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  1. A minha paixão pelo Farnerud é mito urbano. Só me insurgi um par de vezes contra quem dizia que ele era um dos piores jogadores que já passaram pelo Sporting. Mas isso tem a ver com a minha concepção do jogo - como acho que o futebol é um jogo que se joga com os pés e se pensa com a cabeça, custa-me a aceitar que gajos que, dentro das suas limitações, tentam jogar futebol com pés e cabeça sejam colocados no mesmo patamar de cepos que a única coisa que sabem fazer é correr. Agora, nunca me pareceu que o Farnerud tivesse qualidade suficiente para ser titular num grande. Era só mais um jogador mediano, como tantos outros que tivemos. O André Santos é outra conversa. Sempre acreditei e continuo a acreditar que era um jovem jogador com ótimas condições para se impor, que teve o azar de aparecer num dos piores períodos da história do clube. Não acho sinceramente que, no essencial, ele e o Morita sejam jogadores com conteúdo futebolístico muito distinto, mas o contexto é incomparável. Mas não me surpreende que tenhas vindo para o lado bom da força…Great minds think alike 💚
  2. O que vai valendo ao terrorista inglês é que aquela equipa é só craques do meio-campo para a frente.
  3. ? A RTP não terá nenhum comentador menos inapto do que o Bruno Prata para comentar a final de um Europeu? É que é mesmo…mau, não me ocorre outra palavra.
  4. No início da qualificação, escrevi aqui que construir uma seleção candidata à vitória no Euro à volta de um pré-reformado da liga saudita em fase de negação soava a início de anedota e, depois do que tenho visto, a minha convicção não se alterou e até se reforçou - independentemente dos problemas técnico-táticos da equipa, que não se esgotam no Ronaldo nem pouco mais ou menos, há um lado quase burlesco nisto tudo (o incompreensível estatuto de indiscutível, a obsessão pelos recordes, a rábula dos livres, os ataques de choro em pleno relvado, etc) que não se coaduna com uma candidatura séria a campeão europeu. Não joga uma coisa com a outra. Honestamente, olho para o circo que foram estes dois jogos e a única coisa que me vem à cabeça quando vejo o capitão de equipa a ser o principal foco de instabilidade é “desastre à espera de acontecer”. Que me calem na sexta-feira.
  5. Guarda-Redes Rafael Veloso Mickaël Meira Pedro Duarte Defesas Ricardo Esgaio Rodolfo Simões Edgar Ié Rudinilson Silva Michael Pinto Rúben Semedo Tobias Figueiredo Médios João Mário Carlos Chaby Farley Rosa Luís Cortez João Carlos Edilino Ié Armindo Bangna (Bruma) Altaír Júnior Avançados Carlos Mané Alberto Coelho (Betinho) Iuri Medeiros Alexandre Guedes Gael Etock Equipa Técnica Ricardo Sá Pinto (Treinador) Tiago Moutinho (Treinador Adjunto) Nelson Pereira (Treinador de Guarda-redes) _________________________________________________________________________________________________________________________________ Guarda-Redes Guilherme Oliveira Miguel Lázaro Defesas Diogo Silva Rafael Ramos Rafael Mendes Diogo Alpalhão Domingos Duarte Ricardo Tavares Núrio Fortuna Miguel Castro Médios Tiago Fernandes Francisco Geraldes João Faria Mauro Fernando Martim Galvão Valter Guerreiro Mamadou Baldé Avançados Paulo Fernandes Gelson Martins Daniel Podence Eusébio Amido Candé Cristian Ponde Mauro Riquicho Equipa Técnica Luís Dias (Treinador) Este tópico tem como objectivo discutir o futebol de formação do Sporting. Notícias, plantéis, rumores, etc referentes aos vários escalões de formação devem ser colocados aqui. Quaisquer informações ou incorrecções devem-me ser reportadas por MP.
  6. Nos dias da fundação, em 1906, José Alvalade profetizou o conhecido desejo de transformar o Sporting num ‘grande clube, tão grande como os maiores da Europa’. Hoje, passado um século, é extraordinário registar a confiança manifestada desde logo por José Alvalade nos princípios, nos valores, na vocação ganhadora e no ambicioso espírito desportivo manifestado pelos fundadores. Ousando desbravar caminhos muito mal conhecidos quando o desporto, em Portugal, era ainda uma actividade incipiente, com características muito elitistas, os primeiros Sportinguistas conseguiram fixar bem fundo as raízes de uma colectividade poderosíssima projectada ao nível mundial, como é hoje o Sporting. Eis alguns números de registo: milhares de títulos conquistados, mais de três milhões de simpatizantes em todos os continentes e centenas de Núcleos, Filiais e Delegações. :arrow: Ambição e Dinâmica de Vitória O Sporting Clube de Portugal comemorou em 2006, portanto, cem anos bem contados, com respeito pelo rigor histórico. Outros somam anos a partir da fundação de entidades que lhes deram origem ou ignoram longos períodos de inactividade que se seguiram a uma efémera existência. São critérios. Para ser mais ‘idoso’, como outros se dizem, o Sporting poderia ter fixado como data da sua fundação a do Sport Club de Belas (1902) ou mesmo a do Campo Grande F Club (1904), mas não o fez. Nesses dias de 1906 ficou traçado o caminho: futebol sim, mas eclectismo também, correspondendo à vocação atlética multidisciplinar de alguns dos seus fundadores. O clube nasceu com cinco modalidades: ténis, futebol, corridas e saltos (atletismo), exercícios físicos (ginástica) e luta de tracção à corda. No ano seguinte já de praticava o críquete e o hóquei em campo, logo seguido da esgrima. O ciclismo surge em 1911 e por aí fora. Eles eram ao mesmo tempo dirigentes e atletas, jogavam futebol, faziam atletismo, praticavam ténis, tracção à corda, esgrima, críquete, ginástica, hóquei em campo... Em 1907, D. Fernando de Castelo Branco (Pombeiro) autorizou que o leão rampante do seu brasão fosse utilizado como símbolo do Sporting, ‘... Não de oiro armado de vermelho em campo azul, como nos Pombeiros, mas de prata armado em preto, em campo verde, como correspondia às límpidas, firmes e esperançadas intenções dos seus fundadores’, recorda Júlio de Araújo. O verde fora, de facto, sugerido pelo Visconde de Alvalade, simbolizando a sua esperança no novo clube que tanto ajudara a formar. A 3 de Fevereiro de 1907 realizou-se o primeiro jogo de futebol do Sporting. Não se pode dizer que tenha estado à altura dos êxitos vindouros: derrota por 5-1, em segundas categorias, frente ao Cruz Negra, em partida disputada em Alcântara. Do lado dos vencedores jogaram alguns desportistas que depois ingressaram no Sporting: Alípio da Motta Veiga, Octávio Teixeira Bastos, António das Neves Vital, entre outros. D. João de Vila Franca marcou o golo de honra desse jogo, que assim se tornou o primeiro da história do Sporting. Em 1 de Dezembro de 1907 nasceu uma longa e eterna rivalidade. O Sporting Clube de Portugal e o Sport Lisboa (que só viria a designar-se Sport Lisboa e Benfica no ano seguinte) disputaram o seu primeiro jogo de futebol, no Campo da Quinta Nova, em Sete Rios. O Sporting, que nos primeiros tempos vestira de branco, estreou nesse encontro o seu equipamento de camisola bipartida verticalmente numa faixa verde e outra branca (hoje conhecida por ‘Stromp’), com calções brancos. O Sporting venceu por 2-1 (golos de Cândido Rosa Rodrigues e de Cosme Damião, na própria baliza) no primeiro jogo entre os dois grandes rivais do desporto nacional. O clube já dispunha, nessa altura, daquele que era considerado o melhor campo de Portugal, no Sítio das Mouras. Localizava-se no nº 73 da então Alameda do Lumiar, hoje Alameda das Linhas de Torres, em terrenos disponibilizados pelo Visconde de Alvalade na sua quinta. Começou a funcionar ainda em Maio de 1906 e foi melhorado logo em 1907. O complexo desportivo integrava campo de futebol, pista de atletismo, dois campos de ténis, pavilhão com chuveiros e banhos de imersão e até uma cozinha. Um luxo para o tempo. Em 1910 o eclectismo estava enraizado. O Sporting evidenciava-se, campeões nacionais em ténis por equipas e ganhou os títulos do salto à vara, do lançamento do peso e do salto em comprimento. Este foi o ano em que José Alvalade assumiu a presidência, que manteve até 1916. :arrow: Os Triunfos Iniciais O rumo do clube estava traçado: o das vitórias. O Sporting ganhou o seu primeiro Campeonato de Lisboa de Futebol, ainda em quartas categorias, no ano de 1912. O feito foi reeditado em 1915, mas já na categoria de Honra, a que se juntou a Taça de Honra, com vitória sobre o Benfica na final (3-1). O Campeonato de Lisboa de 1915 foi o primeiro de uma longa série de 19 (chegaram a ser seis consecutivos) ganhos até 1947, quando a competição foi extinta. Ainda em 1915, as equipas do Sporting passaram a usar calções pretos com a camisola ‘Stromp’. Laranjeira Guerra venceu o Porto-Lisboa em ciclismo no ano de 1912, competição que também era uma epopeia com as estradas, os meios e os equipamentos de então, tornando-se um precursor de ciclistas brilhantes como Alfredo Trindade, João Roque, Leonel Miranda, Marco Chagas e o maior de todos, o saudoso Joaquim Agostinho. Classificações brilhantes na Volta à França, que correu por 13 vezes, entre elas dois terceiros lugares, e um segundo lugar na Volta à Espanha – sem contar os grandes triunfos em Portugal – transformaram Agostinho numa das lendas e símbolos do Sporting e de Portugal. Numa modalidade muito em voga à época, a luta de tracção à corda, o Sporting revelou-se a grande potência: nunca foi derrotado enquanto se realizaram competições da especialidade. Ainda no ano de 1912, o também polivalente António Stromp brilhou nas provas de 100 (quarto lugar na eliminatória) e 200 metros dos Jogos Olímpicos de Estocolmo, que foram fatais para o maratonista português Francisco Lázaro. António Stromp foi pois o primeiro atleta olímpico Sportinguista, iniciando uma caminhada que transformou o Clube na maior potência olímpica do País, tanto em número de representantes como de medalhas conquistadas. Também em 1912 o Sporting venceu o primeiro da longa série de Campeonatos Nacionais de Corta-Mato. Em 1917 o Sporting mudou de instalações. José Alvalade fizera construir o Stadium de Lisboa, em 1914, mas divergências quanto à sua utilização entre o fundador e a Direcção eleita em 1916 levaram os responsáveis Sportinguistas em exercício a procurar outra solução. Arrendaram o Campo Grande 412, campo onde actuava a Lisboa F.C. que entretanto se extinguiu, fazendo importantes beneficiações sob projecto do arquitecto António do Couto, sendo esta a casa do Sporting durante 30 anos. A vida do recinto, porém, prolongou-se por mais algumas épocas pois foi utilizado pelo Benfica, com solidariedade do Sporting, quando se mudou das Amoreiras. Ficou popularmente conhecido pela ‘estância de madeira’. :arrow: O Primeiro Campeonato e o Novo Equipamento Nos anos vinte aconteceu a primeira vitória do Sporting no Campeonato de Portugal de futebol (1922/23), a competição que atribuía o título nacional, embora disputada em sistema de eliminatórias. O jogo decisivo foi em Faro, em 24 de Junho de 1923, com uma vitória por 3-0 frente à Académica de Coimbra. Os campeões foram: Torres Pereira, Jaime Gonçalves, Francisco Stromp, João Francisco Maia, Carlos Fernandes, José Leandro, Filipe dos Santos, Joaquim Ferreira, Cipriano dos Santos, Jorge Vieira e Henrique Portela. Joaquim Ferreira marcou dois golos e Francisco Stromp, lenda do Sporting e do desporto português, pioneiro dos tempos da fundação, cavalheiro e atleta sobredotado, marcou o outro e abandonaria o futebol no ano seguinte, em 1924. As secções de natação, pólo aquático e râguebi iniciaram então a actividade. Foram o histórico atleta e dirigente Salazar Carreira e o Sporting que introduziram o râguebi em Portugal. Em 1928 o Sporting estreou no futebol as suas camisolas às riscas horizontais verdes e brancas, uma mudança que, em boa parte, foi proporcionada pelo râguebi. Aconteceu numa histórica viagem ao Brasil, a primeira de um clube português, e ficou a dever-se ao facto de os equipamentos às listas usados pelo râguebi serem mais frescos que os do futebol – camisola bipartida verde e branca e calções pretos, de flanela. Uma circunstância fortuita, como tantas vezes acontece na História, originou um modelo de equipamento que se tornou profundamente apreciado em Portugal e no estrangeiro, muito procurado pela sua originalidade. A opção pelas listas horizontais no râguebi fora trazida por Salazar Carreira, inspirado no equipamento do Racing de Paris, embora este utilizasse o azul e branco. No regresso do Brasil a equipa de futebol voltou ao vestuário original mas em Outubro de 1928, num jogo frente ao Benfica disputado sob temporal, os jogadores mudaram de equipamento ao intervalo e regressaram para a segunda parte com as camisolas do râguebi. Não se sabe ao certo as razões, mas Sporting ganhou o jogo e... um novo equipamento. A série de vitórias nos Campeonatos de Portugal em futebol prosseguiu nos anos trinta: 1933/34, 1935-36 e 1937-38. Nesta década, o Clube somou títulos em ténis, ciclismo, râguebi (ao nível regional), tiro, hóquei em patins (vitória no Campeonato Nacional em 1937-38 - primeira edição da prova), patinagem, ginástica e esgrima. Alfredo Trindade, com numerosos títulos em várias especialidades do ciclismo, venceu a Volta a Portugal em 1933, a primeira vitória individual e colectiva do Sporting na mais importante prova velocipédica portuguesa. Trindade ficou na história pelos seus feitos individuais mas também pela intensa rivalidade, temperada com respeito e grande amizade, com o benfiquista José Maria Nicolau. Os seus duelos empolgaram os portugueses de então, mesmo sem a dinâmica mediática que hoje existe. A eles se deve a implantação nacional dos dois grandes clubes rivais do desporto nacional. José Albuquerque, o 'Faísca', venceu a Volta a Portugal de 1940. O lendário avançado-centro Fernando Peyroteo, que ingressara no Sporting em 1937, emergiu em 1938 como melhor marcador do Campeonato da I Liga, com 34 golos. Ele viria a ser uma figura central dos anos de ouro que se seguiram. :arrow: Anos de Ouro Os anos de quarenta e cinquenta foram fabulosos para o Sporting. Dez títulos de Campeão Nacional de futebol conquistados nesses 20 anos, aos quais se juntaram quatro Taças de Portugal que figuram no quadro de honra do Clube. De 1946-47 a 1953-54 o Sporting venceu sete dos oito campeonatos em disputa, juntando um tricampeonato e um tetracampeonato – ficando a época de 1949-50 de permeio. Foram os anos dos ‘Cinco Violinos’, de grandes e históricas equipas que conquistaram enorme fama nacional e internacional. A própria designação ‘Cinco Violinos’ foi atribuída pelo jornalista e treinador Tavares da Silva a uma linha avançada formada por Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano. Eles e os seus companheiros formavam uma orquestra a jogar, tal o espírito colectivo e a eficácia em campo. Nesses anos, em 1946-47, o Sporting chegou aos 123 golos (quase cinco por jogo!) num campeonato que tinha então 26 jornadas, tendo Peyroteo marcado 43 golos em 19 encontros (média de 2,26 golos por jogo), recordes impossíveis de serem batidos. Esses tempos foram de tal maneira impressionantes aquém e além-fronteiras que, apesar de não ser então campeão nacional em título, o Sporting foi convidado para participar na primeira edição da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em 1955-56. Foi pena que a UEFA não tivesse lançado a competição alguns anos mais cedo... Para a História fica ainda o facto de o Sporting ter inaugurado a Taça dos Campeões num jogo com o Partizan de Belgrado (3-3), no Estádio Nacional. João Martins marcou o primeiro golo desta histórica e hoje milionária competição. O tetracampeonato do Sporting, o primeiro do futebol português, arrancou em 1950-51 com os seguintes jogadores: Mário Wilson, Juca, Jesus Correia, Manuel Passos, Juvenal, Vasques, Galileu, Veríssimo, Travassos, Martins, Tormenta, Carlos Gomes, Leandro, Caldeira, Barros, Canário, José Travassos, César Nascimento, Anacleto, Manuel Marques, Pacheco Nobre, Mateus e Pacheco. O treinador era o britânico Randolph Galloway, que tinha como adjunto Fernando Vaz. Em 1955, José Travassos foi o primeiro futebolista português a ser convocado para uma Selecção da Europa. Jogou em Belfast perante a equipa da Grã-Bretanha e mereceu referências muito elogiosas da imprensa internacional, assim conquistando para sempre o cognome de ‘Zé da Europa’. No atletismo, o Sporting começou em 1941 a sua inigualável colheita de Campeonatos Nacionais em pista, que hoje prossegue galopante: 12 entre 1940 e 1960. Em corta-mato, ou crosse, foram dez as vitórias colectivas no mesmo período. De notar que em 1945 o Sporting fundou as primeiras escolas de natação em Portugal: ‘um país de marinheiros’ mas onde mal se nadava. O Sporting já fora pioneiro ao abrir um posto náutico no início dos anos vinte, daí as vitórias em pólo aquático nos primeiros anos da modalidade. Em 1941 começou a era dos títulos em andebol, com a vitória no Campeonato Regional na variante de Onze, a que existia ao tempo, jogada em campos de futebol. A série de vitórias nacionais no andebol de sete foi inaugurada em 1951-52, sendo o Sporting nesta modalidade (como em muitas outras) a Maior Potência Desportiva Nacional. Na década de cinquenta, além dos títulos nas modalidades de maior divulgação há a registar os conquistados em bilhar, esgrima, tiro, ténis de mesa, badminton, automobilismo, os dois primeiros campeonatos nacionais de voleibol (53-54 e 55-56), o primeiro campeonato nacional de basquetebol, em 1956. Em 1956, a 10 de Junho, o Sporting inaugurou o Estádio José Alvalade, um feito que assinalou a grande vitalidade, a dinâmica e a capacidade de mobilização do Clube e dos seus dedicados associados, que se desdobraram em iniciativas e sacrifícios para que tal obra gigantesca fosse possível. O Sporting tinha regressado às origens, ao Stadium ou Estádio do Lumiar em 1937. Este foi o cenário dos recitais dos ‘Cinco Violinos’, que rapidamente se tornou pequeno para a extraordinária envergadura do Clube à medida que se aproximava dos seus primeiros 50 anos de vida. A necessidade de um novo estádio tornou-se premente logo no início da década de cinquenta e acabou por ser uma realidade em 1956, assentando sobre a área do antigo Stadium. Foi baptizado com o nome do fundador José Alvalade que teve sempre como preocupação a qualidade das instalações do Clube. Aliás a designação já fora adoptada anteriormente, a partir de 1947, ao remodelado Estádio do Lumiar. O sócio nº 1 do Sporting ao tempo da inauguração do grandioso Estádio era Francisco Gavazzo, um dos fundadores e um dos jovens veraneantes de Belas em 1902. Mais tarde, em 1983, por acção da presidência de João Rocha, concretizou-se outra das ambições Sportinguistas em termos de instalações – o ‘fecho’ do Estádio através da construção da denominada Bancada Nova, que substituiu o peão herdado do recinto anterior. A 6 de Junho de 1960, o Sporting foi declarado Instituição de Utilidade Pública. Manuel Faria, fundista de grande prestígio, antecessor de Manuel de Oliveira, Carlos Lopes, Fernando Mamede e dos irmãos Castro, venceu as famosas corridas de São Silvestre de São Paulo em 1957 e 1958, até então os maiores feitos do atletismo português juntamente com o quarto lugar do saltador em comprimento Álvaro Dias no Campeonato da Europa. :arrow: Glória Europeia Na década de sessenta o ponto mais alto do futebol foi a conquista europeia da Taça dos Vencedores das Taças, em 1963-64. Uma epopeia que passou por três jogos suplementares, incluindo a final, uma vitória de 5-0 sobre o Manchester United e uma goleada de 16-1 sobre o Apoel de Chipre (que ainda hoje é recorde das competições europeias de clubes). A vitória nessa gesta, na qual poucos acreditavam à partida tanto mais que a carreira interna não era famosa, foi obra de uma equipa unida e psicologicamente fortíssima, liderada primeiro por Gentil Cardoso, depois pelo arquitecto Anselmo Fernandez, e na qual pontificavam, entre alguns outros, grandes nomes do futebol leonino e nacional como Carvalho, Pedro Gomes, Mário Lino, Alexandre Baptista, José Carlos, Hilário, Fernando Mendes (o grande capitão), Geo, Pérides, Osvaldo Silva, Figueiredo, Mascarenhas e João Morais, autor do canto directo na finalíssima em Antuérpia com o qual se decidiu o vencedor da prova. Com a extinção da Taça dos Vencedores das Taças na temporada de 1998-99 e respectiva fusão com a Taça UEFA, o Sporting tornou-se assim o único clube português a poder ostentar este título histórico. Entre 1960 e 1999, a equipa de futebol venceu mais seis Campeonatos Nacionais, o último dos quais em 1981-82, e mais sete Taças de Portugal, entre elas a de 1994-95, que assinalou um regresso da equipa principal aos títulos de âmbito nacional depois de um prolongado interregno. Em 1974, com 46 golos, Hector Yazalde, ponta-de-lança do Sporting, conquistou a Bota de Ouro dos goleadores europeus. O seu recorde ainda hoje se mantém. Em 2002, Mário Jardel tornou-se o segundo jogador do Sporting a conquistar essa distinção europeia. No hóquei em patins o Sporting registou uma gloriosa vaga europeia entre 1975 e 1990, com uma Taça dos Campeões Europeus – era a melhor equipa do Mundo na altura –, três Taças das Taças e uma Taça CERS. O atletismo foi e continua a ser uma constante fonte de orgulho para o Sporting: Carlos Lopes conquistou três Campeonatos Mundiais de Corta-Mato, uma medalha de ouro e uma medalha de prata em Jogos Olímpicos. O corredor do Sporting empolgou Portugal com a vitória na maratona olímpica de Los Angeles, em 1984. Os seus troféus foram precursores de vários outros de âmbito olímpico, mundial e europeu de que hoje o Sporting se orgulha. Fernando Mamede foi recordista mundial dos 10.000 metros durante cinco anos e recordista europeu da mesma prova durante 15 anos. O Sporting somou entretanto, até aos dias de hoje, 14 Taças dos Campeões Europeus em Corta-Mato. No ano 2000, a equipa de atletismo venceu a Taça dos Clubes Campeões Europeus em pista, feito único no desporto português que foi conseguido sobre uma equipa russa que era praticamente a selecção nacional de uma das potências mundiais e olímpicas da modalidade. Depois de Carlos Lopes, Fernando Mamede e os irmãos Castro, todos eles com medalhas e recordes internacionais, Rui Silva, Naide Gomes, Francis Obikwelu, o homem mais veloz da Europa, Yuri Bilonog e Ionela Tirlea são atletas da geração do centenário com expressão mundial que interpretam a vocação ganhadora do Sporting além-fronteiras. O andebol, outra das modalidades com uma mística especial no Clube, conquistou um pentacampeonato entre 1969 e 1973, feito ainda por igualar em Portugal. João Roque, Leonel Miranda, Joaquim Agostinho e Marco Chagas, entre outros, brilharam no ciclismo, em estradas portuguesas e estrangeiras. Agostinho (terceiro lugar numa Volta à França, segundo numa Volta a Espanha e vencedor de três Voltas a Portugal) morreu a 10 de Maio de 1984, na sequência de uma queda provocada por um cão quando seguia com a camisola amarela na Volta ao Algarve, em representação do Sporting. O seu nome está perpetuado numa curva da terrível escalada do Alpe D'Huez, na Volta à França, como homenagem à épica vitória do ciclista português nessa mítica etapa. O ténis de mesa do Sporting amealhou títulos nacionais numa quantidade recorde insuperável a curto prazo. Entre 1984-85 e 1994-95 ganhou todos os Campeonatos Nacionais. 11 no seu total. :arrow: Um Novo Ciclo Em 1996 o Sporting iniciou um novo ciclo de vida: aprovou Estatutos adequados à realidade dos tempos modernos, lançou as bases de um grupo empresarial e criou uma Sociedade Desportiva de Futebol, SAD, admitida na Bolsa, em 1998. Além disso, o Clube assumiu e dinamizou medidas no sentido de estabelecer a transparência no desporto e nas relações deste sector de actividade com as instâncias fiscais e de segurança social. No âmbito do processo transformador o Sporting avançou de maneira determinada, e ainda antes de Portugal se abalançar na candidatura à organização do Euro 2004, para a modernização das suas infraestruturas. As acções integradas neste novo ciclo ficaram conhecidas como ‘Projecto Roquette’, entendido globalmente como uma dinâmica de modernização do Clube em três frentes: a desportiva, com racionalização e valorização de meios através de formas actualizadas de funcionamento; a patrimonial, capaz de proporcionar a transformação de bens inertes em estruturas desportivas e multifuncionais rentáveis; e a organizacional, caracterizada pelo funcionamento de todo o Clube de forma inovadora, conjugando a dedicação com a profissionalização de acordo com as condições reais, valorizando o presente sem hipotecar o futuro. Ainda em 1998 o Sporting iniciou todo o processo de idealização e construção de um estádio de nova geração, ao nível dos melhores do mundo, que veio a ser inaugurado em 6 de Agosto de 2003 numa noite emocionante e inesquecível para todos os Sportinguistas (vitória 3-1 sobre o Manchester United). Em 2002 entrou em funcionamento a Academia Sporting, no concelho de Alcochete, um empreendimento a que corresponde um grande esforço para aprofundar a capacidade e a qualidade desde sempre revelada pela famosa escola de talentos do Sporting e que proporciona excelentes condições de trabalho ao futebol profissional. Pouco tempos antes, o Sporting viria a tornar-se o primeiro Campeão Nacional do novo milénio. Em 2000, através de uma campanha seguida apaixonadamente por todos os Sportinguistas, os leões voltaram a festejar depois de 17 anos de ‘jejum’. No jogo decisivo, vitória por 4-0 no terreno do Salgueiros, seguindo-se uma festa de âmbito nacional, estendida a todos os sítios do mundo onde há portugueses, que não teve paralelo até hoje. Dois anos mais tarde, nova celebração através da conquista da ‘tripleta’: Campeonato Nacional, Taça de Portugal e uma Supertaça Nacional reforçaram a nova dinâmica do futebol do Sporting dentro do ciclo transformador e que teve expressão de relevo mundial em 2005 com a chegada à final da Taça UEFA através de um percurso empolgante. O novo Estádio José Alvalade viveu uma jornada de alto nível em 18 de Maio de 2005: o Sporting perdeu por 1-3 com o CSKA de Moscovo ao cabo de 14 jogos nos quais espalhou a qualidade do seu futebol através da Europa, mas o inêxito derradeiro não apaga a importância da campanha. Ao longo da sua História, o futebol do Sporting atingiu por duas vezes finais europeias – uma das quais ganhou – e chegou por duas vezes às meias-finais, uma na Taça dos Vencedores das Taças, em 1974, outra na Taça UEFA, em 1991. Em ambos os casos perdeu com o vencedor da prova, Magdeburgo e Inter de Milão, assim respectivamente. Podemos concluir, então, que a ambição de ganhar e de fazer do Sporting um dos maiores clubes da Europa que orientou os fundadores, desde os remotos tempos de um jogo do efémero Sport Club de Belas contra um grupo de Sintra, teve o desejado sucesso. A obra de todos os Sportinguistas aí está, erguida dia-a-dia de mais de 100 anos, numa interminável estafeta caracterizada por dedicação, paixão e ambição, independentemente de quem transporta o testemunho: um Sporting que é desportivamente o maior clube português e um dos maiores da Europa e do Mundo. ESFORÇO, DEDICAÇÃO, DEVOÇÃO E GLÓRIA SPORTING SEMPRE! Retirado de: http://www.sporting.pt/Clube/Historia/historia_resumo.asp
  7. Este tópico terá como objectivo a colocação dos seguintes conteúdos alusivos ao Sporting: Avatares. Signs.
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