percebo muito do assunto porque fiz imenso dinheiro com isto", ou "que dou-vos um certificado do curso que é valorizado pelas empresas deste país" e não ser verdade. Aí já estás a mentir, estás a induzir em erro.

Se eu quiser dar um curso de guitarra e não souber tocar, mas as pessoas forem na mesma, estou a enganar quem? Só se disser que sei tocar. 

Por isso é que alguns cursos dão certificações reconhecidas e outros não. 

 

Eu não o estou a defender, é óbvio que ele se aproveita da ingenuidade e desconhecimento das pessoas sobre o assunto, mas se ele não mentir, continuo sem ver bases legais para fazer seja o que for. O que não falta é publicidade que se aproveita do desconhecimento do público. sobre certos assuntos. Mas há uma ténue linha entre isso e mentir.

 

Eu não sei o que é que ele fez, se calhar até mentiu, não vejo nada que esse gajo faça, estou apenas a separar as coisas.

 

 

Em relação ao facto de serem menores... acho que está a haver uma desresponsabilização dos pais brutal.

Editado por NIkeL

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Citação de duzktek, há 1 hora:

Vi isto agora e confesso que não vejo nada de errado no vídeo se de facto o que ele diz sobre os jogos é verdade. Falta talvez um disclaimer sobre o facto de serem investimentos com risco.

Sem usar preconceitos pré-existentes por ser quem é, juro que não vejo onde está o escândalo baseado neste vídeo.

 

Quanto ao público alvo serem menores, não vejo nada direcionado para menores. O facto de o público maioritário dele serem menores no conteúdo que ele faz no YouTube não significa que ele não possa ter produtos direcionados a outro tipo de público. Havia de ser giro se ele tivesse que se limitar a produtos para menores para o resto da vida.

Editado por NIkeL

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para quê andar à procura de stock quando este tópico virou uma mina de tesouros

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Citação de Rōnin, há 7 minutos:

para quê andar à procura de stock quando este tópico virou uma mina de tesouros

Conta.

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O gajo disse que o curso era o melhor do mercado, também. Coisa que de certeza não é. Tanto que passou de 400€ para grátis, lol.

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Citação de Jamarcus, há 1 hora:

O gajo disse que o curso era o melhor do mercado, também. Coisa que de certeza não é. Tanto que passou de 400€ para grátis, lol.

De que mercado? 😎

Mais uma vez, não sei quem é, nunca tinha ouvido falar e nem o estou a defender. 

Faz-me confusão é a "desresponsabilização" de quem investe assim o seu dinheiro. É que não estamos a falar de um gajo que trabalha para um banco sequer, estamos a falar de um youtuber pelo que percebi. 

Mesmo na minha gestora de conta eu não faço confiança, tanto que desde que comecei a pedir empréstimo para construção de casa já vou no 3º banco à procura de uma taxa melhor. 

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Citação de Jimpo, há 38 minutos:

De que mercado? 😎

Mais uma vez, não sei quem é, nunca tinha ouvido falar e nem o estou a defender. 

Faz-me confusão é a "desresponsabilização" de quem investe assim o seu dinheiro. É que não estamos a falar de um gajo que trabalha para um banco sequer, estamos a falar de um youtuber pelo que percebi. 

Mesmo na minha gestora de conta eu não faço confiança, tanto que desde que comecei a pedir empréstimo para construção de casa já vou no 3º banco à procura de uma taxa melhor. 

epa mas se forem a pensar assim os esquemas de piramide seriam permitidos, o que eles dizem é verdade. Pensa assim, não se ganha nada em legitimizar estas burlas da piç* dos faraos do crl mais velho e academias piramide.

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Citação de NIkeL, há 7 horas:

Vi isto agora e confesso que não vejo nada de errado no vídeo se de facto o que ele diz sobre os jogos é verdade. Falta talvez um disclaimer sobre o facto de serem investimentos com risco.

Sem usar preconceitos pré-existentes por ser quem é, juro que não vejo onde está o escândalo baseado neste vídeo.

 

Quanto ao público alvo serem menores, não vejo nada direcionado para menores. O facto de o público maioritário dele serem menores no conteúdo que ele faz no YouTube não significa que ele não possa ter produtos direcionados a outro tipo de público. Havia de ser giro se ele tivesse que se limitar a produtos para menores para o resto da vida.

O que me irrita aqui é que ele não mostra ter nenhum conhecimento do mercado. O exemplo dele é uma transação dum jogo. Depois faz uns movimentos de mãos para imitar a procura e a oferta e está encontrado o especialista. Eu não entendo como é que alguém pode vender cursos de mercados financeiros e dar 0 background do seu histórico. Acho que todos sabemos que ele não está a vender o curso mas sim a sua imagem associada ao curso. Não posso com estes gajos.

Acho que eles não têm noção de quanto conseguiriam ganhar se estivessem a trabalhar em mercados financeiros num banco. É que se são assim tão bons aposto que qualquer banco lhes paga um salário bem alto, o problema é que isto é tudo tanga. Irrita-me que ninguém faça nada. Irrita-me que não tenho visto nenhum canal / jornal de notícias a falar disto.

É uma chulice. Peço desculpa se o texto não está muito lógico mas estou no telemóvel.

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Citação de NIkeL, há 15 horas:

Conta.

Não há nada para contar. Não sei porque estás a perder tempo a defender uma burla. 

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Cryptom.com vai ser sponsor da Aston Martin na fórmula 1

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Citação de Pickle Rick, há 6 horas:

Alguém tem uma folha de excell onde faça o tracking das despesas e rendimentos dos mês ?

Utiliza o AndroMoney. É bem porreiro, já uso há dois anos, e deixa-te exportar para CSV se depois quiseres fazer reporting no PC 🙂

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Citação de Rōnin, há 2 horas:

Não há nada para contar. Não sei porque estás a perder tempo a defender uma burla. 

Não estou a defender coisa nenhuma, apenas ainda não vi nada neste tópico que mostrasse que aquilo é uma burla. Se há algum factor que eu desconheça e que de facto faça com que seja uma burla, estás às vontade para o apresentar.

O facto de não concordares, não gostares dele ou achares que ele não percebe o suficiente do assunto para vender um curso não faz com que seja uma burla.

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Citação de Pickle Rick, há 7 horas:

Alguém tem uma folha de excell onde faça o tracking das despesas e rendimentos dos mês ?

Eu uso uma APP chamada wallet  de uma empresa budgetbakers. Usei a versão free durante uns tempos e como achei que era exatamente aquilo que procurava, paguei a licença premium para sempre. Registo todas as despesas e rendimentos, podes meter pagamentos regulares para não teres que criar o movimento todos os meses, entre outras funcionalidades, além da parte analítica.

Deixa importar extratos de ficheiros dos bancos dá para conectar com os bancos para teres logo tudo registado,mas isso não fiz porque não confio suficientemente em nenhuma APP além da do banco.

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Citação de NIkeL, há 3 horas:

Eu uso uma APP chamada wallet  de uma empresa budgetbakers. Usei a versão free durante uns tempos e como achei que era exatamente aquilo que procurava, paguei a licença premium para sempre. Registo todas as despesas e rendimentos, podes meter pagamentos regulares para não teres que criar o movimento todos os meses, entre outras funcionalidades, além da parte analítica.

Deixa importar extratos de ficheiros dos bancos dá para conectar com os bancos para teres logo tudo registado,mas isso não fiz porque não confio suficientemente em nenhuma APP além da do banco.

É a mesma que uso, mas na versão free. 5 estrelas.

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Citação de Solero, Em 01/03/2021 at 13:01:

A questão aqui é o gajo ter uma carrada absurda de menores de idade que o seguem, sem a consciência necessária que nós adultos e com formação suficiente, temos para perceber os riscos e a legitimidade do que nos está a ser vendido. 

Não me parece minimamente correto vir com a lenga lenga do darwinismo das finanças pessoais. Para muita gente que está a passar por dificuldades, ver um gajo que mostra a ostentação em todos os vídeos que faz, dá lhe uma falsa credibilidade que leva miúdos a torrarem 400€ num pseudo curso com m*rda tiradas da wikipedia e sem qualquer prova de que os "especialistas" o são mesmo. É preciso expor e denunciar, não culpabilizar as vítimas. 

Concordo com isto a 100%. 

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Quanto aos casos do Windoh e demais personagens, o redlive anunciou que ia parar com os exposes e que se ia meter fora disto.

E pelos vistos o caso vai chegar à TV, segundo ele disse.

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Citação de Pickle Rick, Em 01/03/2021 at 14:04:

A partir do momento em que existe publicidade enganosa para vender o produto... Basta ver o caso do Número, está constantemente a anunciar os meses como sendo positivos, as odds não as encontras ao valor publicado em lado nenhum e no final acaba o mês com 1800 negativos. Até me espanta como ainda ninguém lhe pôs a mão.

Esse é outro.

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Afinal parece que o Redlive não parou e hoje está em grande. #CancelarNumeiro já é trend no Twitter, a live do Red já vai com 17k viewers, está a pôr-se uma noite engraçada. 

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Citação de Castor, há 7 minutos:

As aulas de criptomoedas de Windoh foram pirateadas e expostas. Hacker diz que são "burla", mas o youtuber nega

José Paiva Capucho, Manuel Pestana Machado
14-19 minutos

Tudo começa e acaba na internet. Nos últimos dias, um dos youtubers mais conhecidos de Portugal, Windoh, publicou um vídeo — entretanto apagado — para explicar “onde é que investe o seu dinheiro”. Diogo Figueiras (nome verdadeiro) “faz dinheiro sozinho desde os 12, 13 anos”, diz. Começou com videojogos como “Counter Strike”, passou para os vídeos de entretenimento e está atualmente dedicado aos mercados financeiros e das criptomoedas. Depois de ter estudado, como afirma, sobre estas áreas financeiras, decidiu partilhar o conhecimento com quem o segue e criar cursos sobre estes ativos, lançando mais uma área de negócio.

A empresa da qual Windoh é sócio, a “BlackNetwork”, foi criada há ano e meio. É lá que, de acordo com o youtuber, é possível ter acesso a “cursos e educação de forma fidedigna”. Existem dois: um sobre criptomoedas, “bastante completo e feito por especialistas, sendo o melhor curso do mercado”, alega, e um mini curso sobre stock market, que serve de entrada direta para quem quer perceber melhor o mundo das ações. Depois dos cursos, promete, é possível fazer investimentos sozinho e ter um acompanhamento técnico dentro da comunidade deste projeto. “O mercado da cripto está ao alcance de todos, qualquer um pode fazer dinheiro com isto”, garante Windoh.

Pouco tempo depois de publicar o vídeo, este seria apagado do canal de YouTube, logo após o hacker Redlive13 ter pirateado um dos cursos do youtuber para expor o que diz ser “o esquema de burla” de Windoh — hacker esse que também quer vender aulas online, mas de pirataria informática. Redlive13 entrou no site onde o curso estava a ser lecionado, acedeu aos dados de quem lá estava, incluindo à base de dados de 22 clientes e mostrou parte do que conseguiu obter num vídeo de YouTube.

O vídeo de Windoh pode ter sido apagado, mas a plataforma de tele-ensino de criptomoedas não o foi — e continua a disponibilizar vários cursos: uns grátis e outros produtos que custam entre 50 e 500 euros. Se se está a questionar porque é que o vídeo de Windoh desapareceu, a resposta está onde tudo começou — na internet, quer no Twitter quer no YouTube. E é publicada pelo próprio Redlive13, que não se identifica em nenhum vídeo e que terá sido o mesmo hacker que entrou em aulas de Zoom no ano passado, apurou o Observador.

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Depois disso, as suas redes sociais terão sido apagadas pelo próprio, afirmou na altura a Polícia Judiciária, mas, ao Observador, o hacker negou que isso tenha de facto acontecido: “Queria, em primeiro lugar, dizer que nunca cheguei a apagar as minhas redes sociais em 2020, só os posts referentes às aulas de Zoom. Deram-me acesso às aulas, não foi uma invasão”. Entretanto, parece estar de volta e tem outra mira: youtubers.

A explicação para o ataque informático foi exposta pelo hacker, num direto que fez no YouTube e onde decidiu revelar vários dados sobre os cursos de criptomoedas lecionados por Windoh. Segundo o pirata, o objetivo era mostrar como o youtuber estava a burlar quem ia aos seus cursos. Para isso, bastou entrar no site do Black Network como administrador. Ao Observador, Windoh contrapôs as alegações feitas por Redlive13, afirmando: “Criámos isso com seriedade”. E diz que apresentou uma queixa na Polícia Judiciária. Em causa estão os dados a que Redlive13 terá tido acesso de forma ilícita.

Na sequência destas alegações, Windoh foi criticado em várias redes sociais por cobrar 400 euros a quem queria aceder ao curso, valor que o YouTuber confirma. Segundo Redlive13, o conteúdo do curso, apesar de extenso, é “copypaste da Wikipedia”, diz o hacker num vídeo em que expõe parte da formação em criptomoedas. São capítulos com imagens e texto associados e mais vídeos explicativos, tal como garantia o Windoh no seu vídeo de apresentação. Além disso, também expôs os dados que obteve da plataforma de Windoh no canal que tem na plataforma Discord [uma plataforma online de áudio e vídeo que permite também partilhar ficheiros].

[O vídeo que Redlive13 publicou no qual alega que Windoh está a roubar os utilizadores]

 

O Observador tentou contactar Redlive13, que não quis revelar a sua identidade, para perceber o que o levou a, alegadamente, expor um dos YouTubers mais famosos do país — só no YouTube, Windoh conta com mais de 1,74 milhões de seguidores. A história começou quando a equipa de Diogo Figueiras o contactou, através de um amigo, para obter dados (morada, nomes, etc.) de um utilizador de Twitter que estaria a expor informações sobre o novo projeto de Windoh. “Queriam-me pagar para obter essa informação, ainda que não tenham ficado acordados os valores. Disse que não queria. Contactei o tal utilizador, que recebeu várias ameaças, para esclarecer. Decidi averiguar e acabei por aceder ao site”, conta.

Foi a partir daqui que Redlive13 entrou em ação para fazer aquilo que considera ser a sua justiça virtual. “Consegui perceber que o curso nem valia dez euros, qualquer miúdo do sexto ano consegue fazer aquilo. Dizem que vai mudar a vida, mas foi feito em 20 minutos. Windoh fala de especialistas, mas no fim não existe nenhum”, afirmou ao Observador. O youtuber nega as acusações: “É mentira”. “O curso foi criado com seriedade” por pessoas que “trabalham nisto há sete, oito anos”.

No site do projeto, não é revelado como é que o curso foi estruturado. Pode ler-se que foi feito por uma equipa “com vários anos de experiência na negociação de mercados de criptoativos e ações”, mas não especifica por quem. Ao Observador, Windoh confirmou que poucas pessoas decidiram frequentar um dos cursos — à volta de 22, sendo que 16 foram pagos e seis oferecidos.

Ruben Campos, estudante de 17 anos, decidiu fazer o curso de criptomoedas com a namorada, maior de idade, para ter um plano financeiro assim que acabasse os estudos. “Queremos uma fonte de rendimento, uma boa ajuda para comprar uma casa. Paguei 400 euros por MBWay”, conta. Feito o pagamento, o jovem teve acesso aos documentos (entretanto parcialmente divulgados pelo hacker) e a mais nove vídeos. Tentou ler, mas rapidamente entendeu que era demasiada informação acumulada para algo que, tal como afirmava Windoh, deveria ser muito mais imediato. “Foram 400 euros de que me arrependo imenso. Não tinha nada de relevante para a aprendizagem, estavam lá informações que se encontram na internet. Além disso, também percebi pouco dos vídeos. Fiquei com mais dúvidas”, confirma.

"Foram 400 euros de que me arrependo imenso. Não tinha nada de relevante para a aprendizagem, estavam lá informações que se encontram na internet. Além disso, também percebi pouco dos vídeos. Fiquei com mais dúvidas"

Ao Observador, Ruben Campos conta que não foram dadas quaisquer referências bibliográficas sobre o curso nem ficou a saber quem eram os especialistas anunciados. Optou por não entrar na comunidade — onde o pagamento rondava os 70 euros para ter acesso a aconselhamento técnico — por ser um preço demasiado elevado. Entretanto, e após os documentos terem sido expostos online por Redlive13, a conta de Instagram da “Blvck_Network” anunciou que iria proceder ao reembolso dos inscritos, algo que a equipa de Windoh também afirma. O estudante, contudo, não foi, para já, contactado.

Entretanto, Redlive13, que está desde os 12 anos no universo do hacking, agora mais recentemente virado para o serviço comunitário do que para proveito próprio, vai lançar também ele um curso — em princípio pago — onde terá video aulas, ebook e outras informações sobre a sua profissão. Este será feito de forma privada e à base de programação, explica o próprio.

Num dos diretos do Redlive13 o hacker, decidiu contactar alguns dos inscritos no curso para obter reações. Um deles, com 26 anos, achou estranho que o conteúdo fosse semelhante “ao de um Power Point”, mas, por estar à procura de uma estabilidade financeira, escolheu o curso como oportunidade para aprender, já que pouco conhecia sobre a área. No vídeo, explica que ficou “ligeiramente mais informado” do que estava antes, mas que “valeu a pena”. Ou seja, não parece estar tão arrependido como Ruben Campos. Mesmo assim, vai aceitar o reembolso de bom grado. Ao Observador, Windoh diz que as reações que teve não foram como as de Ruben Campos. “Esse individuo [o Ruben] disse isso da boca para fora num vídeo. Não pode ser levado como uma verdade. Não olhou para isto com olhos de ver”, continua.

De acordo com o youtuber, que afirma que vai publicar uma reação a todas as críticas que tem recebido, “a única crítica que podem fazer é que está tudo [do curso] na internet”. E adianta que o que deu foi “uma plataforma fidedigna”. “Isto demorou muito tempo a ser feito”, acrescenta.

"Isto demorou muito tempo a ser feito". Contudo, Windoh quer esperar ainda pela reação das pessoas à sua justificação das críticas que recebeu de alguém que "não dá cara, que é um hacker"

Nas redes sociais, há ainda outra acusação que está a ser feita a Windoh: a de que algumas pessoas que estavam a frequentar os curso eram menores de idade. Sobre isso, o youtuber diz: “Na verdade, das estatísticas que me mostram o meu público é dos 18 aos 24 [anos]” e acrescenta que se tiver utilizadores menores de idade a seguirem-no, não pode controlar isso e que tal é responsabilidade dos pais. De acordo com dados da agência de Windoh, a ThisIsLuvin, o youtuuber tem como objetivo apelar à faixa etária referida, não querendo chegar a um público menor. A agência afirma que nada teve a ver com a iniciativa, mas diz que “dará sempre apoio como agenciado”.

Recorrendo a diferentes plataformas, é possível perceber que esta não é a primeira vez que youtubers portugueses estão ligados às criptomoedas, aos mercados financeiros (como a Forex) ou a outro tipo de sectores financeiros e de negócio, onde é vendido um género de consultoria que permite realizar determinados investimentos. Até porque, através de uma pesquisa por casos semelhantes de denúncia ou de alegados esquemas fraudulentos, percebe-se que existe todo um mundo virtual que está em guerra. E não se pense que é uma coisa nacional. Lá fora, se é que há um lá fora na internet, youtuberss como Jake Paul, que também promoviam este tipo de novos ativos digitais, até falam em criar as suas próprias criptomoedas.

Contudo, em Portugal, basta consultar o grupo de Telegram “Informações e Leaks de Burlões”, ou alguns canais de youtubers e páginas de Instagram, como a “analisadores_traders”, para encontrar testemunhos de pessoas — algumas delas efetivamente menores de idade – que se sentiram enganadas. Há quem denuncie nomes, como o de Numeiro e de David GYT, como faz o youtuber Hugo Medeiros, que, além destes, também critica Windoh. De acordo com os youtubers que atacam e se contra-atacam, os criadores como Numeiro, David GYT ou Windoh, utilizam as redes sociais para promover um estilo de vida luxuoso, que estará diretamente ligado à sua atividade financeira e não a outros ativos.

Nestes casos que são criticados, essa atividade pode estar ligada à Forex — oferecendo um curso sobre este mercado financeiro — ou às apostas desportivas, onde, alegadamente, se vendem prognósticos a troco de um pagamento de centenas de euros. São três “nomes grandes da internet” em Portugal que estão, neste momento, a ser colocados em cheque por aquilo que promovem. No entanto, tratando-se de denúncias virtuais, todos os casos devem depois ser apurados e investigados pelas autoridades, caso existam queixas realizadas. O Observador perguntou ao final da manhã à Procuradoria-Geral da República se haveria alguma investigação no âmbito do vídeo de RedLive, contudo, até à data de publicação deste artigo não obteve resposta.

[Um vídeo de Hugo Medeiros a afirmar que recebeu ameaças de processos judiciais por ter criticado aquilo que considera ser uma burla]

 

Ao Observador, Hugo Medeiros, que utiliza o seu canal de YouTube para, além de comentar novos gadgets, expor casos que podem levar os seus seguidores a perder dinheiro, diz que o que os youtubers já referidos vendem “estes cursos” enganando um público mais vulnerável. Como reação a um dos últimos vídeos que publicou, onde alegava que tudo se tratava de “esquemas”, recebeu um email do advogado de Numeiro, [nome real: João Barbosa]. Neste, o advogado Márcio Serafim Teixeira pediu para que removesse o vídeo “nas próximas 24 horas”. Apesar de ter voltado a alegar o mesmo em futuras publicações, Hugo Medeiros retirou o vídeo com as críticas originais.

Relativamente ao documento que foi enviado a Hugo Medeiros, o Observador contactou o advogado de João Barbosa. Em defesa do seu cliente, Márcio Serafim Teixeira afirma que não há nenhum envolvimento em práticas ilícitas e que tudo acontece porque Numeiro “tem uma exposição social muito forte”. E adianta: “É do interesse do próprio e dos seus serviços que isto seja claro”. Além disso, reitera: “Serão seguidos os procedimentos processuais em causa. Se a situação se mantiver, terão seguidas vias judiciais. Esta é a vontade do meu cliente”.

O advogado diz que “os conceitos de burla não podem ser utilizados em vão” e, através do vídeo de Hugo Medeiros, refere que se “utilizam termos burla e engano” de forma errada. Apesar das críticas que têm recebido nas redes sociais, também há quem se junte a alegar que, apesar de poderem levar a equívocos, os youtubers visados não estão a promover práticas ilegais, dizendo sempre que as plataformas promovidas são para maiores de 18 anos e que ninguém é obrigado a pagar. Mesmo assim, quem critica este tipo de vídeos criou uma petição online, que conta com mais de cinco mil assinaturas, a pedir para a Polícia Judiciária investigar este tipo de atividades promovidas por youtubers.

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