Hououin Kyouma

O Raphinha é o típico jogador que se destaca em equipas do meio/fundo da tabela, mas quando o nível sobe, o rendimento é completamente diferente. No Barça é um pouco o que era aqui no Sporting, com a devida evolução que teve. Um jogador com boa técnica e com capacidade de desequilibrar essencialmente pela velocidade. Nas equipas que lutam por títulos e que jogam frequentemente contra adversários todos fechados na defesa, não acrescenta muito a titular. É um bom jogador para ter no banco e entrar quando há muito espaço para atacar a profundidade, mas é essencialmente esse o seu nicho neste tipo de equipas.

A questão é que neste momento não temos nem aposta nos putos para que eles se queimem, nem palha tipo Arthur para se queimar sozinho. Se não forem sequer aposta, não vai passar de um ciclo confirmatório onde nunca chegam a ter oportunidades. E se é assim, mais vale fechar a academia. Pode correr mal, como pode correr bem, daí o termo "aposta". Entre ir com o Quenda ou repetir a façanha de 2 GR suplentes e 1 lugar por preencher, sei bem o que escolhia. No fim de contas, a meio da 2ª parte já não havia ninguém para pôr do banco e tentar mexer com o jogo. E se a aposta correr mal naquele contexto difícil? O Amorim que venha dar a cara pelos putos na CI para os defender. Ou isto só vale para o Esgaio? Ou para dizer que da próxima vez que um elemento externo ao jogo interfira com os nossos jogadores, é para ir tudo na porrada?

Já agora, as declarações do Amorim sobre o empurrão ao jogador do Sporting foram bonitas, mas só vai acabar por servir para abrir um precedente grave. Primeiro porque é uma coisa meio labrega de se dizer que vai deixar toda a gente no clube com o sangue a ferver. E depois porque está a convidar polémica para que isto volte a acontecer e as coisas descarrilem. Agora as bestas deste campeonato sabem exatamente qual é a ferida em que tocar.

Eu queria acreditar que isso tinha sido algum erro no Soccerway. Mas acho que já compreendi. O Afonso Moreira perdeu o autocarro. O Quenda ainda é novo e precisa de crescer para andar sozinho.

O Vitória é uma boa equipa que se preparou bem para este jogo e fez uma excelente exibição. Há que reconhecer esse mérito. Muito interessante o João Mendes, pena já ter 29 anos. Arbitragem escandalosa à parte, que já é apanágio desta época, há muito para dizer sobre o que se passou hoje. Consigo imaginar e de certa forma compreender a lógica por trás da saída do Hjulmand em vez do Morita. O Vitória ia baixar as linhas na 2ª parte, portanto optou-se por tirar o médio mais defensivo e deixar um Morita que até é dos poucos jogadores do plantel com capacidade de aparecer com perigo em zonas de finalização. Mas para além de o Morita estar a passar ao lado do jogo, o relvado encharcado como estava não favorecia o estilo de jogo dele. Não estamos a falar de um jogador que se destaca pela sua capacidade física, portanto nesse sentido talvez fizesse mais sentido o Hjulmand. Mas como o Hjulmand também não se destaca assim tanto mais nessa categoria, ficou o Morita. E, claro, o Amorim terá pensado no jogo com o Porto demasiado cedo. Acho que a exibição de vários jogadores acabou condicionada pelo estado do relvado, nomeadamente o Morita, o Edwards e talvez até o Gyõkeres. Houve diversas tentativas de passes em profundidade que saíram furadas com a bola a ganhar velocidade ou a ressaltar no relvado húmido. Havia muita gente a falhar receções por isso mesmo. O Edwards não estava a conseguir fintar praticamente ninguém. O Gyõkeres ainda teve alguns momentos em que foi capaz de ganhar duelos à base da técnica e/ou cavalice, mas depois não conseguia fugir com a bola. Talvez hoje tivesse feito sentido uma abordagem de jogo mais direito. O Trincão, na única ação de relevo que teve no jogo, foi de um passe em profundidade por alto. As substituições foram as possíveis dentro daquilo que era o banco e o plantel no geral. Mas aqui voltamos à questão das escolhas que foram feitas para montar o plantel e as opções que são eleitas para o banco. Faz realmente sentido andar com 2 GR no banco? Havia necessidade de levar 2 centrais para este jogo? Ter apenas um extremo no banco? Quando foi preciso meter a carne toda no assador, não havia carne. Não valia a pena ter lá o Afonso Moreira ou o Quenda para momentos destes? E no fim de contas, acho que a contratação mais urgente continua a ser, de longe, um GR titular. A não ser que estejamos a contar que o Benfica e o Porto continuem a enterrar-se mais que nós o resto da época, não vamos nunca ser campeões com GRs ao nível do Adán atual. Uma equipa como a nossa, que passa a maior parte dos jogos no meio-campo adversário e com uma linha defensiva super subida, vai acabar invariavelmente por sofrer pelo menos um lance de contra-ataque flagrante em quase todos. O GR de uma equipa que quer ser campeã tem que conseguir defender a maioria destes. O Adán sofre a maioria deles.

Bom, se havia dúvidas que o resultado já está feito. Este é daqueles jogos onde se fazem os campeões. E nós falhámos. E já antes falhámos com o Benfica. Para a semana temos outro.

Sportinganço seguido de mata-crises? Que déjàvu.

Que p*ta de trainwreck. Isto sim é o sportinganço no seu estado mais puro. É quando tudo o que podia correr mal, incluindo que está fora do nosso controlo, corre efetivamente mal.

Que grande jogada. Mas já agora, parabéns ao Pinheiro pela arbitragem. A verdade é que conseguiu transformar isto num grande jogo. Grande protagonista.

O Gyökeres demorou séculos a perceber a desmarcação do Nuno Santos, f*dasse

BORA crl

É um verdadeiro clássico.

Já toda a gente viu este filme e como acaba.

Catamo, entre cruzares tu ou deixares para o Trincão, a decisão é óbvia.

Não me pareceu falhanço. Ele chega à bola já no limite em deslize, com um defesa a estorvar e o Varela saiu bem.